2011-05-25 10:43:48

MALTA: REFERENDO SOBRE O MATRIMÔNIO


Roma, 25 mai (RV) - "Que o resultado do referendo sobre o divórcio seja guiado pela Palavra de Deus": esse o desejo manifestado pelos bispos de Malta, tendo em vista o referendo sobre a dissolução do casamento marcado para sábado próximo, dia 28 de maio. A consulta é particularmente significativa, já que Malta, é atualmente o único país da União Européia a não ter uma lei sobre o divórcio: de acordo com os resultados do referendo, o Parlamento deverá depois decidir se introduz ou não uma normativa sobre o assunto. Segundo pesquisas recentes, 47% ainda está indeciso, 28% é favorável e 25% pretende votar não.

Em uma carta pastoral dirigida aos fiéis – assinada pelo Arcebispo de Malta Dom Paul Cremona, pelo Bispo de Gozo, Dom Mario Grech, e pelo Bispo de Aradi, Dom Annetto Depasquale - os prelados escrevem: “Através do referendo, e através do nosso voto, somos chamados como cidadãos a expressar a nossa opinião sobre o matrimônio. E não podemos ficar indiferentes”, porque quem se decidisse de se abster de uma questão de tamanha importância, “demonstraria uma falta de maturidade cívica e religiosa”.

A carta pastoral recorda que “a Igreja sempre se preocupou com o matrimônio e com a família. E hoje, na sociedade, todos concordam sobre a necessidade de investir nessas duas instituições”, pois elas “formam o núcleo natural essencial para que cada pessoa cresça e viva em uma atmosfera de amor genuíno, construindo assim uma sociedade sólida”.

Em seguida, os bispos de Malta recordam aos ensinamentos do Evangelho, segundo os quais “o martrimônio, que anda de mãos dadas com a dignidade do ser humano, deve ser, pela sua própria natureza, um vínculo indissolúvel”. A experiência cotidiana mostra, contudo, que “quando o amor e a família falham permanecem feridas abertas que levam muito tempo para cicatrizarem. Como líderes espirituais – destacam ainda os bispos de Malta - temos de continuar a cuidar do verdadeiro matrimônio. E como um gesto de amor para com aqueles que sofrem e para com as gerações futuras, devemos tentar, todos juntos, melhorar as condições da família”. (SP)







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