Juba, 14 jun (RV) - O Fórum Ecumênico do Sudão, rede de paz de todas as Igrejas
cristãs presentes nesse país, pediu uma ação imediata da comunidade internacional
a fim de deter as violências contra os civis.
Uma nova crise humanitária poderá
eclodir nos territórios do Sudão do Sul a pouco menos um mês de sua independência
oficial, em 9 de julho, sancionada com o referendo de janeiro passado.
Segundo
estimativas das Nações Unidas, 40 mil pessoas estão fugindo do Estado de Kordofan
do Sul, sobretudo da cidade de Kaduqli, por causa do combate travado entre o Exército
do Norte, Forças Armadas do Sudão (SAF), e Exército Popular de Libertação do Sudão
(SPLA), ex-guerrilheiros do sul.
"A comunidade internacional deve adotar urgentemente
todas as medidas necessárias para deter as hostilidades, proteger os civis e permitir
o acesso humanitário no Kordofan do Sul, como primeiro passo para envolver as facções,
em conflito político e militar, na busca de uma solução negociada" – disse o co-presidente
do Fórum Ecumênico do Sudão, Eberhard Hitzler.
A obra dos salesianos na cidade
de El Obeid, no centro do Sudão, tornou-se meta de refúgio para muitos deslocados.
A situação permanece difícil e por causa do clima de tensão, as aulas foram suspensas.
(MJ)