Cidade do Vaticano, 13 jun (RV) – Nos países não desenvolvidos, apenas um terço
das pessoas portadoras do HIV têm acesso ao tratamento. Esse dado chamou a atenção
da delegação vaticana presente no encontro sobre o tema realizado em Nova York, no
âmbito das Nações Unidas.
Nesta sexta-feira, 10 de junho, dia do encerramento
desta que foi a 65ª Sessão da Assembléia Geral da ONU, pronunciou-se a docente de
Direito e membro da delegação vaticana, Jane Adolphe. Trazendo dados sobre a ação
da Igreja Católica na luta contra o HIV/AIDS, informou que a Instituição fornece assistência
a mais de 25% do total de pessoas que vivem com a doença, principalmente crianças.
Por isso, pôde fazer, com conhecimento de causa, a denúncia de que o acesso ao tratamento
ainda é muito limitado, em especial nos países mais pobres.
Em números mais
precisos, nos países mais pobres, cerca de 15 milhões de pessoas estão contaminadas,
mas somente 5 milhões têm acesso aos medicamentos antirretrovirais. A delegação vaticana
ainda chamou atenção para o fato de que existem 16 milhões de crianças órfãs no mundo
por causa do HIV/AIDS, de forma que é de grande importância prover assistências às
famílias que possuem membros portadores da doença.
A representante da Santa
Sé lembrou que o objetivo principal é o de impedir a difusão dessa doença. Para tanto,
conforme pesquisa realizada recentemente, o uso dos medicamentos adequados
diminui em aproximadamente 90% o risco de transmissão. Outro remédio eficaz e de baixo
custo que ressaltou a delegação é uma mudança de comportamento, ou seja, abstinência
antes do matrimônio, fidelidade após o matrimônio e instrução da família aos filhos
quanto a um comportamento sexual responsável.
Há 30 anos, o mundo vive com
a AIDS, e hoje são 33 milhões de pessoas contaminadas. (ED)