JRS: A JUSTIÇA NO DIÁLOGO COM CULTURAS E RELIGIÕES
Valencia, 22 jun (RV) - O Serviço Jesuíta para os Refugiados (JRS) é o vencedor
do 10º Prêmio da Fundação pela Justiça e da Fundação Bancaja, na Espanha. O reconhecimento,
oficializado no último dia 15, será entregue em cerimônia no dia 6 de julho, na capela
da Beneficência de Valencia.
O prêmio recompensa a trajetória e a dedicação
constante de pessoas ou organizações que se destacam por sua contribuição para a promoção
e defesa dos direitos humanos, especialmente no que diz respeito aos refugiados.
No
passado, foram reconhecidas entidades como a Associação de Vítimas do Terrorismo,
a Associação Pró-Busca de Crianças Desaparecidas de El Salvador, as Irmãs da Caridade
e Muhammad Yunus.
O Serviço Jesuíta aos Refugiados (www.jrs.net) foi fundado
em 14 de novembro de 1980 pelo então Prepósito Geral da Companhia de Jesus, Pedro
Arrupe, com a missão de “acompanhar, servir e defender” os refugiados, deslocados
à força e migrantes em situação de particular vulnerabilidade.
Em nota divulgada
por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, 20 de junho, a Companhia de Jesus, afirma
que “o clamor dos 43 milhões de refugiados ou deslocados é mais atual que nunca”.
Segundo
o diretor, Pe. Peter Balleis, “nestes 30 anos, o JRS não se orientou pela restritiva
definição legal de refugiado, mas pelo ensinamento social católico, por uma noção
mais generosa do termo, que abrange todos os deslocados à força”.
A razão de
ser do JRS está intimamente ligada à missão da Companhia de Jesus, ou seja, promover
a justiça do Reino de Deus em diálogo com outras culturas e religiões.
Priorizando
pessoas deslocadas cuja situação é mais urgente e não são servidas por outros, o Serviço
oferece assistência humana e pastoral aos refugiados e comunidades de acolhimento
através de uma ampla gama de atividades de socorro e reabilitação: programas de pastoral,
educação de crianças e adultos, aconselhamento e serviços sociais e cuidados médicos
são pensados para atender as necessidades locais, tendo em conta os recursos disponíveis.
Sua
presença é marcante em acampamentos, junto a deslocados, solicitantes de asilo, pessoas
em situação ilegal, imigrantes vulneráveis em centros de detenção e em muitas cidades.
Atua
em 57 países. Emprega mais de 1.400 pessoas, entre leigos, jesuítas e outros religiosos,
para responder, entre outras, às necessidade educativas, de saúde e sociais de mais
de 500.000 refugiados. Seus serviços são oferecidos independentemente da origem étnica
ou confissão religiosa. (CM)