MÉDICOS SEM FRONTEIRAS FAZEM APELO AO G-8 PELO COMBATE À DESNUTRIÇÃO INFANTIL
Deuville, 27 maio (RV) – Uma boa alimentação reduz a mortalidade infantil em
50%. A informação é da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras após estudos
conduzidos em Níger, os quais confirmam que os alimentos terapêuticos de alta qualidade
devem ser um pilar da luta contra a mortalidade infantil.
Diante desses dados,
a Médicos Sem Fronteiras lançou um apelo ao Grupo do G-8, reunido na cidade francesa
de Deuville, para que se assegure uma alimentação apropriada a todas as crianças.
Em nota, a Organização explica que a desnutrição enfraquece o sistema imunológico,
expondo a um maior risco de morte por doenças como malária, infecções respiratórias
e diarréias.
Estima-se que, hoje, no mundo, 195 milhões de crianças sejam
desnutridas, isso contribui com um terço da soma de oito milhões de crianças mortas
com menos de cinco anos em 2010. Segundo resultados preliminares do estudo conduzido
pela Médicos Sem Fronteiras, em Níger, nesse mesmo ano, “as taxas de mortalidade em
um amplo grupo de crianças reduziu-se em 50% após a administração de uma boa alimentação”.
A Organização ressalta que esses resultados são encorajadores e, por isso,
mostram a urgência de atitude por parte dos doadores internacionais e dos governos,
para que os alimentos de alta qualidade se tornem prioridade dos programas internacionais
de saúde para crianças, especialmente nas zonas onde a desnutrição é de grande difusão.
Outro problema sério que envolve a infância é o desaparecimento de menores
na Europa, fenômeno que tem se mostrado em crescimento, a ponto de ter-se o Dia Internacional
das Crianças Desaparecidas, lembrado nesta quarta-feira. E, por essa ocasião, lançou-se
um apelo, ontem, no âmbito do Parlamento Europeu, para que os Estados membros tornem
operantes as políticas concretas de combate a esse fenômeno que já estão previstas
nas instituições européias. Quem tomou a iniciativa desse apelo foi a vice-presidente
do Parlamento Europeu e delegada para os Direitos dos Menores, Roberta Angelilli,
e o presidente da Missing Child Europe (que é a federação européia para crianças desaparecidas
e abusos sexuais), Francis Jacobs. (ED)