A necessidade de implementar cidades inter-culturais
(5/6/2011) O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), deslocou-se esta semana a
Roma para participar nas celebrações dos 65 anos da Republica Italiana e dos 150
anos da unidade da Itália. Ban Ki-moon interveio também na Conferência das Cidades
Inter-Étnicas, promovido pela Aliança das Civilizações das Nações Unidas (UNAOC),
pedindo que o mundo aprofunde o seu compromisso com os valores comuns de inclusão
social, aceitação e compreensão. Afirmou ainda que a emigração é cada vez mais
uma tendência mundial fazendo com que as minorias e os migrantes sigam em direção
a cidades de oportunidades económicas e liberdade.
"Esta é uma era na qual
as pessoas atravessam as fronteiras mais do que nunca em busca de oportunidades e
esperanças para uma vida melhor. As cidades são os centros dessa ação: o eixo, o íman
, lugar onde as pessoas colidem e coexistem".
O secretário-geral das Nações
Unidas reconheceu que as cidades enfrentam os desafios económicos e sociais na criação
de um ambiente inclusivo, especialmente na incerteza global económica vigente e as
transições políticas em curso em muitos países.
Jorge Sampaio, alto-representante
para a Aliança das Civilizações das Nações Unidas que participou via videoconferência
direto de Lisboa, disse que esses desafios não podem tornar-se obstáculos para as
cidades.
"Hoje as populações urbanas estão a tornar-se cada vez mais diversificadas.
Pode ser fácil para as cidades caírem na mentalidade de que isso seja um problema
ou, até mesmo, uma ameaça. Contudo, para as cidades com uma visão e uma habilidade
para abraçar a diversidade, e também com a capacidade de conceber novos meios de convivência,
existe o potencial de uma grande recompensa social, económica e cultural".
"Nós
precisamos definitivamente de acelerar a implementação das cidades inter-culturais
e desenvolver o senso de cidadania intercultural, seja na Europa, no Mediterrâneo,
na Ásia, na África ou nas Américas . Uma nova cidadania intercultural é realmente
o que a nossa sociedade precisa"- salientou Jorge Sampaio.
Segundo as Nações
Unidas, em 2030 cerca de cinco biliões de pessoas viverão mas maiores cidades do mundo.