Genebra, 28 jun (RV) - Um relatório detalhado sobre o caso de Farah Hatim,
a jovem católica sequestrada e islamizada a força, será apresentado na próxima semana
no Conselho da ONU para os Direitos Humanos de Genebra: é o que confirma à Agência
Fides o conjunto de organizações não-governamentais católicas credenciadas na ONU,
que desejam relatar o caso de abuso dos direitos humanos. As ONGs que se ativaram
e constituirão os promotores do apelo são: "Dominicans for Justice and Peace"(expressão
dos padres Dominicanos); "Franciscans International" (expressão da Família Franciscana),
e "Pax Romana", fundada por alguns católicos estadunidenses.
Uma vez completado
o relatório e o apelo oficial ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos,
as ONGs promotoras buscarão expandir o número de signatários, incluindo outras ONGs,
cristãs e não, dando uma maior força para a demanda. Recebido o relatório, o Alto
Comissário deve, por lei, abrir uma investigação oficial. Parecer positivo sobre a
pesquisa foi dado nos últimos dias pelo Arcebispo Silvano Tomasi, Observador Permanente
da Santa Sé na ONU em Genebra.
“Trata-se de fazer emergir aos olhos da comunidade
internacional um caso específico de violação dos direitos humanos e das liberdades
individuais que é emblemático: estamos acompanhando com grande atenção por meio de
fontes diretas” – explica à Fides Morse Flores, Diretor de Programas para a Ásia Pacífico
na Ong "Franciscans International". O caso de Farah é um dos cerca de 700 casos registrados
oficialmente a cada ano, de garotas sequestradas e convertidas, enquanto muitos outros
casos permanecem ocultos pois não são denunciados.
Enquanto isso, fontes de
Fides em Lahore informam que Khalid Shaeen o político da Liga Muçulmana-N, que ajudou
o jovem Zeehan Iliyas a seqüestrar Farah, é reincidente: já estava envolvido em outros
casos desse tipo, tendo previamente seqüestrado duas jovens muçulmanas. O político,
que também havia escondido a jovem em sua casa, depois renunciou ao cargo público
e de seu partido, uma vez que emergiu seu envolvimento no caso.
Atualmente,
a família de Farah está em Islamabad, sob a proteção do Ministério Federal para a
Harmonia e Minorias, que por sua vez, iniciou um inquérito, contatando as autoridades
locais em Rahim Yar Khan (sul de Punjab), onde aconteceu o seqüestro, para entrar
em contato direto com a jovem, a fim de saber qual é a sua vontade. (SP)