2011-05-31 14:00:27

RÁDIO VATICANO: 80 ANOS – A HISTÓRIA DO PROGRAMA LITUANO


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Cidade do Vaticano, 31 mai (RV) - O primeiro noticiário em lituano foi transmitido na noite de 27 de novembro de 1940. A criação do programa lituano, de um lado, marcava um novo passo na ampliação das transmissões da Rádio Vaticano e, de outro, ia ao encontro das necessidades da comunidade católica da Lituânia ainda consternada por causa da recente ocupação soviética marcada por ondas de perseguição e censura de todos os meios de comunicação. No primeiro programa, dom Francesco Bučys, agradeceu o Papa Pio XII por ter permitido as transmissões para a Lituânia. Assistindo e sustentando a comunidade católica.

A necessidade de poder ouvir uma voz livre proveniente de Roma foi reconfirmada com ainda mais evidência com o fim da Segunda Guerra Mundial. Ao contrário do que acontecia na Europa Ocidental, na Europa do Leste o fim do conflito era somente o prolongamento dos tempos passados. Nos primeiros anos depois da guerra, se encontravam em Roma algumas dezenas de sacerdotes e seminaristas saídos da Lituânia ocupada. Eles constituiriam o núcleo da futura e estável redação lituana da Rádio Vaticano.

Depois de duas árduas décadas, os primeiro sinais de esperança começam a aparecer. A novidade do Concílio Vaticano II conseguia, ao menos parcialmente, ultrapassar a cortina de ferro e criar na comunidade católica lituana, até então oprimida e isolada do mundo, um novo desejo de sentir-se parte da Igreja. No mesmo período, nos diversos países da área comunista nasceram movimentos de dissidência política. É nesse contexto que nasce em 1972 as "Notícias da Igreja Católica na Lituânia" – uma publicação periódica clandestina que registrava as perseguições. Quando os primeiros números do periódico chegaram ao Ocidente, nos programas lituanos da Rádio Vaticano foi criada uma editoria especial que por quase duas décadas continuou a informar os ouvintes na Lituânia sobre os abusos contra os cristãos. É assim que o papel da Rádio Vaticano foi decisivo para a defesa da liberdade religiosa na Lituânia.

Com o pontificado de João Paulo II tiveram início novos tempos para a Igreja na Lituânia. A poucos dias da eleição o novo Papa assegurou que "a metade do seu coração batia pela Lituânia". Por meio das ondas da Rádio Vaticano, junto com os ensinamentos papais, com o notável "Não tenham medo!" (Non abbiate paura!) que atingiu os quatro cantos do mundo, chegaram também aos fiéis da Lituânia as numerosas palavras de conforto e de esperança voltadas especialmente a eles, como aquelas pronunciadas em 13 de janeiro de 1991 quando, depois de saber do assassinato de 14 pessoas na torre de TV di Vilnius, o Papa com sinais de comoção disse: "sofro e rezo com vocês". Finalmente, em setembro de 1993, João Paulo II visitou a Lituânia livre.

"Agradecemos vocês, lituanos, por este Monte das Cruzes, por este grande testemunho dado a Deus e ao homem. Quero dizer a todos: o homem é fraco quando é vítima e talvez seja ainda mais fraco quando é o opressor. O homem é fraco, mas este homem fraco pode ser forte na Cruz de Cristo, na sua morte e Ressurreição. Esta é a mensagem que deixo a todos neste lugar místico da história da Lituânia".

E hoje? Qual è o papel das transmissões lituanas da Rádio Vaticano? Antes de tudo é preciso dizer que no panorama midiático da Lituânia é evidente a carência de informação religiosa e, em geral, livre das determinações que vem da disputa pela audiência. Portanto a Rádio Vaticano, por meio das transmissões de rádio e das notícias na internet, é uma das principais fontes de notícias não só a respeito das atividades do Santo Padre e da vida da Igreja, mas também dos fatos cotidianos da comunidade católica na Lituânia.

A vocação dos programas lituanos da Rádio Vaticano vem sendo vivenciada como um serviço de universalidade a favor da Igreja na Lituânia. Hoje, como no passado consiste, sobretudo, em fornecer informações sobre os ensinamentos e as atividades do Pontífice Romano. Ao mesmo tempo leva aos pastores das Igrejas lituanas, aos fieis e também aos não-credentes, uma leitura católica, desassociada de particularismos locais e universais da vida da Igreja, do homem e do mundo. (RB)







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