Bagdá, 18 mai (RV) - “Um gesto desumano, contrário a todo princípio humano
e religioso”: assim o Arcebispo de Kirkuk, Dom Louis Sako, definiu o assassinato de
Ashur Yacob Issa, de 29 anos que foi sequestrado quatro dias atrás na saída do seu
trabalho e cujo corpo foi encontrado pela polícia com sinais de horríveis torturas.
“Nenhum homem que acredita em Deus e tem respeito pela vida pode cometer tais
atos - disse o prelado à agência AsiaNews - lançou um apelo aos autores do gesto para
que pensem em quem ficou sem pai ou marido: se não houver justiça humana, mais cedo
ou mais tarde chegará a justiça divina”.
Nos últimos dias os cristãos no país
vivem uma situação de tensão no temor de vingança por parte de fundamentalistas islâmicos
por causa da morte de Osama Bin Laden. Então no domingo, o seqüestro de Issa e o pedido
de resgate de cem mil dólares à família. As negociações, entretanto, não se concluíram
com êxito, e ontem de manhã o corpo foi encontrado horrivelmente desfigurado.
A
crueldade do assassinato causou reações de raiva e tristeza em toda a população da
cidade, especialmente a cristã. O arcebispo de Kirkuk, por fim, pediu aos responsáveis
pela segurança para promoverem iniciativas para garantir que “todas as pessoas de
boa vontade a se unam para proteger os cidadãos”. (SP)