2011-06-20 19:36:34

ONU: MAIOR NÚMERO DE REFUGIADOS EM 15 ANOS


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Roma, 20 jun (RV) - Em todo o mundo, 43 milhões e 700 mil pessoas são obrigadas a fugi e 80% são acolhidos nos países em via de desenvolvimento. Os números são do relatório anual do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (UNHCR). Publicado hoje, o relatório foi apresentado em Roma pelo alto comissário, Antônio Guterres.

Em 2010, quase 4 milhões de pessoas saíram de casa em todo o mundo. Em resumo, o relatório diz que 15 milhões e 400 mil pessoas são refugiados, 27 milhões e 500 mil são deslocados internos e 850 mil em espera de asilo. Números que não levam em consideração os fugitivos forçados de 2011, como na Líbia, Síria e Costa do Marfim. Os refugiados são, na maioria, afegãos, mas também iraquianos, somalis, sudaneses e congoleses. E eles não estão sozinhos. Cerca de 15 mil e 500 requisições de asilo foram apresentadas por menores de idade não acompanhados ou separados dos pais. O alto comissário da ONU para os refugiados explica.

"São dois os fatores chave que devemos analisar. Antes de tudo, que em 2010 tivemos o mais alto número de refugiados e de deslocados jamais tido nos últimos quinze anos, e isso por causa das inúmeras crises que surgiram ou pelas velhas guerras que nunca chegam ao fim. O segundo fator é que existe uma impressão errada que o chamado mundo industrializado esteja acolhendo esses refugiados, quando ao invés, quatro quintos dos refugiados estão nos países em via de desenvolvimento, num momento em que cresce o número de pessoas que necessitam de proteção. Nesse caso, a única política que pode ser feita é aquela de manter as fronteiras abertas".

O Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os imigrantes, arcebispo dom Antônio Maria Veglio, reitera o discurso de Guterres.

"Alguns países industrializados declaram que os refugiados deveriam permanecer na região do Norte da África. É uma tragédia que estas pessoas devam escapar em precárias embarcações que muitas vezes naufragam matando centenas de refugiados. A União Europeia deveria ser capaz de monitorar esses barcos e chegar até elas para prestar assistência antes de enfrentar dificuldades que terminam em tragédias como os naufrágios. O fechamento das fronteiras certamente não é uma resposta. (RB)







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