Cidade
do Vaticano, 29 mai (RV) - No Evangelho de hoje, tirado do capítulo 14 de João,
temos as derradeiras palavras de Jesus aos seus discípulos. Ele nos aponta o comportamento
a ser seguido, o caminho que nos leva a vida. Ele nos coloca sob a tutela do Espirito
do Amor, nosso Advogado e que nos trará ao coração tudo aquilo que Ele nos ensinou.
Agir
de acordo com o que agrada ao amigo é estar em verdadeira comunhão com ele! Isso se
torna realidade quando esse amigo é o Cristo Jesus!
O critério para saber se
os cristãos são verdadeiros discípulos de Jesus é a capacidade de um recíproco compromisso
pessoal, um indispensável amor mútuo na comunidade e fora dela.
Quando o discípulo
ama verdadeiramente, ele faz Deus estar presente. Todo e qualquer sinal de amor é
manifestação de Deus.
Temos, como as estrelas, variações na intensidade do
brilho. Do mesmo modo, quanto mais nosso amor aos outros for semelhante ao de Deus
por nós, mais seremos portadores de seu amor ao mundo. Seremos a epifania de Deus
neste mundo.
Na antiga aliança, vemos Deus se manifestar em sinais, hoje, na
aliança nova e eterna, o Pai se manifesta ao mundo no cristão que ama Jesus e, por
consequência, ama seus irmãos.
Para manifestar o amor de Deus no mundo, para
ser sinal de sua presença amorosa, o cristão deverá estar preparado para lutar contra
o mal. Essa preparação é feita através da acolhida do Espírito Santo. Será Ele quem
dará aos discípulos a força para enfrentar e vencer o Mal. O Mundo verá que o amor
de Deus e da Comunidade é mais forte que a morte.
De acordo com o versículo
19, “...o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e e vós vivereis.”
A sociedade pecadora matou Jesus, mas ele ressuscitou e se manifesta através das ações
de seus discípulos porque esses vivem no Espírito.
Na segunda leitura, tirada
da Primeira Carta de Pedro, no cap.3, 18 nos ensina a norma do comportamento cristão:
“...Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo , pelos injustos,
a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu
nova vida pelo Espírito.” Do comportamento de Jesus, do justo morrer pelo injusto,
nasceu a vida nova. Deus não sente prazer no sofrimento humano, contudo em sua economia
da salvação sabe valorizá-lo. Dele, do sofrimento, nasce o desejo de liberdade e vida.
Da aceitação da morte por causa da justiça e do Reino surge a vida definitiva, a passagem
deste mundo caduco para o Reino da Justiça e da Paz! (CAS)