CONCERTO PARA O PAPA: "A MÚSICA SE TRANSFORMA EM UM HINO PLENO DE CONFIANÇA EM DEUS"
Cidade do Vaticano, 28 maio (RV) – Na noite desta sexta-feira, o presidente
da Hungria, Pál Schmitt, ofereceu um concerto ao Papa, na Sala Paulo VI, no Vaticano.
O evento, no qual foram interpretadas três peças do compositor e pianista húngaro
Ferenc Liszt deu-se por ocasião do bicentenário do nascimento do músico e pela presidência
de turno da Hungria no Conselho da União Européia.
Bento XVI comentou o concerto
afirmando que Liszt “é um dos maiores pianistas de todos os tempos”. Entre as peças
interpretadas, o Salmo 13 de Liszt, sobre o qual o Papa disse: “o grande músico húngaro
o rezou mais que o compôs, ou melhor, o rezou antes de o compor”. Aqui um trecho do salmo
13 de Liszt interpretado no concerto de ontem pela Orquestra Filarmônica Húngara,
Grupo Coral Nacional e tenor István Horváth.
“O Salmo foi, de fato, composto
durante um período de intensa reflexão espiritual do compositor húngaro do século
XIX que – recordou Bento XVI – recebeu as ordens menores.” O Papa falou sobre a passagem
em que o homem está rezando é assediado pelo inimigo, e Deus parece estar ausente.
Na oração, percebe-se a angústia da frase repetida inúmeras vezes: “até quando Senhor?”.
“Mas Deus não abandona”, explica o Santo Padre, “o salmista sabe disso e também o
sabe Liszt, um homem de fé. Da angústia nasce uma súplica plena de confiança, que
termina em alegria”.
“A música se transforma – prosseguiu o Pontífice – em
um hino pleno de confiança em Deus, que não trai jamais, que não abandona jamais,
que não nos deixa jamais sós”. (ED)