PAPA FAZ DISCURSO SOBRE AS DIFÍCEIS CONDIÇÕES DOS CRISTÃOS NA TERRA SANTA
Cidade do Vaticano, 24 jun (RV) – As revoltas nos países árabes e as difíceis
condições dos cristãos na Terra Santa estiveram entre os principais assuntos tratados
no discurso de Bento XVI desta manhã. Ao final da sua Assembléia, os membros da Reunião
das Obras em Ajuda às Igrejas Orientais, a Roaco, foram recebidos em audiência pelo
Papa, que, em diversos idiomas, auspiciou paz e harmonia ao povo do Oriente Médio.
O pontífice ressaltou que os cristãos que vivem na região têm o direito de
viver como cidadãos, e não como estrangeiros. O Santo Padre fez questão de expressar
a sua proximidade aos irmãos da Terra Santa e de todo Oriente Médio.
“A caridade
não terminará jamais”, disse Bento XVI retomando as palavras do apostolo Paulo, “e
é capaz de mudar os corações e o mundo com a força de Deus, semeando e despertando
por todos os lugares a solidariedade, a comunhão e a paz”.
O Papa falou então
nas diversas línguas dos membros da Roaco (francês, inglês e alemão), ressaltando
a importância da dimensão eucarística dessa Organização. “Dignidade e liberdade devem
ser atribuídas a todas as pessoas que professam a fé cristã”, disse o pontífice, relembrando
ainda as dificuldades enfrentadas durante os ataques terroristas à catedral siro-católica
de Bagdá em outubro passado.
Bento XVI pediu que se ofereça a maior assistência
possível aos refugiados dessas terras, que migram fugindo de conflitos. “Que cada
forma possível de mediação seja explorada – pediu o Papa -, para que a violência possa
cessar e a harmonia social e a coexistência pacífica possam ser restabelecidas, no
respeito aos direitos de cada indivíduo e de cada comunidade.” (ED)