2011-07-14 19:53:42

PESAR DO PAPA POR NOVA ORDENAÇÃO EPISCOPAL ILEGÍTIMA NA CHINA


Cidade do Vaticano, 14 jul (RV) - Um evento que "é acompanhado e visto com pesar e preocupação", porque contrário "à união da Igreja presente no mundo inteiro".

São as palavras com as quais o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, comentou a notícia da ordenação episcopal ilegítima de Pe. Joseph Huang Bingzhang, celebrada nesta quinta-feira na cidade de Shantou. Alguns bispos em comunhão com o Papa foram obrigados a participar da ordenação.

Com a ordenação ilegítima do Bispo de Shantou, na região chinesa de Guandong, foi aberta uma nova ferida no tecido da Igreja Católica chinesa, já atingida, duas semanas atrás, por um gesto análogo com a ordenação do Bispo de Leshan, também esta sem mandato pontifício.

Como dissemos, alguns prelados chineses em comunhão com o Papa foram obrigados a tomar parte da ordenação de hoje, apesar de terem precedentemente refutado tal participação. O fato renova o grande pesar de Bento XVI pela notícia da ordenação episcopal celebrada em Leshan, em 29 de junho passado.

Naquela ocasião, a Santa Sé, manifestando a contrariedade e o pesar do Papa, recordara também, numa Declaração publicada dia 4 deste mês, que um bispo ordenado "sem mandato pontifício e, portanto, ilegitimamente, encontra-se desprovido da autoridade de governar a comunidade católica chinesa" e que, portanto, "a Santa Sé não o reconhece" como bispo da diocese confiada à sua responsabilidade.

Ademais, recordando em quais graves sanções canônicas incorre o prelado ordenado ilegitimamente, e com ele os bispos consagrantes – isto é, a excomunhão latae sententiae, pela violação da norma do cânon 1382 do Código de Direito Canônico –, a Declaração da Santa Sé afirmara que "uma ordenação episcopal sem mandato pontifício se opõe diretamente ao papel espiritual do Sumo Pontífice e prejudica a unidade da Igreja".

Trata-se de um ato que "produz divisões e tensões na comunidade católica na China", ao tempo em que, vice-versa, "a sobrevivência e o desenvolvimento da Igreja podem dar-se somente na união com aquele ao qual, por primeiro, é confiada a própria Igreja, e não sem o seu consenso".

"Se se quiser que a Igreja na China seja Católica, devem ser respeitadas a doutrina e a disciplina da Igreja" – afirmara a Declaração. O documento vaticano concluíra suas declarações expressando o desejo de Bento XVI de dirigir "aos amados fiéis na China uma palavra de encorajamento e de esperança, convidando-os a rezarem e a serem unidos". (RL)







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