(11/7/2011) A população mundial deverá ultrapassar a fasquia dos sete mil milhões
este ano, mais do dobro dos habitantes de há 50 anos, um crescimento que aumenta as
preocupações sobre como alimentar todos e com a sobrecarga para os recursos naturais.
No Dia Mundial da População, que se assinala nesta segunda-feira, são recordados
os alertas dos especialistas para a disparidade existente entre a subida da população
e a capacidade de resposta da natureza às necessidades cada vez mais exigentes dos
cidadãos. Em 2010 viviam cerca de 6.934 milhões de pessoas na Terra e a Organização
das Nações Unidas prevê que dentro de 50 anos a população chegará aos nove mil milhões,
sendo em África que o crescimento é mais acelerado. As características da população
alteraram-se e está mais acentuada a diferença entre os países desenvolvidos e aqueles
em vias de desenvolvimento. Nas nações mais ricas, a população envelhece, resultado
da quebra da natalidade e da subida da esperança média de vida. Nos países mais pobres,
os bebés continuam a nascer ao mesmo ritmo. Segundo um relatório da Fundação da
População Mundial (DSW), a cada segundo nascem 2,6 crianças e 82% da população mundial
vive em países em vias de desenvolvimento. No entanto, a mesma organização refere
que o ritmo de crescimento da população terá caído cerca de 40% desde os anos 1970.
Em muitos casos, são os emigrantes dos países em vias de desenvolvimento a contribuir
para a evolução da população dos mais ricos, de modo a evitar um saldo negativo.