Deuville, 26 maio (RV) – Reunidos hoje e amanhã na cidade francesa de Deuville,
o G-8, grupos das oito maiores economias do mundo, tem na pauta do dia assuntos como
as revoltas no mundo árabe, a segurança nuclear, climática e a crise econômica. O
local escolhido para o encontro é bastante sugestivo: Deuville fica na costa da Normandia
e foi onde, na noite entre 5 e 6 de junho de 1944, homens das forças aliadas entraram
de paraquedas para atacar as forças nazistas. Passou para a história como o “Dia D”,
como o início do final da segunda Grande Guerra.
As guerras contemporâneas
são outras, mas os atores são ainda os mesmo, que agora, porém, têm mais companhia.
Além da França – que é presidente de turno e ciceroneia o grupo (Alemanha, Itália,
Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Rússia e Canadá) – esse ano a novidade está na
presença de nove Estados africanos. Estes participarão da mesa de discussões na sexta-feira,
por enquanto, estão na sala de espera.
Para fazer a segurança desse evento,
12 mil pessoas foram mobilizadas – entre militares, agentes e membros da segurança
civil. O custo: entre 16 e 20 milhões de euros.
Os temas prioritários serão
a crise nuclear depois do incidente de Fukushima e as revoltas árabes. Pela primeira
vez fora do Japão depois do terremoto e tsunami de 11 de março, o premiê japonês,
Naoto Kan, irá preparar o terreno, junto com os demais líderes, para o encontro sobre
o tema previsto para 7 e 8 de junho em Paris.
Tema inédito será a “imoralidade
na internet”. A criminalidade informática, a propriedade intelectual e a difusão dos
extremismos serão também postos na ordem do dia. Além disso, será discutida a sucessão
à presidência do FMI após o caso Strauss-Kahn, agora ex-presidente acusado de estupro.
Temas pesados, que serão discutidos com vista para o mar do elegante balneário francês.
(ED)