Cidade do Vaticano, 21 maio (RV) – O Papa Bento XVI deu a conhecer na semana
que passou o tema para o Dia Mundial da Paz 2012, que comemoraremos no dia 1º de janeiro.
O evento que chega à sua 45ª edição centraliza a sua atenção, como evidenciou o Santo
Padre, na temática “educar os jovens à justiça e à paz”.
Cada vez mais é maior
a preocupação do Santo Padre para com os jovens os quais encontrará no próximo mês
de agosto em Madri, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude. Uma preocupação que
se estende ao longo de seu Pontificado e que a cada ano ganha mais evidência como
é o caso do tema da próxima Jornada Mundial da Paz.
Um dos objetivos do próximo
Dia Mundial da Paz é precisamente valorizar as novas gerações na realização do bem
comum. Escutar e valorizar as novas gerações é imperativo, na busca da afirmação de
uma ordem social justa e pacífica, na qual possam ser expressos e realizados plenamente
os direitos e as liberdades fundamentais do ser humano. Promover essa idéia é um dever
das atuais gerações a fim de dar condições às futuras para que construam um “mundo
novo”, baseado nesses valores.
O tema escolhido por Bento XVI insere-se no
contexto da “pedagogia da paz”, delineada já por João Paulo II: em 1985, com “a paz
e os jovens caminham juntos”; em 1979, com “para chegar à paz, educar à paz”; e, em
2004, “um empenho sempre atual: educar para a paz”.
É urgente educar os jovens
para paz, numa cultura de paz. Este tema torna-se cada vez mais atual num mundo que
na atualidade enfrenta tantos focos de violência e de guerra que estão estourando
em vários continentes. Basta pensar no norte da África, Oriente Médio, Ásia.
Em
vários encontros que Bento XVI teve com os jovens nos últimos tempos, ele nunca deixou
de recordar que a primeira e fundamental ação a favor da paz é a oração, “porque a
paz é um dom do amor de Deus”. “Para ser construtores de paz é necessário principalmente
viver na verdade”, afirmou.
A verdade se une à justiça, junto ao respeito da
dignidade de cada pessoa. Sabemos que sem amor sincero e desinteressado, a justiça
por si só não poderia assegurar a paz ao mundo. “A verdadeira paz floresce quando
no coração se vence o ódio, o rancor e a inveja”; “quando se diz não ao egoísmo e
a tudo o que leva o ser humano a fechar-se sobre si mesmo e à defesa do próprio interesse”.
A
juventude é portadora daquela primavera que pode revolucionar o mundo através do amor
que se transforma em doação, serviço, gratuito e desinteressado. Assim disse certa
vez Bento XVI: “é mais fácil compreender o quarto pilar da paz, a liberdade”. Ou
seja, o reconhecimento dos direitos das pessoas e dos povos, e o livre dom de si no
cumprimento dos deveres que competem a cada um em seu próprio estado de vida.
O
próximo Dia Mundial da Paz certamente é mais uma oportunidade para refletirmos sobre
como educar as novas gerações à paz, numa transformação que nasce do desejo de um
mundo melhor, de um mundo de paz e de solidariedade. (SP)