Cidade do Vaticano, 14 fev (RV) – O aniversário
de 80 anos da Rádio Vaticano é a ocasião para também falar do Programa Rendez-vous
avec l’Afrique (Encontro com a África), que encerra a série que contou a história
dos Programas da RV ao longo destes 80 anos.
As primeiras transmissões começaram
em 1950 com a missão de manter estreito o laço entre os cristãos africanos e o coração
da Igreja. O serviço de informação sobre aquilo que acontece em cada país africano
é muito importante uma vez que muitas vezes se ignora aquilo que acontece no país
vizinho, por falta de circulação das informações entre as nações africanas.
Até
25 de março de 1990, a duração do programa era de cerca de 15 minutos. Ia ao ar pela
manhã, à tarde e à noite. Desde então, a duração praticamente dobrou e a transmissão
do meio-dia foi cortada.
Desde sua origem, Rendez-vous avec l’Afrique
transmite para três direções de serviço na África: leste, oeste e centro utilizando
antenas direcionais e, ainda, via internet e por meio das inúmeras rádios locais na
África e também para a cidade de Roma.
Os temas das transmissões variam de
acordo com o dia, mas o argumento principal são as atividades do Papa e da Santa Sé,
e as notícias mais recentes sobre a sociedade e política africanas.
Além disso,
a cada dia há uma editoria e um magazine diferentes em que os temas variam de acordo
com o dia da semana. Na segunda-feira, notícias da atualidade missionária na África.
Na terça-feira a vida da Igreja na África, sobretudo em colaboração com os correspondentes
locais. Na quarta-feira a audiência geral do Papa e a posição de bispos e episcopados
sobre os problemas da sociedade. Na quinta-feira os problemas ligados à infância,
à juventude e à cultura e, na sexta-feira, à vida dos cristãos no mundo e às relações
inter-religiosas na África.
Os magazines são dedicados aos problemas da saúde,
ao compromisso da Igreja em favor da promoção integral da pessoa humana, às organizações
internacionais a serviço do desenvolvimento, da cooperação e da amizade entre os povos,
a fatos e fenômenos da sociedade e, na sexta-feira, à atualidade internacional da
semana.
Todas as quintas-feiras, o Programa Francês para a África transmite
em sete línguas africanas a catequese do Papa. No sábado e a cada vigília, abre espaço
para um comentário sobre a Palavra de Deus e também para o Sínodo africano. No domingo,
dá vez aos documentos do Magistério.
Assim o Programa Francês para a África
procura cumprir sua missão de evangelização, de informação e de formação ao povo africano.
Um dos principais desafios do Programa Francês para a África é demonstrar que “as
alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias” da África também são aquelas
da Igrejas, assim como reiterou o Concílio Vaticano II. (RB)
O
Programa Japonês
Cidade do Vaticano, 7 fev (RV) – No longínquo 17
de fevereiro de 1959, a mensagem em latim do Papa João XXIII dava início às transmissões
do Programa Japonês da RV.
“Para mim é uma alegria poder comunicar além-mar
com o distante povo japonês. Como é de conhecimento, o povo japonês é corajoso e paciente.
E muito estimado pela nobre arte e cultura. Ofereço a Deus as orações para o povo
japonês. Deus, Luz eterna e Sol da Justiça, iluminai o povo japonês e defenda-o do
mal e conceda-o a abundância do bem”.
Começando com essa voz do Papa, o Programa
Japonês mandava todos os dias até o Japão a mensagem do Evangelho de Cristo e a voz
do Papa além das notícias das igrejas católicas espalhadas pelo mundo.
Apesar
do reduzido número de católicos japoneses, o número de ouvintes estava aumentando
de maneira formidável graças ao boom dos ouvintes das transmissões via ondas curtas
nos anos 70. Naquele período também foi registrado o aumento de novos batizados catequizados
por meio das transmissões do Programa Japonês da RV.
A visita de João Paulo
II ao Japão, em 1981, foi memorável tanto para o país quanto para os colegas da redação
japonesa. Durante a curta estada do Papa em terras nipônicas, a população – na maior
parte budista – expressou um grande entusiasmo pela presença do Santo Padre.
Desde
21 de março de 2001 o Programa Japonês deixou de transmitir via ondas curtas e passou
a se concentrar no trabalho via internet. Agora, no Japão, mais do que nunca as pessoas
podem acessar às notícias diárias do Papa e da Igreja Católica, independentemente
do horário ou do lugar em que vivem. (RB)
Programa Esperanto
Cidade
do Vaticano, 31 jan (RV) – As transmissões semanais em Esperanto começaram em
2 de janeiro de 1977. O conteúdo é muito variado: informações sobre a vida da Igreja,
sobre o Magistério do Papa e sobre as atividades dos cristãos no mundo.
Não
faltam notícias dos acontecimentos mundiais com uma atenção especial aos temas humanos
e sociais, que têm a preferência entre os ouvintes do Programa Esperanto. No domingo
é transmitido um comentário sobre o Evangelho do dia, enquanto uma editoria semanal
apresenta o discernimento católico sobre questões religiosas atuais. Entrevistas com
os “Esperantistas” em visita a Roma são feitas com frequência.
Das cartas que
chegam à redação os colegas do Programa Esperanto notaram uma forte motivação por
parte dos ouvintes. Uma delas, por exemplo, chegou da Finlândia e traz a seguinte
mensagem: “Sou um esperantista curdo que vive na Finlândia. Atualmente, escuto as
transmissões e gosto muito. Desejo com esta carta agradecê-los e fazer votos de muito
sucesso a todos. Com afeto, Hiwa Karimi”.
O Programa Esperanto tem uma audiência
que está presente em todos os continentes e a diáspora – por assim dizer – aumentou
desde que as emissões passaram a ser disponibilizadas em podcast. Tratam-se de ouvintes
que têm culturas, sensibilidades diferentes e, como dissemos, muitas vezes são fiéis
de religiões não-cristãs ou ateus.
Uma outra carta, da Espanha, diz: “Sou
um ‘antigo’ ouvinte do Programa Esperanto. Por que não escrevi até hoje? Bom, existe
um motivo: sou ateu e não gosto da Igreja Católica. E então, porque escuto o Programa
Esperanto? Penso que escutar a opinião dos outros seja um ótimo hábito. Nesse sentido,
a RV em Esperanto é digna de ser escutada. Isso não significa que eu esteja de acordo
com tudo o que é dito. De fato, na maior parte das vezes, acontece o contrário. Mas
de qualquer maneira, a palavra final sobre as transmissões é muito positivo e encontro
temas muito interessantes”.
É evidente, portanto, que os colegas do Programa
Esperanto devem adicionar às informações espaços de formação. Isso significa: ampliar
a escolha das notícias a inteiras macro-áreas mundiais e, além disso, para chegar
de um modo eficaz à audiência seguindo a tendência daquilo que se poderia chamar de
“inculturação da religião”.
O adjetivo católico significa universal e isso
exprime a vocação do Cristianismo para toda a humanidade. Há décadas os cristãos intensificaram
o próprio impulso universal para o diálogo e a colaboração com cada home, também com
os não-católicos e os não-cristãos. Nesse contexto, o Programa Esperanto sente-se
“em casa” na Rádio Vaticano.
Programa Albanês
Cidade
do Vaticano, 24 jan (RV) – Ensina a Bíblia nos livros dos Reis que o profeta Elias
percebera a voz de Deus no “sussurro de uma brisa leve”. Por muitos e dolorosos anos
– aqueles anos cruéis do regime comunista – os ouvintes albaneses da RV escutaram
a voz do Papa e da Igreja por meio do sussurro das transmissões clandestinas, com
o rádio em volume mínimo, às vezes sufocado por um travesseiro, já que ser flagrado
ouvindo aquela frequência que chegava de Roma poderia custar a própria vida.
O
Programa Albanês da RV foi fundado há exatos 60 anos e acompanhou o calvário da Albânia.
E, como quem escutava, acompanhou sussurrando o amor de Deus, o magistério do Papa,
o caminho da Igreja, o otimismo da fé a quem todos os dias, pela mesma fé, era maltratado
ou marginalizado; condenado à morte.
Sessenta anos de transmissões para recontar
o rosto de Jesus – sofredor e maltratado – recolhido nos rostos dos ouvintes, nas
suas histórias das quais se conseguia entender ou se imaginava qualquer coisa: a inocência
de uma criança ou o cantar alegre de uma menina livre da brutalidade do regime comunista.
Ou a dignidade de tantos adultos, capazes de resistir à violação dos direitos, aos
abusos de poder. Ou a notícia do martírio de algum sacerdote, ou mesmo de um leigo,
operário ou intelectual, de uma pessoa morta com o nome de Cristo nos lábios e no
coração o desejo de uma liberdade com a qual ninguém jamais haveria rompido.
O
Programa Albanês da RV viveu assim: “sintonizado” com o sofrimento dos compatriotas
distantes, aos quais apresentar Jesus crucificado – com o qual mais facilmente podia
se identificar – para reforçar, por meio da notícia da sua Ressurreição, a certeza
da esperança; para devolver a quem todos os dias experienciava o pior lado da alma
humana, um dardo de luz divina, porque o homem foi feito à imagem de Deus.
Em
1982, quando ainda não era possível prever o fim do pesadelo no Leste Europeu, escreviam
os jornalistas da época: “O Programa Albanês adequou as transmissões às três categorias
de ouvintes: os muçulmanos, os ortodoxos e os católicos. Para os primeiros – porque
eram os mais vulneráveis à propaganda comunista, que não parava de declarar que a
Igreja católica não existe mais no mundo moderno – procurou-se destacar a importância
que têm os discursos e as viagens do Santo Padre”, enquanto “para os irmãos ortodoxos
e para os católicos, nos três dias da semana dedicados a eles foram transmitidos três
cursos de catequese.
E dos ouvintes chegavam “confirmações”, como mostra uma
nota de 1989, “que a RV é a única voz de alívio e consolação. É a fonte de fé e de
esperança para os cristãos e os habitantes na Albânia” e nos outros países onde estão
os albaneses como Kosovo, Monte Negro e Macedónia.
Sempre atento aos seus desafios,
o Programa Albanês da RV procura ser uma companhia diária para os ouvintes transmitindo
a Palavra do Papa e da Igreja e na luz do Evangelho, oferecer o alfabeto da vida.
(RB)
Programa
Português
Cidade do Vaticano, 9 jan (RV) - Amigos ouvintes, a todos
muito boa tarde, a Rádio Vaticano a transmitir o noticiário em língua portuguesa.
É assim todos os dias o inicio do noticiário em português (atualmente única emissão
para a Europa) transmitido pelas ondas hertzianas, via satélite e pela internet, para
os quatro cantos do mundo. Até aos anos 90, para além do noticiário da tarde era
transmitido um programa diário para Portugal ás 21h00, com uma duração de 15 minutos.
A mesma equipe de redatores, juntamente com alguns colaboradores externos, inicia
em Maio de 1954, um programa experimental semanal para a África lusófona.
As
origens do programa português remontam a 1948, mas nos seus primeiros anos de vida,
como resulta de correspondência oficial, era temerária a realização do programa estabelecido.
A secção portuguesa da Rádio Vaticano iniciou o seu trabalho em relação de estreita
colaboração com o secretariado nacional português de informação. Uma colaboração “forçada”
pela falta de pessoal de língua portuguesa preparada para desenvolver esta tarefa,
mas destinada a interromper-se pela evolução da história, e a contraposição de posições
entre a Santa Sé e o governo português: a guerra colonial que levou á independência
das colónias portuguesas na África e Ásia, a revolução dos cravos a 25 de Abril de
1974.
A nortear a programação e os seus conteúdos, sobretudo a partir dos anos
oitenta, com o pontificado de João Paulo II, é a actividade do Papa e da Santa Sé
e a vida da Igreja no mundo, com atenção particular a algumas realidades á margem
da grande informação.
O pontificado “itinerante” de Karol Woytila, o uso abitual
do português, nas audiências gerais, desde os primeiros anos do seu pontificado, leva
a uma colaboração semanal com a Rádio difusão portuguesa (emissora estatal nacional)
com a síntese da actividade do Papa que multiplica o numero de ouvintes interessados
com aquilo que faz e diz o Santo Padre e a Santa Sé. Nesta mesma óptica estabeleceu-se
uma relação de colaboração com a agência Ecclesia da conferência episcopal portuguesa,
fonte primária de informação religiosa para os media em Portugal. Um tipo de colaboração
que passou a ser fornecida a todos com o site da Rádio Vaticano em português, onde
as novas tecnologias permitem a concretização e multiplicação das noticias utilizando
as fontes de informação que continuam a proliferar, tendo sempre bem presente a dificuldade
de muitas comunidades, sobretudo católicas mas não só, de ter acesso á informação.
Os programas em língua portuguesa para a África, iniciam em Maio de 1954 com
carácter experimental, e definitivamente em Julho do mesmo ano. Inicialmente semanais
e com duração de 15 minutos, atualmente são diários e com uma duração de 28 minutos.
A nortear o seu conteúdo a atenção ás pessoas a quem falamos, á realidade que vivem,
ao seu dia a dia, aos problemas que as afligem, levando por este meio, a palavra de
esperança que representa o Evangelho.
O programa transmitido para a África,
ao final da tarde, tem a vantagem específica de unir os países de língua portuguesa.
Porque é uma informação que vai para todos e permite uma partilha de conhecimento,
faz com que a circulação da informação entre eles seja mais fácil, devido ás dificuldades
de subdesenvolvimento e de falta de liberdade de informação. Com a evolução tecnológica
a programação da Rádio Vaticano chega até África não apenas pelas ondas magnéticas
mas também pela internet. Com a existência de certas rádios católicas, os programas
são transmitidos em diferido, num horário mais acessível, multiplicando assim o numero
de ouvintes que poderão ser informados acerca das questões que são prioritárias para
o Papa, a Santa Sé e as comunidades católicas espalhadas pelo mundo inteiro: a dignidade
da pessoa, o respeito dos direitos humanos a começar pela liberdade religiosa, a defesa
do meio ambiente e a paz.
Programa Inglês
para a Africa
Cidade do Vaticano, 3 jan (RV) - As transmissões da
Rádio Vaticano em Inglês para a África começaram no início dos anos 50. No entanto,
somente em 1979 que a seção de Inglês para a África tornara-se um programa independente,
para responder às mudanças no continente.
O programa começa com um transmissão
à noite, em ondas curtas, dirigida aos ouvintes em Inglês dos países africanos e,
principalmente, continha notícias da Santa Sé, da Igreja nos países ocidentais e algumas
notícias da Igreja na África. Incluíra-se na sua programação, nesta fase inicial,
aulas de catecismo, sobre a vida dos santos e provérbios africanos.
Entre os
principais objetivos do novo programa, como lembra o Sean Patrick Lovett, que era
um membro da comissão que criou o serviço em Inglês para a África, era um desejo de
compreender as verdadeiras questões que preocupam as pessoas na África. Portanto,
identificar questões como saúde, justiça, paz, questões que estão no coração dos ouvintes
na África. O segundo desafio foi derrubar uma visão colonialista europeia da África,
que o via como um continente onde só acontecem coisas ruins e tentar criar uma nova
visão da África, uma visão positiva da África como um lugar que pode servir como exemplo
para o resto do mundo.
A transmissão atual de 30 minutos diários em ondas curtas
para a África (Roma e FM), bem como web-streaming ao vivo e on demand – tomou forma
em 1995, após o primeiro Sínodo para a África, e abrange uma vasta gama de tópicos
recomendados na Exortação Apostólica pós-sinodal da Igreja na África.
Assim,
além de notícias sobre as atividades da Santa Sé e da Igreja no mundo, o programa
tem seções e segmentos dedicados à vida da Igreja na África, às questões da justiça
e da paz, desenvolvimento e economia, cultura e juventude, todas elas destinadas a
enfrentar os desafios que o continente também enfrenta. Além destes, uma revisão de
notícias sobre realidades políticas e sociais do continente também é produzida. Uma
escolha que foi confirmada pelo segundo Sínodo para a África, realizado em outubro
de 2009, que abordou estes problemas, seguindo o tema: " A Igreja na África ao serviço
da reconciliação, da justiça e da paz"
Por meio dos seus programas, a Seção
de Inglês para a África continuará a trabalhar com as igrejas locais para promover
a paz, unidade, harmonia e reconciliação em um continente ainda marcado por muitos
conflitos, explorado economicamente e com muitos desafios no campo da saúde e do desenvolvimento.
Um marco importante neste trabalho é o documento final "Africae munus" sobre a Igreja
na África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz, que coleta as informações
do último Sínodo, e que o Papa Bento XVI deu a todo Episcopado Africano em sua recente
visita ao Benin.
A mudança na forma de fazer rádio nos últimos anos fez com
que, desde 2010, o programa tenha uma seção no site da RV, que são publicadas nos
jornais e alguns títulos. A seção tem atraído muitas estações de rádio católicas na
África que a usam como fonte de informações sobre as atividades do Papa e da Santa
Sé e os eventos da Igreja em várias partes da África.
Olhando para o futuro,
o maior desafio para os colegas do Programa em Inglês para a África é como criar uma
rede entre as estações e as dioceses na África que incentiva feedback e maior intercâmbio
de informações sobre a vida e a obra da Igreja. (RB)
Programa Romeno
Cidade do Vaticano, 27 dez (RV) – São quase 65 anos de história!
A primeira transmissão em romeno, ainda experimental, aconteceu em março de 1947 quando
o Papa Pio XII discursou na Conferência da Paz, em Paris, após anos de guerra.
A
partir de janeiro de 1948 as transmissões em romeno passaram a ser semanais e, no
final daquele ano, iam ao ar duas vezes por semana. Era um período em que a onda de
perseguições promovida pelos regimes comunistas por detrás da “cortina de ferro” tinha
atingido em cheio as Igrejas na Romênia. Elas tinham se tornado “Igrejas do silêncio”,
assim como em outros países da Europa.
O Arcebispo Metropolita de Bucareste,
Dom Ioan Robu, destacou a importância das transmissões em romeno naquela época. Ele
lembrou que nos anos 50, quando a Nunciatura Apostólica em Bucareste foi obrigada
a fechar as portas, a comunicação com a Santa Sé teria sido completamente extinta
se não houvesse a Rádio Vaticano.
As emissões da Rádio Vaticano ajudaram principalmente
a Igreja greco-católica: para esta, o calvário durante o comunismo foi muito mais
duro. Além das notícias regulares, a RV transmitia ainda – e o faz ainda hoje – todos
os domingos a missa no rito bizantino romeno para as massas de fiéis que não tinham
igrejas, nem sacerdotes, nem serviços religiosos festivos.
Contudo, Dom Robu
destaca ainda que também para os católicos de rito latino, a RV teve um papel especial,
sobretudo no caos da dissolução forçada de muitas dioceses e a prisão de Bispos, fatoS
que criaram uma grande confusão na transmissão da jurisdição.
Então, a RV foi
o único ponto de referência e a única fonte de informação segura para os católicos
na Romênia e se advertia que tal emitente cumpria o seu papel essencial, ligando os
fiéis ao centro da catolicidade, ao Sucessor de Pedro, às Igrejas de diversos países,
especialmente aqueles encobertos pela “cortina de ferro”, onde também estava a Romênia.
A
partir de 1989 as coisas começaram a mudar. A Romênia tinha a possibilidade de saber
aquilo que acontecia no mundo católico. A relação com o Papa, com Roma, está assegurado
não somente pela Rádio Vaticano. Mas as transmissões continuam a indicar qual é a
situação da vida eclesial no centro da catolicidade, em Roma e em todos os continentes.
Todos os dias, em poucos minutos, os ouvintes podem encontrar a esperança e as preocupações
da Igreja, como Cristo quis.
Atualmente, o programa romeno tem 20 minutos
e toda a programação está disponível on demand no site do programa. Apesar disso,
o maior desafio para o Programa Romeno da Rádio Vaticano è estabelecer uma rede com
as rádios no país para levar a todo o território a mensagem do Papa. (RB)
O Programa
Croato
Cidade do Vaticano, 20 dez (RV) – As primeira palavras em
Croato emitidas pela Rádio Vaticano foram ouvidas em 15 de março de 1931, apenas 33
dias depois da inauguração da Rádio Vaticano.
Contudo, as transmissões regulares
do Programa Croato tiveram início 16 anos mais tarde, por iniciativa de Dom Maderec,
reitor do Colégio Croato de São Gerônimo em Roma. Naquele ano a Santa Sé quis inserir
novos programas para os países que estavam sob o regime comunista, e que tanto precisavam
de uma palavra de fé e de consolação por parte do Papa.
No começo as emissões
eram feiras duas vezes por semana, enquanto em 1954 elas saltaram para quatro programas
semanais. Desde o início da atividade, durante os longos anos da ditadura, o governo
comunista tentou de todas as maneiras impedir as transmissões, que com o tempo passaram
a ser diárias.
Com a reconquista da independência nos anos 90 e com a liberdade
e a vontade de reconstrução após os negros anos de comunismo e de guerra, surgiram
novos meios de comunicação católicos na Croácia. Com isso, o Programa Croato da RV
passa a ser retransmitido por diversas rádios na Croácia e também na Bósnia-Herzegovina,
com alcance nos países de fronteira.
Conscientes de que a RV é a Rádio do
Papa, o Programa Croato dedica à mensagem do Santo Padre e à vida da Igreja um terço
da programação. Com este perfil de Rádio da Igreja Universal, com uma identidade própria,
distinta dos meios de comunicação da Igreja particular, os colegas croatos comentam
os fatos ligados à situação social, cultural e política – inclusive da Croácia – e
como isso influencia a vida dos fiéis e as suas opiniões.
À cultura religiosa
o programa croata dedica um espaço de aprofundamento semanal. No sábado e nas vigílias
garantem ainda os comentários acerca da liturgia.
Além disso, os fieis croata
que vêm a Roma para as audiências com o Papa também encontram espaço para falar sobre
suas impressões. Os bispos croatas de passagem também são convidados a passar pela
seção croata, assim como autoridades diplomáticas. (RB)
Programa Ucraniano
Cidade
do Vaticano, 13 dez (RV) - Слава Ісусу Христу! - Seja Louvado Nosso Senhor Jesus
Cristo! – há mais de 70 anos esta saudação tradicional abre as transmissões da Rádio
Vaticano em ucraniano que foram ao ar pela primeira vez em 14 de dezembro de 1939.
Era uma quinta-feira e tudo aconteceu apenas oito anos depois da Rádio Vaticano ter
sido fundada. O ucraniano foi a quinta língua na esfera atual das 45 faladas pelas
redações da RV.
Em setembro de 1939 a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas,
URSS, deu início à ocupação do oeste da Ucrânia. Antes, porém, em 1922, o leste do
país passou a fazer parte da URSS depois da guerra civil.
Duros tempos para
a Igreja inclusive com um completo isolamento da Santa Sé. Por meio de um mensageiro
secreto, o Metropolitano ucraniano enviou uma carta ao Papa Pio XII com diversos pedidos,
entre eles um programa de rádio em ucraniano, como um modo único para manter a ligação
entre os fiéis e o coração da Igreja.
O Papa então determinou que o programa
em ucraniano fosse inserido nas transmissões da Rádio Vaticano, e os padres jesuítas
passaram a direção da seção ucraniana aos padres basilianos.
De uma transmissão
por semana, o programa ucraniano passou a ter 20 minutos diários. Por muitas décadas
somente por meio do rádio os fiéis da Ucrânia puderam manter contato com a Igreja.
Inclusive foi o meio de comunicação utilizado pelas ordens religiosas com as Congregações,
à época na total clandestinidade.
As transcrições das transmissões, os documentos
do Concílio Vaticano II e do Magistério Eclesiástico, assim como as editorias de formação,
transformaram-se em verdadeiros manuais para os seminaristas clandestinos da Ucrânia
vermelha. Para milhares de fies, ainda, a única possibilidade de participar das celebrações
litúrgicas foi por meio da Liturgia no Rito Ucraniano, que a partir de 1966 foi transmitida
pela RV aos domingos.
Ainda hoje, vinte anos após a legalização da vida religiosa
na Ucrânia, o programa ucraniano continua a informar sobre as atividades do Papa e
da Santa Sé e a completar a programação com editorias de cunho formativo e de espiritualidade,
sociais, culturais.
Na falta de emitentes católicas de cobertura nacional por
restrições burocráticas e práticas, o programa ucraniano sente a responsabilidade
de apoiar a ação evangelizadora da Igreja no país, consciente do “deserto espiritual”
resultante do período do regime ateu.
Permanecer fiéis a esta herança, procurando
estar à altura dos desafios apresentados pelos tempos de hoje: este é a meta a ser
realizada pela redação ucraniana, procurando harmonizar a experiência dos antigos
jornalistas com a criatividade dos novos colegas.(RB)
Programa Russo
Cidade
do Vaticano, 6 dez (RV) - “Seja louvado Jesus Cristo. Esta é a Rádio Vaticano.
Estimados ouvintes da Rádio Vaticano, hoje é segunda-feira, 19 de abril de 1948”.
Assim
começaram as transmissões em russo 63 anos atrás, com a supervisão do sacerdote Alexey
Shevelev. Muitos outros supervisores comandaram a redação russa ao longo destes anos,
contudo os colegas russos recordam de maneira especial a preciosa contribuição de
Evgenij Vaghin, um verdadeiro cristão, vítima da repressão stalinista, que por muito
lutou para conciliar as duas Igrejas cristãs: Católica e Ortodoxa.
Em mais
de seis décadas a redação russa levou adiante a missão de servir o Evangelho difundindo
a mensagem do Santo Padre em língua russa, chamando sempre os cristãos à unidade,
sobretudo depois do Concílio Vaticano II e sempre com as palavras de Jesus: Ut unum
sint!
Mas o programa russo mudou junto com as transformações na era pós-soviética.
O renascimento das estruturas eclesiais, sejam católicas ou ortodoxas, traz consigo
a necessidade de uma formação religiosa e catequese renovadas.
O contexto
que permeia o trabalho dos colegas russos e ao qual eles de dirigem é marcado, sobretudo,
pela antiga tradição ortodoxa seguida de um período de ideologia ateia. Apesar dos
sinais do renascimento religioso, esta ideologia infelizmente deixou fortes marcas
na mentalidade das pessoas, até mesmo aqueles que se dizem cristãos. Os ouvintes e
leitores da página na internet do programa russo podem ser divididos em duas categorias:
pessoas às quais chega o primeiro anúncio de Cristo e as pessoas que já fazem parte
da comunidade cristã. Sem esquecer que é a própria Igreja Ortodoxa a responsável por
levar o anúncio do Evangelho na área da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A linha editorial da redação também é influenciada pelo rápido desenvolvimento das
tecnologias que modificaram a própria matriz das comunicações.
O programa
russo oferece um noticiário com atenção especial às notícias da Santa Sede, mensagens
do Papa, a vida da Igreja local e a situação atual mundial por meio da visão da fé
e esperança cristã. Destaque ainda para um olhar aos desenvolvimentos científicos,
com temáticas culturais e históricas, além à arte e a música. (RB)
Programa Polonês
Cidade
do Vaticano, 29 nov (RV) - Duas vezes por ano – no Natal e na Páscoa – o Santo
Padre felicita o mundo em dezenas de línguas. É uma tradição, contudo nem todos sabem
que ela começou nos anos 70, logo após a eleição de Karol Wojtyla e que está ainda
diretamente ligada à redação polonesa da Rádio Vaticana. Àquela época, os colegas
poloneses pensaram que para as Igrejas do Leste Europeu – cobertas pela cortina de
ferro - uma saudação do Papa nas línguas eslavas seria um sinal de esperança.
Após
uma reunião com o então secretário pessoal do Papa João Paulo II, Stanislaw Dziwisz,
tiveram início os preparativos. Os colegas poloneses passaram pelas redações da Rádio
Vaticano, gravando a pronúncia correta das saudações natalinas e de Páscoa nas diversas
línguas e preparando um “áudio manual” para Wojtyla. O efeito foi extraordinário e
aos poucos a lista das línguas para as felicitações chegou a cerca de sessenta, transformando-se
numa tradição até hoje.
Entretanto, apesar da história da redação polonesa
estar intimamente ligada ao papado de João Paulo II, ela remonta aos anos 30. Em 20
de março de 1931, um mês depois da inauguração da Rádio Vaticana, pela primeira vez
a língua polonesa ressoou por meio das ondas da Rádio Vaticana por ocasião dos quarenta
anos de lançamento da encíclica Rerum novarum de Leão XIII. Os programas regulares
em polonês começaram em 1938. A importância destas transmissões ficou mais evidente
nos tempos da Segunda Guerra mundial. Tanto que em setembro de 1939, o Primaz da
Polônia, Cardeal August Hlond, denunciou via Rádio Vaticana, pela primeira vez diante
da opinião pública, as atrocidades cometidas pelas tropas nazistas na Polônia. Terminada
a guerra, na Europa se transmitiam também comunicados humanitários como, por exemplo,
a procura de pessoas desaparecidas durante a guerra.
Já nos tempos da “noite
de Stalin”, a existência dos programas poloneses transmitidos do Vaticano assumiram
uma outra dimensão. Se tratava de levar palavras de verdade às fronteiras e aos muros
que cresceram no coração do Velho Continente. Sem a possibilidade de transmissão,
os meios católicos na Polônia tinham na Rádio Vaticana um elemento essencial para
a formação religiosa dos fiéis. Este papel ficou evidenciado na época do Concílio
Vaticano II e nos anos sucessivos, quando a redação polonesa recebeu personalidades
ilustres da Igreja nacional, como o próprio Cardeal Karol Wojtyla.
O pontificado
de João Paulo II renovou os ares na redação polonesa. Ali nasceu a ideia de contar
separadamente as numerosas viagens do Papa na Itália e ao exterior - hoje uma tradição
oficial. Os jornalistas começaram a viajar com o Papa, oferecendo aos ouvintes reportagens
produzidas in loco em todo o mundo. Naquele período os colegas poloneses viveram dias
inesquecíveis, como quando da visita de João Paulo II à Polônia. Por vontade do próprio
Papa, a Rádio Vaticana transmitiu a missa em polônes entre 1979 e 1995.
A
realidade da Rádio Vaticana na Polônia mudou após a queda do muro de Berlim. Tais
mudanças levaram ao estabelecimento de relações diplomáticas com a Santa Sé. Desde
1990, a Polskie Radio, emissora pública, retransmite para toda a Polônia o radiojornal
produzido no Vaticano todos os dias. Trabalho que também é feito por outras rádios
polonesas,o que garantes que a voz do Papa chegue a todo território polonês. (RB)
Programa
Serviço Central de Informações (SIC)
Cidade do Vaticano,
22 nov (RV) – O surgimento do Serviço Central de Informações acontece gradualmente.
Oficialmente, surge no dia 2 de março de 1987. A seção coloca juntos pela primeira
vez os programas mais antigos da Rádio Vaticano como, por exemplo, o Rádio jornal
e o Quatro vozes, o jornal que vai ao ar mais vezes por dia em italiano, inglês, francês
e espanhol. Como responsável da então nova seção chega o padre jesuíta de origem basca,
Ignacio Arregui.
Padre Arregui contribui para alargar os horizontes do noticiário
vaticano por excelência. Logo no início da nova seção, um acontecimento coloca toda
a nova organização à prova: o ataque estadunidense contra a Líbia em 1986. No dia
seguinte ao primeiro bombardeio à Trípoli e Bengasi, o “radiogiornale” realiza uma
cobertura ininterrupta. Com isso, uma nova editoria fora criada: panorama internacional
que, mais tarde, em 2002, seria rebatizada: 24 horas no mundo.
Por outro lado,
Quatro vozes se firmou dentro da Rádio Vaticano como referência na produção de notícias,
graças também a um qualificado grupo de colaboradores e correspondentes que fazem
suas reportagens de todas as partes do mundo.
O Serviço Central de Informações
assume a característica atual a partir dos anos 90, quando a seção foi reestruturada
para abranger também o noticiário em italiano, além das redações em língua inglesa
e francesa. O noticiário em espanhol sai do grupo para formar uma nova seção. Assim
articulado, o Serviço Central de Informação permite que a Rádio Vaticano ofereça uma
programação uniforme ao longo do dia.
A última fronteira é representada pela
multimídia. Em sintonia com o convite do Papa Bento XVI a evangelizar o “continente
digital”, é o grande desafio para o Serviço Central de Informação.(RB)
Programa
Escandinavo
Cidade do Vaticano,
8 nov (RV) – As transmissões experimentais nas línguas nórdicas – sueco, dinamarquês
e norueguês – começaram a ser feitas pela redação alemã em 1953 e, um ano mais tarde,
tornaram-se oficiais.
Na Suécia, a reação foi imediata e positiva, com inúmeras
à redação informando que o sinal estava chegando bem na Suécia. Entre os primeiros
redatores estava o escritor e professor de história da arte sueco Torgil Magnuson,
que gravava os programas suecos na curia dos jesuítas, selecionando noticias de várias
fontes.
Depois de algum tempo, as transcrições do programa começaram a chegar
a Estocolmo, até que em 1957 o programa sueco passa a ter um chefe de redação. Padre
Rooth começara então a gravar o programa dentro de seu guarda-roupas na Suécia para
depois enviá-lo a Roma. Em 1965, viera a capital italiana para acompanhar o final
do Concílio Vaticano II, contudo não permanecera e tornara à Escandinavia.
A
transformação para o programa sueco vem no verão de 1968, quando Ingrid Sundsten começa
a apresentar o programa. Por causa de uma greve nos correios os textos não chegavam
da Suécia e, assim, Ingrid dá início a produção romana das transmissões em sueco.
Em
1975 a redação sueca separa-se da alemã e adquire autonomia por meio do redator-chefe
da redação escandinava, padre Rooth.
Durante estes quase 60 anos a duração
dos programa saltou de quinze minutos por semana para vinte minutos diários. A possibilidade
de cobrir todas as línguas nórdicas durante anos dependeu da difícil tarefa de encontrar
colaboradores dinamarqueses e noruegueses em Roma. Frequentemente, os seminaristas
dos países escandinavos colaboraram ao produci programas em suas línguas maternas
durante a estadia em Roma.
Um dos principais desafios do programa Escandinavo
é o fato de que as transmissões chegam a países luteranos onde a maioria dos ouvintes
não é católico. Isso exige, além de transmitir os ensinamentos do Santo Padre e o
Magistério da Igreja, a capacidade de explicar a realidade da Igreja no mundo com
o objetivo de conscientizar e combater preconceitos.
No que diz respeito à
Igreja Católica na escandinavia, que vive como minoria, o programa procura ajudar
a manter a ligação com Roma e com a igreja no mundo. Este è um papel que a redação
procura desempenhar também em Roma, quando chegam grupos de estudantes e peregrinos.
A redação escandinava tem também o programa finlandês, cujo surgimento está
ligado à Estônia. No início dos anos 60, Padre Velle Salo começara a transmitir em
estoniano para a Estônia que naquele período fazia parte dos países da ex-União Soviética.
Naturalmente, as transmissões eram fortemente censuradas e Padre Salo pedira ajuda
aos ouvintes finlandeses – se poderiam enviar os relatórios de escuta.
Nascera
então uma grande troca de informações. Durante o Concílio, Padre Salo se transferira
a Jerusalém, mas continuou a enviar as gravações até que nos anos 70, os ouvintes
finlandeses escreveram ao Padre Rooth pedindo a criação de um programa em finlandês
que nascera em 1975.
Programa Indiano em Malaialam
Cidade do Vaticano,
25 out (RV) - A história do programa em malaialam começa com a criação da redação
indiana, em 1965. No início, o programa em malaialam tinha dez minutos e era emitido
duas vezes por semana. Conforme os anos passaram, o programa adquiriu maior tempo
de produção, passando para 15 minutos em 1985 e, em 1993 para 20 minutos. Tempo que
é mantido até hoje.
O malaialam é a língua do Estado de Kerala, no sul da Índia.
É um dos 22 idiomas oficiais da Índia, e é falado por aproximadamente 30 milhões de
pessoas. As transmissões para este Estado de maioria católica preconizam as mensagens
do Papa e da Santa Sé, em particular aquelas do Angelus de domingo e da Audiência
Geral, das quartas-feiras. Contudo, os colegas indianos também produzem temas ligados
a Sagrada Escritura, aos documentos eclesiais, reportagens voltadas aos jovens entre
outras editorias.
Fazer a voz do Papa ser ouvida é a missão exclusiva dos colegas
indianos, objetivo comum dividido com os demais 45 programas da Rádio Vaticano. Para
isso, durante as viagens apostólicas as transmissões se tornam ainda mais especiais,
assim como no Natal e na Páscoa, quando o Papa envia sua mensagem “para a cidade e
para o mundo”, conhecida “Urbi et Orbi”.
Com o avanço da tecnologia, por meio
da página na Internet o ouvinte tem acesso a um verdadeiro arquivo das transmissões,
que passam a ser arquivadas e podem ser escutadas a qualquer momento on demand. Recentemente,
o público do programa malaialam passou a contar com mais uma ferramenta de informação
diária: o boletim de notícias também passou a ser enviado via e-mail desde o dia 1
de maio, data da beatificação de João Paulo II.
Como dizem nossos colegas…”seguiremos
nosso humilde trabalho de levar a voz do Papa e os ensinamentos da Igreja a população
de Kerala, além das barreiras de casta ou fé”. (RB) Programa Indiano em Tamil
Cidade do Vaticano,
18 out (RV) - Após a histórica visita do Papa Paulo VI à Índia, em 1964 (a primeira
realizada por um Papa), a Rádio Vaticano começou a transmitir em línguas indianas,
incluindo Tamil, desde maio de 1965. De 1965 a 1982, o serviço de Tamil da Rádio Vaticano
foi ao ar por 10 minutos duas vezes por semana. O programa da noite começou em 1982.
Em
1986 quando o Papa João Paulo II fez sua primeira visita à Índia, a Rádio Vaticano
abriu uma transmissão diária em Hindi, Tamil, Malayalam e Inglês por um período de
15 minutos cada, que mais tarde se tornou um programa diário.
Muitos dos 77
milhões de pessoas de origem Tamil espalhados por todo o mundo ouvem os programas
da Rádio Vaticano Tamil. A seção recebe regularmente cartas, e-mails e telefonemas
de ouvintes na Índia, Sri Lanka, Malásia, Singapura, França, Ilhas Fiji, Estados Unidos
e Canadá. A maioria destes ouvintes não são cristãos – eles são hindus, muçulmanos
e budistas, mas animados para ouvir a mensagem do Papa no Angelus no domingo ou na
catequese da audiência das quartas-feiras.
Desde 2009, a seção Tamil começou
a enviar notícias por e-mail. Além disso, o Gabinete indiano da Rádio Vaticano, que
opera a partir de Chennai, envia o boletim mensal de milhares de pessoas em Tamil.
O novo site da Conferência Episcopal indiana "tem disponibilizado acesso à Rádio Vaticano
na sua homepage. Portanto, o serviço Tamil da Rádio Vaticano é capaz de atingir os
ouvintes em qualquer lugar do mundo, não só pela rádio, mas também por meio da Internet
e revistas impressas. Tudo isso quando a redação indiana em Tamil completa 46 anos.
Programa Indiano em Hindi
Cidade do Vaticano, 11 out (RV)
- Hoje, a Rádio Vaticano transmite em 46 línguas diferentes, entre as quais cinco
que são faladas na Índia: hindi, inglês, tamil, malaialam e urdu. O caminho para que
estes programas fossem ao ar foi aberto pelo Papa Paulo VI, em 1964. Pouco tempo depois,
em maio de1965 a Rádio Vaticano começou suas transmissões para a Índia e para o sudesde
asiático.
Entre 1965 e 1982 o programa Hindi da Rádio Vaticano foi transmitido
duas vezes por semana, de segunda a quinta. Em 1982, os programas da noite, de dez
minutos cada, passaram a ser reprisados na manhã seguinte. Em 1986, após a passagem
de João Paulo II pela Índia, viu-se a necessidade de se transmitir diariamente para
a região. Nos anos 90, o programa Hindi da redação Indiana passou a ter 20 minutos.
Para
facilitar o contato com os ouvintes, alguns escritórios foram abertos na Índia. Ainda
hoje, as correspondências indianas são encaminhas a Roma pelos escritórios. Além disso,
boletins mensais são criados e enviados pelos escritórios gratuitamente aos ouvintes.
Hoje são quatro representações do Programa Hindi da Rádio Vaticano em território indiano
e outros países do sudeste asiático.
Atualmente, o programa Hindi da Rádio
Vaticano tem 20 minutos. É dividido em duas partes: uma de aprofundamentos e outra
de notícias. Sempre com espaços especiais para a mensagem do Papa no Angelus, documentos
da Igreja, Audiência do Papa, Escrituras e cartas dos ouvintes. Domingo é dia especial
para assuntos ligados a juventude e, também, de uma radionovela sobre questões sociais.
Além
dos radiojornais, os colegas do programa Hindi da redação indiana ainda são responsáveis
pela atualização do site. As emissões da Rádio Vaticano em hindi atingem cerca de
600 mil pessoas, em todo o mundo. (RB)
Programa
Indiano em Inglês para o Sul Ásiático
Cidade do Vaticano, 04 out (RV)
– As transmissões em inglês para o sul asiático começaram em 1958 com um programa
de dez minutos semanais direcionado à Índia, ao Paquistão e ao Sri Lanka.
Em
1964, um momento histórico ficou registrado quando o Papa Paulo VI visitou a cidade
de Bombai durante o Congresso Eucarístico Mundial. Assim, em 1965, a redação indiana
começou as transmissões da noite de dez minutos em inglês, hindi, Malaio e Tamil,
que iam ao ar de segunda a sábado. Dezessete anos mais tarde, passou a ser reprisada
no dia seguinte.
Em 1986, um novo marco histórico: a visita do Papa João Paulo
II, no início daquele ano. Por isso, naquela época, a redação inglesa junto com as
três línguas indianas ampliou a duração das transmissões de 15 minutos para os programas
especiais da manhã, e de seis minutos para as notícias da noite. Mais tarde, em 1993,
o programa inglês alcançou 20 minutos de produção.
Além dos programas diários,
a redação indiana transmite ainda a Santa Missa em inglês que vai ao ar nas sextas
e nos sábados, para aqueles que não podem assistir à missa dominical, dirigida em
particular aos emigrantes de origem asiática nos países do Oriente Médio. Sexta, a
missa é celebrada à tarde, enquanto no sábado a missa substitui o programa da noite,
assim sendo, as notícias de sábado e a reflexão sobre a liturgia dominical vão ai
ar domingo de manhã.
As reflexões de domingo sobre a liturgia ocupam um lugar
de destaque na programação, ao lado dos programas sobre a Sagrada Escritura, a fé
e a moral, e um programa especial sobre eventos eclesial, intitulado "Focus on the
Church". Outros programas regulares são o "Rights and Wrongs", sobre vários aspectos
dos direitos humanos, e também "Come and See", sobre acontecimentos particulares do
dia e "Backgrounder", que trata de questões regionais, acompanhadas de entrevistas
de pessoas diretamente envolvidas.
Não é preciso destacar que as viagens internacionais
são momentos particularmente relevantes na programação para o sul asiático, junto
com a Audiência Geral das quartas-feiras e no Angelus de domingo.
Ao se aproximar
o aniversário de 50 anos de fundação, em 2013, o programa inglês da redação indiana
recorda que sempre dedicou e procurou melhorar a forma de contato com um crescente
número de ouvintes em um país com a Índia, que é o segundo país mais populoso do mundo.
Neste sentido, a internet e o site do programa inglês são grandes e preciosas ferramentas
para chegar mais próximo dos leitores e ouvintes.
O programa tem consciência
do grande desafio que é comunicar a mensagem do Evangelho e a palavra do Papa à vasta
e variada população do sul asiático com fé no Senhor, na Virgem Maria e no patrono
da Rádio Vaticano, o Arcanjo Gabriel.
Programa
Brasileiro
Cidade do Vaticano, 20 set (RV) - O Programa Brasileiro
nasceu em 12 de março de 1958, exatamente um mês depois de a Rádio Vaticano completar
27 anos de fundação. Nestes 53 anos de existência, o Programa Brasileiro sempre buscou
oferecer um quadro amplo das atividades do Papa e da Santa Sé e das notícias do mundo,
enfatizando especialmente temas e abordagens relativos à liberdade e aos direitos
humanos, de modo especial o direito à vida e à liberdade religiosa.
Estamos
convencidos de que na base de uma boa formação está a boa informação, precisa e rigorosa.
Além dela, reflexões e orientações de sacerdotes que colaboram com nossa equipe oferecem
um bom suporte para analisar corretamente a realidade que nos circunda e defender
e promover os valores cristãos e a dignidade humana no âmbito de cada cultura deste
mundo, marcado pela dor, pela indiferença e pela injustiça. Um mundo em que os desafios
do terceiro milênio demandam uma ‘Nova Evangelização’.
Somos um grupo de
seis jornalistas contratados, além de dois colaboradores e um padre jesuíta, nosso
responsável. O primeiro foi o Padre Antonio Aquino, SJ., então Reitor do Pontifício
Colégio Pio Brasileiro. Nossa pequena equipe produz mais de 10 horas de transmissões
ao vivo semanais, além de todas as cerimônias presididas pelo Santo Padre, que são
retransmitidas pelas rádios e TVs católicas no Brasil, no continente africano e em
Portugal.
Nossa missão é levar ao povo do Brasil e aos ouvintes de língua
portuguesa em todo o mundo a voz e os ensinamentos do Santo Padre. Queremos ser uma
ponte entre o magistério petrino e a realidade das Igrejas locais.
Por isso,
a Rádio do Papa, por meio do Programa Brasileiro, estabeleceu relações ainda mais
estreitas com a maior Conferência Episcopal do mundo – o que se pôde constatar na
recente visita “ad Limina”. Grupos de bispos visitaram a Rádio Vaticano para conhecer
pessoalmente o nosso trabalho e saber como receber, desta fonte da comunicação, todas
as notícias do Santo Padre e da Santa Sé.
A colaboração com a Conferência
Episcopal Brasileira e com as Igrejas particulares é fundamental para a missão do
Programa Brasileiro.
Nossos programas vão ao ar quatro vezes por dia e cinco,
às quintas-feiras. Aos domingos, transmitimos ao vivo a oração do Angelus, além do
programa cotidiano.
Um de nossos desafios é a dimensão de nosso país, com
mais de 8 milhões e meio de km quadrados, 4 fusos horários, 200 milhões de habitantes
e uma imensa diversidade cultural e social. Como conseguir que a presença do Papa,
por meio de sua voz e de seu ministério petrino, seja uma realidade na maioria das
casas do maior país católico do mundo?
As rádios locais são fundamentais. O
programa Brasileiro da RV é transmitido pelas redes radiofônicas em todo o país: mais
de 300 emissoras, com uma audiência de 40 milhões de ouvintes. Nosso sinal viaja
através do satélite, da Internet e das Ondas Curtas.
Outro desafio é viver
em nosso trabalho cotidiano a missão profética recebida por todos nós no dia de nosso
batismo. Diante de uma Igreja perseguida, de cristãos que sofrem em várias partes
do mundo por causa de sua adesão a Cristo, e de comunidades que sofrem violações dos
direitos humanos, sentimos o dever – por fidelidade a Cristo e em comunhão com a Igreja
– de dar voz àqueles (principalmente aos missionários presentes em várias realidades)
que denunciam tais crimes: crimes que são contra o homem e contra Deus.
Hoje,
graças à RV, em muitas casas brasileiras pode-se dizer “Habemus Papam”. (CM)
Programa
Letão
Cidade do Vaticano, 13 set (RV) - Pela primeira vez, em 2
de setembro de 1948, foi ouvida uma voz em letão na Rádio Vaticano que lia os nomes
dos prisioneiros de guerra. Mas naquele tempo já havia um programa letão que era transmitido
uma vez por semana, depois passou a ser diário até chegar ao tempo de 19 minutos.
O
programa letão teve um papel particularmente importante nos tempos do regime comunistas,
quando a rádio do Papa era a única fonte que transmitia a verdade e a esperança. Ainda
hoje, a Rádio Vaticano é a única emissora católica na Letônia. As matérias preparadas
pelos colegas da redação do programa letão também são publicadas em páginas do país
e também na imprensa diocesana.
Esta breve apresentação do programa Letão ficaria
incompleta se não recordassemos quantos foram os colaboradores , e foram muitos, que
contribuiram para a preparação dos radiojornais. Foram pessoas que trabalharam com
muita força, não somente para informar os ouvintes sobre as atividades do Papa e da
Santa Sé, mas também para dar apoio a população da Letônia que vivia oprimida mas
sempre com a esperança em reconquistar a liberdade.
Nesses mais de 60 anos
de existência, o Programa Letão da Rádio Vaticano e a própria Letônia, um dos momentos
mais marcantes foi a visita do Papa João Paulo II.
Programa Esloveno
A
Rádio Vaticano teve um papel importante durante a Guerra: por vontade do Papa transmitia
mensagens dos familiares aos soldados e aos refugiados. Depois do conflito, reforcou
as transmissoes nos paises assolados pela ditaduta comunista.
Em 1957 foram
criados os programas romeno e tcheco, um ano depois nasceram os programas russo, esloveno
e da Letônia. O programa esloveno, em particular, teve como ponto de referência o
padre Anton Prešeren, à época assistente das provincias eslavas da Companhia de Jesus,
e como redatores os jesuitas e sacerdotes diocesanos exilados em Roma por causa do
comunismo.
Em 1990, finalmente a República da Eslovênia reconquistou sua independência
e um ano mais tarde foi reconhecida pela Santa Sé. Nossos colegas da redação eslovena
destacam três eventos que aconteceram logo depois da independência: a primeira visita
de João Paulo II, em 1996. Naquele ano, João Paulo II convidou os jovens a terem coragem.
Depois, em sua segunda viagem, em 1999, em ocasião da beatificação de Anton Martin
Slomšek e, por fim, em 2010, quando o Secretario de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone,
enviado especial do Papa Bento XVI, elevou às honras dos altares o jovem Lojze Grozde,
martir do comunismo.
O novo responsável pelo programa, padre Ivan Herceb, sintetiza
o papel do programa esloveno da Rádio Vaticano.
“Antes de tudo o papel è de
manter a fé na missão da Rádio Vaticana. A prioridade é aquela de difundir a mensagem
do papa e os ensinamentos da Igreja. A isso soma-se o empenho de dar suporte à Igreja
e a sociedade eslovena”.
Esse trabalho constitui um serviço importante também
para os meios de comunicação católicos da Eslovênia que utilizam reportagens citando
a rádio vaticano como fonte oficial. Uma fonte sempre atualizada e em condições de
produzir muitas informações em tempo real.
Programa
Suaíli
Cidade do Vaticano, 6 set (RV) – Em 28 de setembro de 2011
o programa Suaíli da Rádio Vaticano vai comemorar 19 anos de transmissão, retomada
em 1992 depois de muitos anos de silêncio. O principal objetivo da transmissão é,
como no passado, aquele de difundir a mensagem de paz, amor e harmonia e promover
o contato com o Vaticano, que é o centro da Igreja Católica, com quem fala suaíli,
mais ou menos 30 milhões de pessoas que vivem nos países do centro e Leste da África.
A ideia de um serviço radiofônico em suaíli nasceu em 1960, depois da criação
do Programa Inglês para a África, em 1958. A iniciativa foi de Padre Peter Van Peltun,
um sacerdote holandês fascinado pela língua suaíli. Motivado por essa paixão, por
volta de 1959 quis criar uma sessão em suaíli para os ouvintes da África central e
do Leste. Mas a realização se tornou difícil, já que o trabalho de traduzir cabia
somente a ele, de maneira voluntária. Por falta de tempo suspendeu os serviços, e
ninguém o substituiu. Assim, a transmissão em suaíli foi definitivamente interrompida
quando Padre Van Peltun retornou à Holanda, em 1963.
Sete anos mais tarde o
programa foi reativado por outro sacerdote jesuíta, também apaixonado pela língua.
Padre Bacum, nascido no Burundi, estava em Roma para estudar teologia. Em 1973, outra
vez o programa saiu do ar, já que Padre Bacum retornou ao seu país.
Após 19
anos de silêncio, o serviço foi retomado em 1992 pelo Padre Eustace Sequeira, então
responsável pelo Programa Inglês para a África. Ele retificou a importância de existir
uma transmissão em suaíli, falado por mais ou menos 30 milhões de pessoas. De início,
o programa voltou com 10 minutos no ar. Hoje, a voz do Papa em suaíli é transmitida
todas as noites e todas as manhãs por 28 minutos.
Olhando para o futuro, no
terceiro milênio, a coisa mais importante para os colegas suaílis é anunciar a mensagem
de paz, de amor e verdade do Cristo vivo por meio do testemunho do Papa e da Santa
Sé. Nossos colegas da redação suaíli agradecem todos que dedicaram tempo e colaboraram
para este importante trabalho de difusão da língua suaíli por meio da voz do Santo
Padre e da Igreja. (RB)
Programa
Tcheco
Cidade do Vaticano, 30 ago (RV) – A primeira transmissão
em língua tcheca da Rádio Vaticano foi ao ar em 22 de abril de 1947. O pedido para
que o programa fosse criado partiu do arcebispo de Praga, à época Dom Josef Beran,
e do próprio governo tcheco-eslovaco. Os programas diários de 15 minutos passaram
a ser transmitidos regularmente a partir de 1949.
Com o início da ditadura
comunista, em fevereiro de 1948, as transmissões em tcheco da Rádio Vaticano se tornaram
o único meio de comunicação que não era censurado. Com o fim do comunismo em 1989,
aconteceram algumas importantes mudanças, entre elas a reabertura da Embaixada Tcheca
junto à Santa Sé. A redação tcheca forneceu as traduções dos discursos do Papa aos
meios de comunicação estatais, especialmente a TV Tcheca e a TV Católica NOE.
Desde
1996, a redação tcheca colabora com a Rádio Proglas, uma rádio cristã, que todos os
dias retransmite o jornal da noite da Rádio Vaticana e no dia seguinta faz uma réplica.
A redação tcheca e a assessoria de imprensa da Conferência Episcopal tcheca mantêm
mútua colaboração, principalmente nos trabalhos de tradução das catequeses e das encíclicas
do Papa, que regularmente são publicadas pelas editoras católicas tchecas.
Um
passo importante foi dado em 2001, com a criação da página na internet do programa
tcheco, que se tornou fonte de informação para os meios de comunicação católicos e
também para a mídia não-católica. Por isso, sem esquecer o contexto de liberdade política
na República Tcheca, a redação tcheca da Rádio Vaticana continua a ser um ponto de
referência da comunicação social não somente para os católicos, e sim para todas as
pessoas de boa vontade.
A qualidade das transmissões e dos textos publicados
está demonstrada pelo fato de que o site tcheco da Rádio Vaticana se encontram nos
arquivos da Biblioteca Nacional Tcheca, inclusive com arquivos desde 2006. O Instituto
para o Estudo dos regimes totalitaristas propôs ainda de converter as antigas fitas
em arquivos digitais todo o material da redação tcheca produzido entre 1947 e 1989.
(RB)
Programa
Búlgaro
Cidade do Vaticano, 23 ago (RV) - Foi criado nos anos do
totalitarismo, que fazia de tudo para acabar com a fé e para separar os búlgaros do
mundo cristão, especialmente de Roma. Mesmo assim, as transmissões prosseguiram e
nos últimos 20 anos o programa búlgaro reforça a fé de uma Igreja não mais perseguida,
mas que procura orientar no período difícil da transição para a democracia.
O
programa de 19 minutos é feito por três colegas, que contam com a colaboração de correspondentes
nas três dioceses da Bulgária.
Em 21 de novembro de 2009, o programa búlgaro
completou 60 anos e as mudanças históricas deram um novo impulso à redação búlgara
que encontrou novos meios para atingir mais pessoas na Búlgaria. No início de 1997,
quando as velhas forças tentavam tirar o país do caminho da democracia, principalmente
nos Bálcãs e no leste europeu, o programa fez sentir sua voz.
“As dramáticas
notícias que chegam da Bulgária ecoaram imediatamente na Europa e em particular em
todos nós que acompanhamos com interesse os acontecimentos. Mas desejamos que os búlgaros
encontrem a estrada da democracia, da liberdade e do bem estar material e espiritual,
sem violência, sem derramar sangue e sim por meio da razão e do respeito mútuos. Muito
sangue já foi derramado nos Bálcãs nestes anos: agora deve chegar o tempo de paz para
toda a grande península”.
Por meio do canal 105 da Rádio Vaticano, o programa
búlgaro contribuiu para derrubar preconceitos e velhos clichês do Ocidente em relação
ao país dos Bálcãs e, ainda, fez conhecer a verdadeira identidade e o verdadeiro potencial
do povo búlgaro. Dois grandes momentos ficaram marcados: a visita de João Paulo II
à Búlgaria, em 2002, e a entrada do país na União Europeia, em 2005.
Hoje,
os colegas búlgaros procuram estimular os fiéis na Bulgária a colocar suas inteligências
e capacidades a serviço da construção comum de uma sociedade mais humana. Sobretudo
a dar foco aos novos desafios para a sociedade pós-comunista: desorientamento relativista,
materialismo exacerbado, inversão dos valores na sociedade e indiferença nas relações
com a fé. A página do programa búlgaro na internet também é um importante instrumento
visto que a rede de comunicação da Igreja católica na Bulgária ainda caminha a passos
lentos.
Por fim, destaque em língua búlgara para as mensagens do Papa Bento
XVI, à missão dos laicos, as relações entre a Igreja e os meios de comunicação, aos
jovens. Tudo sob a proteção dos irmãos São Cirilo e Metódio, evangelizadores dos povos
eslavos, a serviço da fé e para a renovação espiritual numa Europa unida e cristã.
(RB)
Programa Árabe
Cidade do Vaticano, 23 ago
(RV) - O programa árabe da Rádio Vaticano existe desde 1949. No início as transmissões
eram semanais, o que se seguiu até 1954 de maneira intermitente.
Hoje, quatro
colegas trabalham na redação árabe, que transmite todos os dias em ondas curtas dois
jornais de 27 minutos para o Oriente Médio e outro de 19 minutos para o Norte da África.
Os ensinamentos do Papa e outras notícias da Igreja no mundo tem destaque no programa
árabe, principalmente aquelas da região de alcance do sinal. Eventos ecumênicos e
diálogo com as outras religiões – especialmente com o Islã – também ocupam uma parte
importante.
Antes da propagação do fundamentalismo religioso de consequencias
nefastas para a convivência pacífica entre os povos, principalmente para as comunidades
cristãs na região árabe, o programa árabe se empenha no árduo desafio de propagar
os ensinamentos do Evangelho em uma região de grandes religiões e civilidade. (RB)
Programa
Francês
Cidade
do Vaticano, 16 ago (RV) - A história da redação francesa tem início junto com
a própria Rádio Vaticano, em 1931, quando os colegas franceses iao ao ar todos os
domingos.
A partir de 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, os programas
em francês passaram a ser diários e eram conhecidos pela imparcialidade e crítica
aos excessos dos crimes dos regimes fascista e nazista. Durante a guerra, a Rádio
Vaticano foi um precioso instrumento de informação. Os membros da resistência francesa
transcreviam os programas. Joseph Goebbels, nazista, tinha jurado de silenciar as
transmissões francesas da Rádio Vaticano. Em 1940, a pedido do Papa Pio XII, foi criado
um serviço de informação sobre o paradeiro de civis ou militares desaparecidos, no
qual era comum a transmissão de apelos e de mensagens aos prisioneiros por parte dos
familiares.
Os anos passam e a redação francesa acompanha os acontecimentos
do mundo e da Igreja. Enquanto o Concílio Vaticano II e seus documentos sobre a comunicação
aprofundam o diálogo entre a Igreja e a sociedade, se assiste também a independência
das ex-colônias francesas. Em 1965, com o objetivo de aprofundar as informações para
o continente africano, uma segunda redação francesa nasce na Rádio Vaticano com os
sotaques da África.
Esta é a meta básica essencial da Rádio Vaticano: informar
sobre as atividades do Papa e da Santa Sé e sobre a vida da Igreja no mundo com um
panorama vasto sobre a atualidade internacional com atenção particular para as questões
esquecidas ou ignoradas.
Hoje a redação francesa tem dois radiojornais de 15
minutos todos os dias, dois flashs e um magazine de 20 minutos. Os programas são retransmitidos
por cerca de 120 rádios, muitas das quais cobrem quase toda França. Mas os programas
franceses da Rádio Vaticano não têm fronteiras, são transmitidos ainda por rádios
belgas, libanesas e canadenses, nas Antilhas, Polinésia, Madagascar e em inúmeros
países da África, entre os quais a República Democrática do Congo, Camarões e Benin.
Assim, milhares de ouvintes podem conhecer as questões prioritárias para o Vaticano,
como a liberdade religiosa, o respeito dos direitos humanos, a dignidade da pessoa,
as desigualdades sociais, o ambiente. Os grandes acontecimentos da vida da Igreja
têm lugar de destaque: as viagens do Papa, os Sínodos, as conferências e os encontros
organizados pelos dicastérios da Cúria Romana.
Com sua grande bagagem histórica
e seu público vasto, a redação francesa está pronta para os desafios modernos. Com
a dissiminação de fontes de informação provocadas pelas novas tecnologias, qual é
o papel da Rádio Vaticano? O que a torna especial? Encontrar novas alternativas na
internet com a possibilidade de realizar transmissões especiais. Promover parcerias
com outros meios de comunicação para ganhar mais visibilidade são algumas das possibilidades.
Assim
como a Rádio Vaticano, a redação francesa tem 80 anos, mas ainda muito a fazer. (RB)
Programa
Somali Cidade
do Vaticano, 09 ago (RV) - O programa em língua somali da Rádio Vaticano nasceu
em outubro de 1992, um ano depois, com o fim do Estado somali após a guerra civil
que eclodiu em diversas partes do país.
O ano de 1991 também ficou marcado
pela derrota do então presidente Mohamed Siad Barre e o início da luta pelo poder
entre os vários clãs somalis. A queda do Estado somali varre também a presença física
e vísivel da Igreja, chegada na Somália por volta de 1900. As igrejas e as várias
construções das missões católicas fora saqueadas e destruídas. Os missionários foram
obrigados a abandonar seus postos por causa da insegurança e da “tribalização” da
guerra civil.
Contudo, a Igreja encontrou um modo de continuar presente, por
meio das operações humanitárias da Caritas, das Irmãs Missionárias da Consolata e
outras organizações e pessoas inspiradas pela fé católica.
Dom Giorgio Bertin,
à época administrador apostólico da Diocesi de Mogadiscio, depois do assassinato do
Bispo Salvatore Colombo, em 1989, se refugiou na capital do Quênia. A sua primeira
preocupação foi organizar missões humanitárias em favor das pessoas que ficaram na
Somália e também dos refugiados no Quênia.
Mas sentia que não era suficiente,
era preciso acompanhar esse trabalho com a Palavra de Deus. Se a Somália estava à
beira do abismo também era porque o coração das pessoas não estava suficientemente
iluminado com a Palavra: para o renascimento era necessário uma palavra de reconciliação,
de bondade e justiça.
Dom Bertin sentiu o desejo de poder se aproximar da população
somali não somente por meio de alimentos e medicamentos, mas também com palavras inspiradas
na Sabedoria de Deus.
Asim, depois de ter visto que localmente não seria possível
criar e transmitir um programa de rádio em língua somali, Dom Bertin veio à Rádio
Vaticana para encontrar Pe. Federico Lombardi, à época Diretor dos programas. Conseguiu
então fazer com que um pequeno espaço em língua somali fosse ao ar uma vez por semana,
com 10 minutos de duração.
O tradutor e a voz do programa somali é um somali
católico refugiado no Quênia que, junto com Dom Bertin, prepara o conteúdo, grava
e envia a Roma.
Durante todos estes anos o programa somali abordou diversos
aspectos da fé e da vida cristã: páginas da Bíblia importantes do ponto de vista social,
comentários sobre a Palavra de Deus dos Domingos, páginas do ensinamento social da
Igreja, páginas dos dois Sínodos Especiais para a África, a versão curta da Catequese
da Igreja Católica, orações, testemunhos dos mártires da nossa época, entre outros.
Apesar
da grave crise que se abate no país do Chifre da África, muitos sintonizam as emissões
a partir de Roma da Rádio Vaticano. (RB)
Programa Bielorusso
Cidade
do Vaticano, 02 ago (RV) - O programa bielorusso da Rádio Vaticano vai ao ar há
mais de 60 anos. Em 1949, começaram os esforços para introduzir o programa na grade.
Após autorização do Papa Pio XII, em 6 de janeiro de 1950 era inaugurada a transmissão
em língua bielorussa, a primeira produzida e gerada fora do país.
Até 1989,
o programa bielorusso teve uma importância fundamental, já que a situação da Igreja
nos anos 50, em particular pela falta de sacerdotes, era complicada. Somente por meio
do programa bielorusso era possível manter o contato com a voz do Papa e os acontecimentos
da Santa Sé e do mundo.
Grande parte do programa era dedicada aos temas religiosos
e educativos: desde o ensino dos fundamentos da fé até abordagens sobre os problemas
religiosos e morais. Também eram transmitidas orações e textos liturgicos. Uma das
grandes responsabilidades da redação bielorussa era traduzir os documentos papais
e os discursos do Papa. Ao mesmo tempo, os colegas bielorussos também tinham espaços
culturais, com destaque para as raízes cristãs da cultura bielorussa.
Até 1989
a redação não teve contato com a Bielorussia. Além disso, as transmissões eram bloqueadas
pela KGB. Somente depois da ‘perestroika’ foi possível transmitir reportagens sobre
a vida religiosa e pública da Bielorussia feitas por jornalistas de Minsk, Hrodna,
Vicebsk.
Durante o período de retomada das estruturas eclesiásticas na Bielorussia,
a Rádio Vaticano passou a ter um papel importante nesse processo: o de servir como
ponte entre a Santa Sé e a Igreja católica e de ser, ainda, uma das poucas fontes
de informação completa e integral sobre as atividades do Santo Padre em língua bielorussa.
Programas
católicos e religiosos são raros nas rádios da Bielorussia, por isso as transmissões
a partir de Roma desenvolvem um importante caráter de formação do ponto de vista moral,
ético e religioso. A Bielorussia é um país pluri-confissional, por isso o programa
bielorusso da Rádio Vaticano tenta, de maneira objetiva, fazer uma apresentação da
vida social e religiosa, promover a concórdia e o respeito recíproco entre todos os
representantes de todas as confissões religiosas dentro de um espírito ecumênico.
Atualmente,
a principal tarefa do programa Bielorusso é a de acolher de maneira perspicaz os processos
que acontecem na Igreja católica e na sociedade bielorussa, e responder a estes acontecimentos
dentro dos ensinamentos da Igreja com um trabalho ligado à Igreja local que contribui
para o seu ressurgimento.(RB)
Programa Vietnamita
Cidade
do Vaticano, 26 jul (RV) - O padre jesuíta Sesto Quercetti foi o precursor do
Programa Vietnamita da Rádio Vaticano. Missionário e superior dos jesuítas no país
asiático, foi expulso pelo governo comunista em 1976. Cinco anos mais tarde, de volta
a Roma, fundaria o Programa Vietnamita que teve sua primeira transmissão, de 23 minutos,
em 1º de janeiro de 1981.
No começo o programa vietnamita compreendia notícias,
reportagens sobre as atividades da Santa Sé e da Igreja, um comentário sobre o evangelho
do dia e, uma vez por semana, um comentário sobre os eventos mais importantes do mundo.
A
partir de 1991, graças aos desenvolvimentos tecnológicos, a duração do programa diário
saltou de para 42 minutos. Apesar disso, o quadro pessoal continuou o mesmo: quatro
redatores, com ajuda de alguns colaboradores externos.
Além do noticiário e
das editorias sobre as atividades religiosas, o programa vietnamita criou espaços
para a formação e o testemunho cristãos. Isso para atender as necessidades da formação
dos seminaristas, religiosos e laicos no Vietnã que não tinham acesso aos testes religiosos
por causa do regime comunista.
Sendo assim, os conteúdos das transmissões vietnamitas,
sobre teologia bíblica, catequese, direito canônico, espiritualidade e patrologia
foram publicados no Vietnã, a maior parte clandestinamente, em dezenas de volumes,
como testes de formação.
Além disso, naquele período, as transmissões do programa
vietnamita eram gravadas e mais ouvidas durante o almoço ou jantar em muitas comunidades
religiosas do Vietnã.
De outros países os colegas do Vietnã receberam testemunhos
comoventes. Como o de um trabalhador vietnamita enviado à Sibéria sob o regime soviético.
Ele ouvia as transmissões às escondidas às duas horas da madrugada, transcreveu inteiramente
o conteúdo em 200 páginas e enviou à redação com uma pergunta: "Acreditei em Deus,
como posso virar católico, porque aqui não vi nenhum sacerdote católico?".
A
partir da propagação dos novas tecnologias, a audiência do programa vietnamita passou
a ser registrada inclusive em outros países, em particular nos Estados Unidos. Também
no Vietnã, no início de 2007, graças à difusão da internet e depois com a chegada
da banda larga às zonas rurais, o número de ouvintes cresceu.
Hoje o programa
vietnamita da Rádio Vaticano se depara com novos desafios, entre eles o fato de que
muitos sites católicos em língua vietnamita estão sendo criados. Entretanto, o papel
de 'Voz do Papa', como referência para conhecer as atividades da Santa Sé continua
a ser o principal objetivo. (RB)
Programa Alemão
Cidade
do Vaticano, 19 jul (RV) – Essa é a vinheta do radiojornal em alemão da Rádio
Vaticano. Pontual como um relógio suíço, às 4 horas da tarde, é possível escutar o
noticiário em língua alemã. Desde a metade dos anos 30 o programa alemão é transmitido.
Nos anos do Terceiro Reich foi um veículo muito importante para fazer frente à propaganda
nazifascista. Durante a Segunda Guerra Mundial a Rádio Vaticano e, sobretudo, o programa
alemão foram fundamentais para difundir as mensagens de paz do Papa.
A partir
de janeiro de 1940 o programa alemão começou a fazer a transmissão de verdadeiros
noticiários. Naqueles anos os soldados combatiam e o padre jesuíta Friedrich Muckermann
criou a editoria "Procura-se pessoas". Ele, que vivia no exílio na França durante
o regime nazista, teve a idéia de colocar no programa os nomes dos desaparecidos.
Entre 1940 e 1946 foram lidos mais de um milhão e duzentos mil nomes.
Durante
a Guerra Fria a redação alemã também vive um período complicado. A Alemanha estava
dividida em duas partes: uma ocidental e democrática e outra, a Alemanha do Leste,
comunista. A redação alemã neste contexto tem uma importante característica: a partir
do momento em que a Alemanha e a parte alemã da Suíça surgem como berço do protestantismo,
os colegas alemães procuraram destacar também notícias sobre os aspectos ecumênicos.
E
hoje? A redação alemã tem quatro jornalistas alemães, um austríaco, um suíço e um
sul-tirolês. Além dos noticiários diários, o programa alemão tem um espaço para aprofundamento.
Em 1977, foi criada uma associação de ouvintes das transmissões alemãs. Em 1990, foi
fundada também uma associação dos amigos da Rádio Vaticano em alemão, que apóia a
redação e o trabalho diário.
A redação alemã também é muito acompanhada pelos
correspondentes e jornalistas de língua alemã que estão em Roma. Fora isso existe
ainda uma dezena de rádios católicas que retransmitem os programas alemães feitos
em Roma para a Alemanha, Suíça, Áustria e Tirol do Sul. (RB)
Programa
Chinês
Cidade
do Vaticano, 12 jul (RV) – A história do programa chinês da Rádio Vaticano começa
em 1954 com uma transmissão semanal de 15 minutos em mandarim que, quatro anos depois,
ganhou meia hora. No início de 1977 o programa chinês passa a ser diário e no final
daquele ano, as transmissões saltaram de 15 para 25 minutos, incluindo o noticiário.
Em 1991, o total das transmissões chegou ao tempo atual, de 42 minutos.
As
reformas políticas na China no final dos anos setenta permitiram a retomada das atividades
religiosas no país. Antes disso, a maioria dos ouvintes estava em Hong Kong e Taiwan,
sem contar os chineses que viviam fora do país. Em 1980, os colegas do programa chinês
começaram a fazer a transmissão da missa de domingo ao vivo. No decorrer dos anos
80 e 90, cada vez mais chineses puderam sintonizar-se graças às ondas curtas.
O
renascimento da Igreja na China sob o regime comunista esbarrou em diversas limitações
e dificuldades. A interferência do governo chinês na vida da Igreja provocou uma divisão
no clero e também entre os fiéis. Nas duas últimas décadas do século XX, o programa
chinês procurou introduzir na China a Catequese da Igreja católica e os ensinamentos
do Concílio Vaticano Segundo. Como voz do Papa, os colegas chineses destacaram que
existe apenas uma Igreja na China, apesar das divisões. Esta mensagem de reconciliação
tem sido continuamente repassada todos esses anos.
Em 2000, a criação do site
da Rádio Vaticano permitiu que um maior número de chineses tivesse acesso às notícias
da Santa Sé. Quase todos os jornais católicos chineses publicados no exterior reproduzem
as notícias da redação chinesa. Esta que foi a primeira a disponibilizar na rede a
Carta de Bento XVI aos Bispos, aos sacerdotes, às pessoas consagradas e aos fiéis
laicos da República Popular da China, publicada em junho de 2007. Muitos programas
chineses foram dedicados a explicar aos católicos chineses a mensagem do Papa.
Atualmente
as transmissões chinesas cobrem uma vasta gama de temas de atualidade religiosa: a
catequese, a espiritualidade, o conhecimento da Bíblia, os ensinamentos morais da
Igreja, a história da evangelização na China, a vida dos Santos, as homilias dominicais,
a vida do Beato João Paulo II e as informações sobre atividades e documentos de Bento
XVI.
A programação da redação chinesa é realizada para ajudar os católicos
chineses a conhecer melhor a fé católica e vive-la na sociedade contemporânea. O objetivo
é também criar um clima que favoreça o diálogo entre o governo chinês e a Santa Sé.
Além disso, o programa chinês vai continuar a promover a reconciliação da Igreja na
China.
Ainda hoje, as transmissões a partir de Roma têm um papel fundamental
para os católicos chineses. Para eles, representam a voz do Papa e por meio dos programas
podem se atualizar sobre o que acontece no Vaticano. Mas, acima de tudo, nossos ouvintes
querem permanecer unidos à Santa Igreja. (RB)
Programa Inglês
Cidade do Vaticano,
6 jul (RV) – Seis anos depois da inauguração, a Rádio Vaticano começou a falar
também em inglês. Exatamente em 2 de setembro de 1937. No mesmo ano, nos Estados Unidos,
Franklin Roosevelt era reeleito presidente. Na Inglaterra, Rei Jorge VI foi coroado
em Westminster e, no Vaticano, o Papa Pio XI escrevera duas importantes encíclicas:
"Divini Redemptoris" contra o comunismo e "Mit brennender Sorge", contra
o nazismo. Estas eram as notícias que, junto com as informações da Igreja e do mundo,
foram transmitidas duas vezes por semana em um breve boletim em língua inglesa.
No
início, o objetivo do programa inglês era incrementar a pouca informação disponível
sobre a Igreja Católica em nível internacional e de se fazer ouvir a voz do Santo
Padre. Um único programa, em forma de noticiário, foi transmitido aos países anglófonos:
aos Estados Unidos e Canadá, à Inglaterra e Irlanda, às Filipinas, Austrália e Nova
Zelândia e também aos países onde se fala inglês na África. Durante a Segunda Guerra
Mundial, o programa inglês foi um dos quatro da Rádio Vaticano a denunciar a existência
de campos de concentração e dar amplo destaque aos contínuos apelos do Papa Pio XII
em favor da paz.
O Conselho Vaticano Segundo, com os documentos sobre comunicação
que o Papa produziu, deu ao programa inglês o impulso necessário para se transformar
num veículo de informação entre a Igreja e o mundo – papel que continua a desenvolver
ainda hoje.
Foram nos anos setenta, justamente quando os países africanos começaram
a reivindicar independência do domínio colonial, que teve início uma nova transmissão
destinada à África. Os mesmos programas gerados em Roma foram copiados em fitas e
enviados às pequenas rádios locais (a maioria sob responsabilidade de missionários)
que começaram a surgir na África.
Neste ponto o programa inglês tinha se transformado
numa transmissão diária com 15 minutos e a informação era mais rica e variada, com
editorias e entrevistas. Em 1975, durante o Ano Santo, o inglês foi uma das "Quatro
Vozes" de informação e notícias ao vivo, uma experiência que seria consolidada em
1991 com a criação dos Serviços Informativos Centrais com jornais transmitidos todos
os dias da semana. Durante o Jubileu de 2000, a seção inglesa participou às extensas
e dinâmicas transmissões ao vivo em diversas línguas que caracterizaram a entrada
da Rádio Vaticano na radiofonia do novo milênio.
Os programas em língua inglesa
estão entre os primeiros a ficarem disponíveis em podcasting. O site do programa inglês
se tornou ponto de referência para jornalistas e pessoas comuns em busca de uma fonte
confiável e oficial; útil e oportuna. São estes os critérios aplicados pela seção
inglesa nas suas tentativas de estar ainda mais presente, ser mais eficaz e mais interativa.
Das
fitas às redes sociais, os meios mudaram. Mas a mensagem, de esperança, fé e caridade,
permanece aquela de sempre. (RB)
Programa Eslovaco
Cidade
do Vaticano, 27 jun (RV) - ”Pochválený buď Ježiš Kristus” - „Laudetur Jesus
Christus” – Essa saudação abre os programas eslovacos há 67 anos. Precisamente no
dia 25 de dezembro de 1943, a mensagem de Natal do papa Pio XII também ia ao ar em
eslovaco. Entretanto, as transmissões regulares do programa eslovaco começaram quatro
anos mais tarde. Primeiramente, três vezes por semana junto com o programa tcheco,
dois anos mais tarde, passou a ser diário.
Nas difíceis décadas da ditadura
comunista, entre 1948 e 1989, quando a fé na Tchecoslováquia era perseguida, o magistério
da Igreja poderia atingir os católicos além da cortina de ferro somente pelas ondas
da Rádio Vaticano.
O final da segunda Guerra Mundial, que para muitos países
foi sinônimo de liberação, foi para os eslovacos o início de novos sofrimentos. Os
ataques contra a Igreja, a hierarquia e membros, na Eslováquia, foram motivados pela
identificação da patria com a fé. Essa situação dolorosa continuou até 1989, com exceção
dos poucos meses durante a Primavera de Praga, em 1968.
Depois dos episódios
de violência, a Igreja na Eslováquia fica sem suas instituioções vitais. Os bispos
que não foram presos, acabaram isolados nas suas moradias e tiveram suas atividades
limitadas. Em 1950, eram cerca de 300 os sacerdotes isolados, nos campos de concentração
e em prisões. O Estado também passou a controlar todas as ordens masculinas e femininas.
Durante aqueles anos das violações dos direitos fundamentais, os bispos, os
sacerdotes e os laicos se comportaram como heróis. A eles, a liberdade e a democracia
chegava pelas ondas da Rádio Vaticano. A partir de 1989, com a queda do Muro de Berlim,
começava uma lenta retomada da Igreja na ainda Tchecoeslováquia. Um posterior impulso
ao renascimento da vida religiosa vem com o Beato João Paulo II que, durante sua primeira
visita apostólica na Eslováquia, em 22 de abril de 1990, encorajou os fiéis:
"Com
grande alegria estou no meio de vocês, aqui na Eslováquia, para confirma-los na fé
em Jesus Cristo ressuscitado. No passado, mesmo querendo, não podia estar aqui não
era possível. Mas agora, o impossível se tornou possível, depois de quarenta anos
de caminhada pelo deserto. Depois de tantas sextas-feiras Santas chegou a manhã de
Páscoa com a alegria do Aleluia. Recordo tantas pessoas, que também aqui na Eslováquia,
vivenciaram sua fé, mesmo expondo-se ao perigo. Bispos feitos prisioneiros, humilhados,
torturados e impedidos de realizar suas missões. Sacerdotes ameaçados, agredidos no
seu serviço sacerdotal. Religiosos expulsos dos conventos... crianças educadas num
contexto que renegava Deus. Tantos que sofreram pela própria fé! O sangue dos mártires
é semente dos novos cristãos. O Espírito de Deus jamais abandonou vocês. Sempre esteve
com este Povo de Deus que vive na Eslováquia".
Mas hoje, qual é o papel das
transmissões em eslovaco da Rádio Vaticano? Antes de tudo é preciso dizer que na Eslováquia
é evidente a falta de informação religiosa. Nesse panorama, o programa eslovaco é
uma das fontes principais, tanto para as pessoas quanto para os veículos, seja para
as notícias sobre as atividades de Bento XVI e a vida da Igreja, ou sobre os fatos
da vida quotidiana da comunidade católica na Eslováquia. Tudo isso em quinze minutos
diários de rádiojornal. (RB)
Programa Armênio
Cidade
do Vaticano, 20 jun (RV) - Em 29 de maio de 1966, ia ao ar o primeiro programa
em língua armênia da Rádio Vaticano. No começo eram apenas 15 minutos por semana o
que, em 1975, mudou: os colegas da redação armênia passaram a transmitir diariamente.
Um
fato marcante aconteceu em 1971, quando um grupo de armênios que veio da Geórgia foi
recebido na Rádio Vaticano. Os peregrinos contaram que muitos ouvintes na cidade de
Akhalzekha acompanhavam de joelhos a transmissão da missa em rito armênio.
Num
momento de grande renovação social e de esperança no futuro, as transmissões representam
para o povo da Armênia e também para aqueles que vivem fora do país, um grande estímulo
moral e espiritual. É por isso que hoje, como no passado, os colegas armênios procuram
manter viva a sensibilidade religiosa de seu povo, que desde sempre é reconhecida
como uma nação fiel à mensagem do Evangelho.
Para manter esse reconhecimento
sem esquecer as problemáticas sociais e morais que afligem as famílias armênias, sobretudo
os jovens, a redação armênia está empenhada na tradução do YOUCAT - a catequese dos
jovens. O objetivo é criar uma editoria semanal assim que o trabalho estiver concluído.
Seguindo
as novas linhas - e também aquela já traçada no passado - o Programa Armênio continua
a transmitir informações sobre as atividades do Papa e da Santa Sé. Sem esquecer as
notícias do Patriarcado Católico Armênio e a Igreja Armênia em geral.
Nesse
sentido, o espaço dedicado às entrevistas dos expoentes da Igreja Apostólica e Evangélica
permitiu estabelecer contatos importantes, destinados a perdurar.
Quando a
Rádio Vaticano inaugurou as diversas páginas na Internet, os artigos publicados em
língua foram citados em outros sites com o devido crédito. Além disso, o programa
armênio se faz porta-voz do patriarcado nacional. Os bispos e sacerdotes armênios
que trabalham em diferentes pontos do mundo ouvem o programa com freqüência, contando
sempre com a retransmissão das rádios parceiras.
O Sínodo para o Oriente Médio,
em outubro de 2010, foi um fato histórico para a pequena redação armênia. Apesar de
não estar no rol das línguas oficiais, criou uma página na internet com serviço em
armênio. O Sínodo deu um novo impulso para conhecer a fundo as problemáticas sociais
e religiosas pelas quais passam os fiéis no Oriente Médio onde, inclusive, vive um
grande número de armênios. Isso porque após as deportações e o genocídio sofridos
pelos armênios em 1915, se criou uma vasta diáspora que conta com quase 6 milhões
de descendentes espalhados por todos os cantos do mundo. Enquanto isso, na República
Armênia, que se tornou independente logo depois que a antiga União Soviética foi dissolvida,
vive um terço da população, cerca de 3 milhões. Este fato requer um esforço ainda
maior para atender as exigências de ouvintes internacionais. (RB)
Programa
Etíope-Eritreu
Cidade
do Vaticano, 14 jun (RV) – As transmissões oficiais do Programa Etíope-Eritreu
vão completar 63 anos no próximo mês de outubro. Contudo, em 12 de fevereiro de 1931,
quando o Papa Pio XI terminou a transmissão inaugural da Rádio Vaticano, os etíopes
marcaram presença. Dois estudantes do Pontifício Colégio Etíope chegaram até a antiga
sede da Rádio: tinham em mãos um artigo escrito em sua língua e gostariam de transmiti-lo.
O jornal La Tribuna relatou, dois dias depois, que ele não só conseguiram transmitir
a mensagem, mas foram atendidos com solicitude e foram ao ar logo após a programação
normal ter sido concluída.
Na cultura abissínia, como era conhecido antigamente
o atual território da Etiópia, qualquer forma de comunicação é precedida pelo nome
de Deus. E foi assim que os dois estudantes começaram a transmissão ao dizerem "glória
a Deus". Este é ainda hoje o tema da vinheta de abertura do programa.
A audiência
principal ainda é a mesma do passado porque a Rádio Vaticano continua a ser a única
fonte de evangelização, catequese, informação eclesial com um pouco de atualidade
sócio-econômica e política. Na Eritreia, não existe nenhum meio de comunicação que
leve a palavra da Igreja. Na Etiópia, pelo menos, existe um boletim mensal que, inclusive,
colabora com o trabalho dos colegas etíopes-eritreus. Por causa dos conflitos atuais
existem tantos refugiados que ouvem as transmissões em diversas partes do mundo, além
dos ouvintes etíopes e eritreus que vivem em países como o Sudão, Quênia, Uganda e
países árabes.
Nos últimos anos, com a evolução da tecnologia o programa também
se tornou multimídia. Foram criadas duas páginas na internet, uma em aramaico e outra
em tigrino, que ajudam a atingir os cidadãos destes dois países que vivem no exterior.
A
ordem do dia se faz colaborando com a grande família da Rádio Vaticano, sobretudo
com o Centro de Documentação, mas também recebendo notícias, recomendações, comentários
tanto da Etiópia quanto da Eritreia, por meio dos colaboradores do programa. (RB)
Programa
One-O-Five Live
Cidade do Vaticano,
07 jun (RV) - A programação ao vivo começou a ser transmitida em 2000. A Rádio
Vaticano entrava no terceiro milênio inaugurando um novo projeto radiofônico. A programação
ao vivo começava pela manhã e ia até a noite, com serviços aos peregrinos que chegam
a Roma de todos os cantos do planeta. Se chamava Jubileum, uma porta sempre aberta
para o mundo: espaço para o testemunho das pessoas numa abordagem da Igreja; o Magistério
do Papa com as reações do povo de Deus e até mesmo com aqueles que não acreditam.
Criatividade: essa era a palavra de ordem. Foi uma época propícia para todo o microcosmo
linguístico da Rádio Vaticano, que teve a oportunidade de conhecer melhor uns aos
outros. A transferência de culturas virava ondas de rádio.
O Jubileum acaba.
Era preciso manter a herança, feita de pluralidade, interatividade e fluidez de estilos.
A estrutura mudou de nome, assumindo o nome em inglês da freqüência em que é transmitida:
105 FM. Reagrupamos redações, línguas, horas de programação. Mas não o conteúdo. Nem
mesmo a linguagem e o formato. Um canal italiano com inserções dos radiojornais em
italiano, inglês e francês.
Em 2006, uma revista cultural em italiano começou
a fazer parte do canal 105. É a Páginas e Folhas, fundada em 1982 como programa de
aprofundamento cheio de idéias, leituras e comparações do magistério com a cultura
contemporânea. No mesmo ano, é inserido na programação o Horizontes Cristãos, programa
histórico em italiano que existe desde a fundação da Rádio Vaticano, em 1931. Das
informações sobre a Igreja as notícias internacionais, das análises político-econômicas
aos fenômenos sócio-culturais, do esporte, da medicina as tradições locais. A missão
do canal 105 não mudou: continua a interpretar os fatos com o olhar cristão.
A
programação do One-O-Five é flexível graças aos avanços tecnológicos e da agilidade
do meio. Eventos como a morte e os funerais de João Paulo II, a sua beatificação,
as viagens apostólicas, os sínodos, as jornadas mundiais da juventude, as grandes
convenções católicas, mas também os acontecimentos políticos e sociais, são ocasiões
para acompanhar os fatos non-stop com aprofundamento e informações das reportagens.
(RB) Programa Lituano
Cidade
do Vaticano, 31 mai (RV) - O primeiro noticiário em lituano foi transmitido na
noite de 27 de novembro de 1940. A criação do programa lituano, de um lado, marcava
um novo passo na ampliação das transmissões da Rádio Vaticano e, de outro, ia ao encontro
das necessidades da comunidade católica da Lituânia ainda consternada por causa da
recente ocupação soviética marcada por ondas de perseguição e censura de todos os
meios de comunicação. No primeiro programa, dom Francesco Bučys, agradeceu o Papa
Pio XII por ter permitido as transmissões para a Lituânia. Assistindo e sustentando
a comunidade católica.
A necessidade de poder ouvir uma voz livre proveniente
de Roma foi reconfirmada com ainda mais evidência com o fim da Segunda Guerra Mundial.
Ao contrário do que acontecia na Europa Ocidental, na Europa do Leste o fim do conflito
era somente o prolongamento dos tempos passados. Nos primeiros anos depois da guerra,
se encontravam em Roma algumas dezenas de sacerdotes e seminaristas saídos da Lituânia
ocupada. Eles constituiriam o núcleo da futura e estável redação lituana da Rádio
Vaticano.
Depois de duas árduas décadas, os primeiro sinais de esperança começam
a aparecer. A novidade do Concílio Vaticano II conseguia, ao menos parcialmente, ultrapassar
a cortina de ferro e criar na comunidade católica lituana, até então oprimida e isolada
do mundo, um novo desejo de sentir-se parte da Igreja. No mesmo período, nos diversos
países da área comunista nasceram movimentos de dissidência política. É nesse contexto
que nasce em 1972 as "Notícias da Igreja Católica na Lituânia" – uma publicação periódica
clandestina que registrava as perseguições. Quando os primeiros números do periódico
chegaram ao Ocidente, nos programas lituanos da Rádio Vaticano foi criada uma editoria
especial que por quase duas décadas continuou a informar os ouvintes na Lituânia sobre
os abusos contra os cristãos. É assim que o papel da Rádio Vaticano foi decisivo para
a defesa da liberdade religiosa na Lituânia.
Com o pontificado de João Paulo
II tiveram início novos tempos para a Igreja na Lituânia. A poucos dias da eleição
o novo Papa assegurou que "a metade do seu coração batia pela Lituânia". Por meio
das ondas da Rádio Vaticano, junto com os ensinamentos papais, com o notável "Não
tenham medo!" (Non abbiate paura!) que atingiu os quatro cantos do mundo, chegaram
também aos fiéis da Lituânia as numerosas palavras de conforto e de esperança voltadas
especialmente a eles, como aquelas pronunciadas em 13 de janeiro de 1991 quando, depois
de saber do assassinato de 14 pessoas na torre de TV di Vilnius, o Papa com sinais
de comoção disse: "sofro e rezo com vocês". Finalmente, em setembro de 1993, João
Paulo II visitou a Lituânia livre.
"Agradecemos vocês, lituanos, por este
Monte das Cruzes, por este grande testemunho dado a Deus e ao homem. Quero dizer a
todos: o homem é fraco quando é vítima e talvez seja ainda mais fraco quando é o opressor.
O homem é fraco, mas este homem fraco pode ser forte na Cruz de Cristo, na sua morte
e Ressurreição. Esta é a mensagem que deixo a todos neste lugar místico da história
da Lituânia".
E hoje? Qual è o papel das transmissões lituanas da Rádio Vaticano?
Antes de tudo é preciso dizer que no panorama midiático da Lituânia é evidente a carência
de informação religiosa e, em geral, livre das determinações que vem da disputa pela
audiência. Portanto a Rádio Vaticano, por meio das transmissões de rádio e das notícias
na internet, é uma das principais fontes de notícias não só a respeito das atividades
do Santo Padre e da vida da Igreja, mas também dos fatos cotidianos da comunidade
católica na Lituânia. A vocação dos programas lituanos da Rádio Vaticano vem sendo
vivenciada como um serviço de universalidade a favor da Igreja na Lituânia. Hoje,
como no passado consiste, sobretudo, em fornecer informações sobre os ensinamentos
e as atividades do Pontífice Romano. Ao mesmo tempo leva aos pastores das Igrejas
lituanas, aos fieis e também aos não-credentes, uma leitura católica, desassociada
de particularismos locais e universais da vida da Igreja, do homem e do mundo. (RB)
Programa
Húngaro Cidade
do Vaticano, 24 mai (RV) - „Dicsértessék a Jézus Krisztus” - „Laudetur Jesus Christus”
– esta saudação em língua húngara ressoa no ar já há 72 anos, quando, em 2 de março
de 1939, o Padre Tibor Gallus SJ anunciou a eleição do Papa Pacelli.
A introdução
do Programa Húngaro na programação da Rádio Vaticano foi solicitada pessoalmente pelo
Cardeal József Mindszenty, em 1946. Pio XII acolheu prontamente o pedido do Cardeal
que tinha no coração a evangelização de todos os húngaros. Inicialmente uma vez por
semana e, depois de 1949, o programa húngaro se torna diário.
A voz do Papa
e da Igreja em diálogo com o mundo. Essa é a missão da Rádio Vaticano, com a qual
o Programa Húngaro quis contribuir desde seus primórdios. Tanto que nas difíceis décadas
do comunismo, quando a fé na Hungria sofria perseguições, o Magistério da Igreja conseguia
atingir os católicos húngaros além da cortina de ferro somente por meio das ondas
da Rádio Vaticano.
A partir de 1945 foi preciso esperar até 1990 para ver a
total retomada das relações diplomáticas entre a Hungria e a Santa Sé.
Os ensinamentos
do Concílio Vaticano II e as novas escolas de teologia chegavam aos fiéis húngaros
graças aos esforços do padre Ferenc Szabó SJ. As transmissões eram gravadas e transcritas
diariamente pela Magyar Kurir - a primeira agência católica da Europa Central, fundada
em 1911, hoje disponível na internet – para depois serem enviadas as várias paróquias
da Hungria.
A partir de 1989, com a queda do Muro de Berlin, começou uma lenta
retomada da Igreja local na Hungria, se abriu a possibilidade de se fazer sentir a
sua voz também nos demais meios de comunicação.
Praça dos Heróis
As
palavras de coragem do beato João Paulo II durante sua primeira visita apostólica
deram um impulso muito significativo para que a vida religiosa renascesse na Hungria.
Em 20 de agosto de 1991, depois da Santa Missa celebrada na praça dos Heróis de Budapeste,
falou a multidão.
"Vocês, caros irmãos húngaros, estejam cientes da grande
sorte que representa para a sua existência a liberdade que vocês conquistaram de modo
irreversível. Que vocês saibam apreciar e viver a liberdade".
O programa Húngaro
desde o início manteve uma ótima colaboração com os vários meios de comunicação locais
e nacionais que, inclusive, quando falamos das rádios católicas, retransmitem o programa
gerado do Vaticano mais de uma vez por dia, atingido os fiéis de língua húngara em
diáspora nos países vizinhos. Os colegas do programa húngaro fazem já há muitos anos
uma resenha semanal voltada à minoria húngara na Eslováquia, transmitida pela Rádio
Patria.
As atividades do Papa e da Santa Sé, aprofundamentos do Magistério
da Igreja, acontecimentos sobre os cristãos no mundo, editorias sobre o Evangelho
e sobre os documentos papais, entrevistas com os sacerdotes e com os pelegrinos húngaros
em visita a Roma, em colaboração com todos os Padres Jesuítas na Hungria e com os
nossos correspondentes em todo o mundo. É isso que em vinte minutos por dia a nossa
redação propõe aos ouvintes e com uma particularidade: somente com vozes femininas
coordenadas por Marta Vertse.
O programa húngaro da Rádio Vaticana ao longo
dos anos tornou-se uma voz clara, competente e, acima de tudo, autêntica a serviço
da comunhão com os cristãos perseguidos. Patrimônio ao qual queremos ser fiéis. Mesmo
no mundo de hoje, que é livre, mas muitas vezes confuso e a procura de valores, que
é justamente onde surge o desafio urgente da nova evangelização. (RB)