CARDEAL BERTONE: "É PRÓPRIO ÀS PESSOAS DE FÉ SABER ATRIBUIR O MÉRITO A DEUS"
Cidade do Vaticano, 25 jun (RV) – Na manhã deste sábado, realizou-se, na Basílica
de São Pedro, uma Missa por ocasião dos 40 anos da Associação São Pedro e São Paulo.
Presidindo a cerimônia, o Cardeal Secretário de Estado Tarcísio Bertone.
Em
sua homilia, o Cardeal falou sobre a liturgia da “Beata Virgem Maria, sustento e defesa
da fé”, escolhida pela Associação, que venera de modo especial Nossa Senhora com o
título de Virgo Fidelis. Primeiramente falou sobre a mensagem da palavra de Deus,
depois sobre o carisma da Associação e, por fim, propôs uma estrada guia a todos os
sócios e simpatizantes.
Recordando o exemplo de Judite, ressaltou como a fé
fortalece: ela que pôs toda a sua confiança em Deus e, depois de rezar, realizou,
pelo amor de um povo, uma grande façanha militar. Ela depois não pediu honras a si,
mas a Deus – lembrou o Cardeal -, por ter libertado um povo através da sua mão. “É
próprio às pessoas de fé saber atribuir o mérito a Deus”, ponderou.
Conforme
ressaltou Dom Bertone, “hoje, mais que nunca, precisamos de testemunhas convencidos
e corajosos na fé, sobretudo lá onde ela é sombreada, desprezada e relegada a questões
privadas, como se não tivesse nada que ver com o aspecto público ou social da vida
dos homens.”
Falando então sobre a Associação, sublinhou sua intenção de “dar
um particular testemunho de vida cristã, de apostolado e de fidelidade à Sé Apostólica”,
a partir de três compromissos prioritários: “litúrgico, caritativo e cultural”. Parabenizou-os
pelo novo “grupo jovens” que formaram recentemente e manifestou seu desejo de que
haja uma continuidade nos seus trabalhos para o futuro.
Quantos às diretrizes
a serem seguidas, pontuou “o crer, o amar e o rezar”. Explicou, assim, que, em vista
do “crer”, a fé deve ser constantemente pensada, “para que sejamos aptos a atribuir-lhe
razão”, mas a fé sem a caridade – e aqui entra o amor – é inerte. Em relação ao orar,
o purpurado relembra que “a oração é a alma da vida cristã e a força que dá impulso
ao apostolado, e, portanto, também ao empenho para a nova evangelização que o Papa
nos pede”. (ED)