2011-07-04 13:04:51

BALANÇO ECONÔMICO DA SANTA SÉ


Cidade do Vaticano, 04 jul (RV) - O balanço da Santa Sé encerrou 2010 com um ativo de aproximadamente 10 milhões de euros. O dado foi anunciado pelo Conselho dos Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizacionais e Econômicos da Santa Sé, que se reuniu no Vaticano nos dias passados. O orçamento, entre outros pontos na nota, reflete uma “tendência positiva” já verificada em 2009, apesar das dificuldades ainda enfrentadas pela situação econômica e financeira mundial.

Os “elementos de incerteza e instabilidade” provocados pela grave crise de 2008 não impediram à Santa Sé fechar 2010 com um balanço contábil em ativo. O exame contábil realizado nos dias passados sob a presidência do Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, dos cardeais membros do Conselho para o estudo dos problemas econômicos e organizacionais da Santa Sé certificou entradas num valor de 245 milhões e 200 mil euros, e saídas num valor de 235 milhões e 350 mil, com um saldo positivo de cerca de 9 milhões e 850 mil euros.

Os números – ilustrados pelo presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, Cardeal Velasio De Paolis - são acompanhados no comunicado oficial com a consideração de que o balanço de 2010 “parece, portanto, reforçar, ainda que com todos os elementos de incerteza e instabilidade que a situação econômica e financeira mundial ainda apresenta uma tendência positiva, evidenciada no ano de 2009, que, por sua vez, absorveu os efeitos negativos decorrentes da crise financeira de 2008”.

As saídas, se explica, “são devido, principalmente, às despesas ordinárias e extraordinárias dos Dicastérios e Organismos da Santa Sé, os quais, com suas específicas atividades, participam no cuidado pastoral do Santo Padre, da Igreja presente em todo o mundo”. Também se fornece o número total de funcionários da Santa Sé, que em 31 de dezembro de 2010 chegava a 2.806 unidades, contra os 2.762 de 2009. A nota oficial especifica que, no âmbito das suas competências, foram ouvidos o Diretor-geral da Rádio Vaticano, Padre Federico Lombardi, e o Diretor Administrativo, Alberto Gasbarri.

Os cardeais do Conselho examinaram ainda os dados relativos ao Óbolo de São Pedro, que consiste nas ofertas enviadas ao Santo Padre pelas Igrejas locais, pelos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, por Fundações e fiéis individualmente, especialmente por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Em 2010, afirma a nota, o Óbolo totalizou 67 milhões e 700 mil dólares; diminuiu em relação ao ano anterior.

E todavia, destaca o comunicado, os membros do Conselho manifestam “apreço e gratidão a todos aqueles que, com sua contribuição, quiseram apoiar o trabalho pastoral e caritativo do Santo Padre, especialmente em situações de calamidades e de emergência em várias partes o mundo”. Os últimos números mencionados referem-se ao valor destinado ao apoio da estrutura central da Igreja, conforme o Canon 1271, do Código de Direito Canônico, de cerca 27 milhões e 360 mil dólares – também neste caso, valor inferior a 2009 – e o montante das ofertas recebidas de outras instituições, entre as quais o IOR, que doou ao Santo Padre 55 milhões de euros para suas atividades religiosas.

Participou da reunião do Conselho dos Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizacionais e Econômicos da Santa Sé o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer que nos falou um pouco sobre como funciona a questão econômica da Santa Sé. (SP) RealAudioMP3







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