A fé não se conserva por si mesma no mundo, não se transmite automaticamente no coração
do homem, mas deve ser sempre anunciada. Bento XVI na abertura do congresso eclesial
da diocese de Roma
(14/6/2011) O Papa Bento XVI inaugurou na tarde desta segunda feira, na Basílica
de S. João de Latrão, o congresso eclesial da dioceses de Roma sobre o tema: “Estas
palavras emocionaram-nos até ao fundo do coração”. A alegria de gerar a fé na Igreja
de Roma. Depois dos primeiros dois anos de reflexão dedicados á participação na
Missa dominical,e o testemunho da caridade, e o itinerário de verificação pastoral
centra-se no próximo biénio na iniciação cristã, a partir do trabalho efectuado nos
meses passados sobre este tema pela pastoral ordinária. A reflexão tocará também as
famílias na sua tarefa educativa e a formação dos catequistas. Ontem á tarde, no
discurso proferido na Basílica de S. João de Latrão o Papa insistiu na necessidade
de voltar a proclamar a Boa Nova nas regiões de antiga tradição cristã e exortou a
percorrer o caminho no qual se descobre o Evangelho, não como uma utopia, mas como
uma forma de vida plena. Bento XVI salientou também que a fidelidade á fé da Igreja
deve conjugar-se com a criatividade catequetica que tenha na devida conta o contexto,
a cultura e a idade do destinatário. Citando uma das intervenção durante o sínodo
romano, o Papa disse:” a fé não deve ser pressuposta mas proposta. É precisamente
assim. A fé não se conserva por si mesma no mundo,, não se transmite automaticamente
no coração do homem, mas deve ser sempre anunciada. E o anuncio da fé, por sua vez,
para ser eficaz deve partir de um coração que acredita, que espera, que ama, um coração
que adora Cristo e acredita na força do Espírito Santo”. Um anuncio – prosseguiu
Bento XVI – que deve ressoar de novo nas regiões de antiga tradição cristã e que se
resume na necessidade, já advertida por João Paulo II, de uma nova evangelização dirigida
a todos aqueles que apesar de conhecerem a fé jão não apreciam a beleza do cristianismo,
e inclusive é possível que o considerem como um obstáculo para alcançar a felicidade.
Neste contexto o Papa repetiu as suas palavras aos jovens na jornada mundial da juventude
de Colónia:”a felicidade que procurais, a felicidade a que tendes direito tem um nome
e um rosto: Jesus de Nazaré escondido na Eucaristia”. Bento XVI manifestou o desejo
de que aumente o compromisso com uma renovada estação de evangelização que nã é só
o trabalho de alguns, mas de todos os membros da Igreja. Porque como salientou o Papa,
cada um dos fiéis baptizados é mensageiro deste anuncio. Em primeiro lugar os
pais que são chamados a colaborar com Deus na transmissão do dom inestimável da vida,
porém também devem fazer conhecer Aquele que é a Vida. Neste sentido Bento XVI assegurou
aos pais o apoio da Igreja nesta missão fundamental. Além disso o Papa referiu-se
ao trabalho que a comunidade cristã deve fazer na formação dos adolescentes ajudando-os
não só a compreender com a inteligência as verdades da fé mas também com as experiencias
de oração, de caridade e de fraternidade. A palavra da fé – salientou o Papa a
concluir – corre o perigo de permanecer muda se não encontrar uma comunidade que a
põe em pratica, tornando-a viva e atraente como experiencia da realidade da vida
verdadeira