2011-06-28 12:55:50

CATEQUISTA, FORMADOR DE PESSOAS


Cidade do Vaticano, 28 jun (RV) - Estamos no tempo de religião invisível e sem vínculo com nenhuma instituição. É momento de baixa de todas as instituições. Está em alta o individualismo, as novidades, a estética, o imediato, isto é, tudo o que favorece o meu eu.

Esta realidade é fruto do que chamamos de “mudança de época”. É tempo de falta de cumplicidade com o outro, fato endeusado fortemente pelos meios de comunicação social. É o que acontece com a família e seus vínculos matrimoniais.

Até dentro da Igreja isto pode acontecer. Podemos dizer aqui de uma catequese desvinculada da Pastoral de Conjunto e paralela às orientações da coordenação diocesana e/ou paroquial. A fidelidade à tradição fecunda a prática concreta da catequese.

A catequese é anunciadora de uma novidade vinda da Palavra de Deus, da Pessoa de Jesus Cristo, na linguagem de hoje. Isto deve entusiasmar catequistas e catequizandos, fortalecendo a experiência do discipulado e da vivência cristã.
Não é fácil trabalhar numa cultura de emotividade, de pouca racionalidade, com profundo indiferentismo diante das propostas que exigem determinação e compromisso concreto de vida. É a transitoriedade com sintonia de superficialidade.

Tendo em vista todo esforço de reflexão da Igreja, enxergamos uma profunda mudança de paradigma na vivência da sociedade e na dimensão de fé. Assim sendo, a nossa catequese precisa ser mais propositiva e mais envolvente na vida de fé.

A pedagogia catequética de hoje leva em conta o aspecto celebrativo-litúrgico. Isto integra prática de vida e vivência da fé nas situações concretas. Com isto, a vida cotidiana, os problemas, as alegrias e tristezas passam a ter uma dimensão cristã.

Devemos entender o itinerário, o caminho da catequese. Ele passa pela experiência de vida do catequizando. Significa entender o sacramento como auge de uma caminhada, de interiorização, sem muita preocupação com o lado só festivo.

É o que entendemos sobre os passos do catecumenato, que acompanha os principais momentos da prática de fé do catequizando. Cada passo é marcado por uma celebração envolvente, introduzindo a pessoa na realidade que é celebrada.

A iniciação à vida cristã acompanha a vida do cristão. Não termina com os sacramentos. É processo formativo que termina com a morte. Nunca somos totalmente formados. As riquezas da mensagem cristã são infinitas e passíveis de conhecimento.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo Diocesano







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