"BRASIL SEM MISÉRIA" DEVE EMANCIPAR MILHÕES DE POBRES
Brasília, 03 jun (RV) - Foi oficialmente lançado ontem o novo esforço do governo
federal para avançar nas políticas sociais: o Programa Brasil Sem Miséria, considerado
a mais importante aposta da gestão da Presidente Dilma Rousseff. Sua proposta é retirar
16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza.
O Programa terá
investimentos anuais de R$ 20 bilhões do Tesouro Federal, e para alcançar a sua meta,
o governo vai trabalhar com três diretrizes: transferência de renda, acesso a serviços
públicos e inclusão produtiva.
O plano engloba ações nos âmbitos nacional
e regional. Na zona rural, por exemplo, incentiva o aumento da produção por meio de
assistência técnica, distribuição de sementes e apoio à comercialização. Na área urbana,
o foco da inclusão produtiva será a qualificação de mão-de-obra e a identificação
de emprego. Além disso, as pessoas que ainda não são beneficiárias do Bolsa Família
e do Benefício de Prestação Continuada serão incluídas nestes programas de transferência
de renda.
Para estimular a proteção ao meio ambiente, o novo programa cria
ainda o Bolsa Verde, que prevê o pagamento de R$ 300 a cada trimestre para famílias
pobres que promovam ações de conservação ambiental no local onde vivem ou trabalham.
O
Brasil sem Miséria também prevê capacitação de 1,7 milhões de pessoas entre 18 e 65
anos até 2015, através de programas de acesso a escolas técnicas, trabalhos de reciclagem,
entre outros.
Ainda com foco na conservação ambiental, o governo dará apoio
à organização produtiva de catadores de materiais recicláveis. Cerca de 60 mil catadores
serão capacitados e 280 mil terão infraestrutura viabilizada.
Outra medida
é a construção de cisternas (reservatórios de água) para plantio, que deverão atender
60 mil famílias rurais. A criação de cisternas de água para consumo humano atenderá
650 mil famílias em dois anos e meio. Dilma prevê ainda acesso a energia elétrica
para 257 mil famílias até 2014.
O governo anunciou ainda a inclusão de 189
mil de agricultores familiares no Programa de Aquisição de Alimentos, que prevê financiamento
a juros baixos. O plano prevê ainda o fomento de R$ 2,4 mil por família, ao longo
de dois anos, para apoiar a comercialização e produção de alimentos. Além disso, 253
mil famílias receberão sementes e insumos, como adubos e fertilizantes.
Haverá
ainda um programa de microcrédito produtivo orientado, para população de baixa renda.
O objetivo é fazer com que as pessoas utilizem o crédito para consumo sustentável,
como financiamento de casa própria. (CM)