Alimento Perdido:”o caso dos grãos perdidos após a colheita na África Subsaariana”
(5/6/2011) Investir nas tecnologias pós-colheita para reduzir as perdas de alimentos
poderia contribuir muito para o aumento de oferta de alimentos na África Subsaariana.
Esta é a questão central do relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para
a Agricultura e Alimentação (FAO) e do Banco Mundial, lançado, esta semana, por ocasião
de um encontro entre peritos e técnicos da área. O relatório intitula-se “Alimento
Perdido: o caso dos grãos perdidos após a colheita na África Subsaariana”. Conforme
consta no documento, essas perdas são avaliadas em quatro biliões de dólares por ano.
“Este alimento desperdiçado bastaria para satisfazer os requisitos mínimos nutricionais
de, pelo menos, 48 milhões de pessoas”, afirma a vice-diretora geral da FAO, Maria
Helena Semedo. Para ela, “se concordamos que é preciso desenvolver sistemas agrícolas
sustentáveis que possam tirar da situação de fome nove biliões de pessoas até 2050,
enfrentar o problema do desperdício ao longo da cadeia alimentar deve ser um ponto
chave das futuras estratégias alimentares nacionais”.
De acordo com o sistema
africano de informação sobre perdas de grãos pós-colheita, as perdas físicas de grãos,
na primeira fase de elaboração, variam entre 10 e 20% do montante total. Somente na
África oriental e meridional as perdas são avaliadas num bilião e 600 milhões de
dólares por ano, cerca de 13% do valor total da produção de grãos.