SANTA SÉ NA ONU: PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E JOÃO PAULO II
Genebra, 10 jun (RV) – “A promoção dos direitos humanos e João Paulo II” é
o nome do evento promovido pelas missões permanentes da Santa Sé e da Polônia junto
às Nações Unidas – na sede de Genebra, Suíça - para o próximo dia 20 de junho. Estarão
presentes numerosos expoentes eclesiais e institucionais, e está prevista uma mensagem
do cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone. Será ainda projetado um documentário
sobre o Beato Wojtyla e inaugurada uma mostra de selos na temática das suas viagens
apostólicas.
Embora a maior parte das decisões das Nações Unidas ocorra em
Nova York, cinco das agências especializadas da entidade estão na Suíça, que é o "quartel-general"
europeu para questões de desenvolvimento e ajuda humanitária. A Rádio Vaticano conversou
com o observador permanente da Santa Sé nessa sede, Arcebispo Silvano Maria Tomasi.
“As Nações Unidas têm, em Genebra, um dos pilares mais importantes da estrutura
internacional, que é o Conselho de Direitos Humanos” disse o arcebispo, ressaltando
a contribuição de João Paulo II para esse campo. “Ele que quis fazer da Igreja ‘a
voz dos sem voz’ e que foi chamado ‘o Papa dos direitos humanos”, relembrou o prelado.
O representante da Santa Sé falou ainda sobre os pronunciamentos do Cardeal
Tarcísio Bertone – que será sobre as raízes teológicas de João Paulo II -, do arcebispo
de Lyon (França), Cardeal Philippe Barbarin – sobre a liberdade religiosa e temas
afins. Ressaltou ainda a presença do embaixador de Israel junto à Santa Sé, Mordechay
Lewy, sobre o novo capítulo que João Paulo II abriu nas relações com a fé judaica.
O arcebispo, explicando a importância desse evento, afirmou que “João Paulo
II permanece uma figura viva, inclusive porque Bento XVI dá seguimento à algumas das
idéias fundamentais que promovia enquanto cardeal, junto ao pontificado de Wojtyla”.
“Portanto, os ensinamentos de João Paulo II continuam a ser eficazes e a ter impactos
concretos – continuou -, inclusive estimulando debates internacionais e orientando
em situações difíceis, quando deve ser privilegiada não a política, mas a pessoa humana”.
(ED)