2011-06-10 12:34:14

DISCURSO DE BENTO XVI AO EMBAIXADOR DA SÍRIA


Cidade do Vaticano, 10 jun (RV) - Na manhã de ontem, quinta-feira, o Papa Bento XVI recebeu em audiência na sala Clementina, no Vaticano, os embaixadores da Moldávia, Guiné Equatorial, Belize, Síria, Ghana e Nova Zelândia que apresentaram suas cartas credenciais ao Santo Padre. Os embaixadores, que irão representar seus respectivos países junto à Santa Sé, receberam as boas-vindas do Papa, que, em seguida, dedicou-lhes um discurso.

Todavia, para além do discurso em conjunto pronunciado pelo Papa aos novos Embaixadores, Bento XVI entregou a cada um deles outro discurso no qual se detém mais especificamente sobre os países por eles representados. Significativo o discurso entregue ao Embaixador da Síria, no qual o Papa se refere expressamente às recentes revoltas em países árabes e à situação no Oriente Médio.

Os acontecimentos dos últimos meses nos países árabes do Mediterrâneo – destaca Bento XVI – “manifestam o desejo de um futuro melhor no âmbito da economia, da justiça, da liberdade e da participação na vida pública”. Para o Papa, que menciona o caso sírio, estes acontecimentos evidenciam “a urgente necessidade de autênticas reformas na vida política, econômica e social”, sem deixar, porém de auspiciar “que estas evoluções se realizem sem a intolerância, discriminação ou conflito, ou, ainda mais, com a violência”. Elas devem desenrolar-se “no respeito absoluto da verdade, da coexistência, dos legítimos direitos das pessoas e das coletividades, sob o signo da “reconciliação”. O Santo Padre evidencia ainda que deveriam ser esses os princípios “ a guiar as autoridades, tendo em conta tanto as aspirações da sociedade civil como também as pressões internacionais”.

No que diz respeito à situação do Oriente Médio, no seu conjunto, “deve-se encontrar uma solução global que faça progredir a paz na região”. Esta solução – sublinha o Papa – tem que ser “fruto de um compromisso” entre as partes, “não uma opção unilateral imposta com a força”, que nada resolve.

Sublinhando a insuficiência de “soluções parciais e unilaterais”, e evocando os “sofrimentos de todas as populações” do Oriente Médio, o Papa adverte que é “necessário proceder com uma abordagem global que não exclua ninguém na busca de uma solução negociada e que leve em consideração as aspirações e os legítimos interesses dos diversos povos”. (SP)







All the contents on this site are copyrighted ©.