2011-07-07 18:57:03

A PALAVRA DE DEUS LIBERTA E DÁ VIDA


Cidade do Vaticano, 07 jul (RV) - O Evangelho do décimo-quinto domingo do tempo comum nos convida a refletir sobre a força da Palavra de Deus.

Sabemos que o projeto do Pai é liberdade e vida para todos. E a Palavra é a ferramenta mais importante para chegarmos à realização desse projeto. Ela tem poder de libertar dos mecanismos de opressão, conduzindo as comunidades para fora, porque é a Palavra quem mostra quem é Deus. Ela, manifestada plenamente em Jesus, provoca as pessoas à decisão: a favor ou contra. Posicionando-se a favor, as pessoas vencem os riscos e superam os conflitos, fazendo crescer o Reino, que é tensão constante em direção ao mundo novo.

Jesus nos revela, em parábolas, sua história e também a nossa. O verdadeiro modelo de discípulo é aquele que ouve a Palavra, entende-a e a põe em prática, produzindo frutos. Na parábola do semeador, Jesus quer por de lado o cristianismo superficial, que consiste meramente em ouvir e aceitar seus ensinamentos de modo teórico. Ele quer conduzir-nos a um cristianismo profundamente arraigado, capaz de frutificar.

Ele quer que sejamos a boa terra semeada por sua palavra e nos tornemos também os responsáveis e os produtores dos frutos do Reino.

Deus criou todas as pessoas com amor e por amor as salva e sustenta na vida. Podemos passar a vida inteira iludidos com nossas visões limitadas e pessoais.

Um dos efeitos da Palavra de Deus, ouvida e acolhida, é a alegria que nasce da fé, da certeza do Amor de Deus por nós, que se revela continuamente na pessoa e na obra de Jesus Cristo.

Para nós, cristãos, um genuíno contato com a Palavra de Jesus e com a sua pessoa é um privilégio, uma graça e também uma grande responsabilidade.

Por causa da nossa fé, podemos ver e ouvir o que os apóstolos ouviram e viram, embora de uma forma sacramental, igualmente válida.

Nosso coração poderá ser terra boa, fértil ou pedregosa. Tudo depende de cada um de nós. A terra boa de cada coração é aquela que está cheia de amor. Com o amor, abastecemos nosso coração, da mesma forma que o lavrador ara e aduba o terreno, para que seja uma boa terra.

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - MG







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