CONIC: "REZAR COM CONSCIÊNCIA PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS"

Brasília, 07 jun (RV) - O Brasil vive desde domingo a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), iniciativa que tem como principal objetivo reunir irmãos de fé em prol da unidade cristã.

Em nota, o presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), bispo de Chapecó (SC), Dom Manoel João Francisco, e o secretário geral, Rev. Luiz Alberto Barbosa, animam o engajamento de todas as comunidades.

Como é costume no hemisfério sul, a Semana é celebrada entre as festas de Ascensão e Pentecostes, e este ano tem o tema “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (Cf. Atos 2,42).

Para o secretário geral, Rev. Luiz Alberto, a SOUC 2011 promete ser um marco: “Percebo que o interesse das comunidades em celebrar a SOUC tem crescido ano a ano, fato que nos deixa muito contentes e ao mesmo tempo, esperançosos de um dia ver a unidade reinar suprema diante de todo o povo cristão” - afirmou.

Segundo o presidente do CONIC, Dom Manoel João Francisco, “a Semana de Oração demonstra a unidade e aponta que a fé cristã possui centros comuns como, por exemplo, os Apóstolos, que foram responsáveis por compilar os ensinamentos de Jesus Cristo” – destacou. Ele reforça o convite a que os católicos participem, pois esta Semana de Oração “não é uma daquelas tradições que acontecem quase espontaneamente em nossas comunidades. Ela pede conscientização e disposição”.

A Santa Sé, por meio do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, divulga em seu site um subsídio para a Semana 2011, com textos bíblicos; introdução à celebração ecumênica; roteiro de celebração; reflexões bíblicas e orações para os oito dias; textos históricos; cronologia dos temas das SOUC e outros materiais.

A Semana de Oração, como ideia, nasceu em Edimburgo, na Escócia, 101 anos atrás, com a Conferência Missionária Mundial, encontro que tinha como objetivo propor a unidade dos cristãos para a missão. Para povos não cristianizados, era difícil compreender divergências doutrinais entre pessoas que seguiam uma mesma crença religiosa, sob a égide de um só Cristo. Daí a proposta de criar uma unidade dialogal entre comunidades cristãs de diferentes tradições teológicas.

O princípio que regia essa ideia, em última análise, era simples: muito mais é o que nos une do que aquilo que nos separa (Mc 9,40). A partir de então, houve um esforço coletivo das igrejas presentes nesta conferência de exaltar o diálogo e minimizar o confronto, pois todos levavam a mesma cruz, o mesmo amor e, consequentemente, compartilhavam um só objetivo: anunciar as boas novas do Salvador (Mt 10,7).
(CM)