2011-05-18 18:57:54

ARCEBISPO VEGLIÒ: UNIR FORÇAS CONTRA TRÁFICO DE SERES HUMANOS


Cidade do Vaticano, 18 mai (RV) - "Construir pontes de liberdade": esse é o tema da Conferência internacional sobre o combate ao tráfico de pessoas, realizada nesta quarta-feira, no Vaticano, por iniciativa da Embaixada dos EUA junto à Santa Sé e da Universidade Católica St. Thomas de Miami. O evento foi aberto pelo Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, e pelo Embaixador estadunidense, Miguel H. Diaz.

Que as pessoas exploradas possam retomar a posse de suas vidas e que os traficantes sejam tocados pelo sofrimento das vítimas. Com essa dúplice evocação do Arcebispo Vegliò foi aberta a Conferência "Construir pontes de liberdade", um evento que reuniu, por um dia, expoentes de diferentes credos, docentes universitários, representantes de Ong, bem como políticos e empresários: tratou-se de uma ocasião para ressaltar a complexidade do compromisso a erradicar a chaga do tráfico de seres humanos.

Sobre as estratégias para "construir pontes de liberdade" voltadas a contrastar o fenômeno do tráfico de seres humanos, a Rádio Vaticano entrevistou o Arcebispo Vegliò. Eis o que disse:

Dom Antonio Maria Vegliò:- "Um aspecto muito interessante dessa Conferência é a cooperação entre os diversos participantes: pertencentes a vários credos, setores da indústria e multinacionais, à sociedade civil e ao mundo político. Juntos é possível fazer a diferença. O tráfico de seres humanos pode ser combatido mediante uma abordagem baseada no respeito aos direitos humanos. Por isso é importante, por exemplo, conhecer as circunstâncias em que são fabricados os produtos que adquirimos. Poder-se-ia introduzir uma etiqueta para indicar se o produto foi realizado sem a exploração do trabalhador e, portanto, assegurar que o mesmo se configura na ética do comércio justo e solidário. Em todo caso, é verdade que existe uma diferença entre o mau comportamento do empregador e as situações de escravidão. De fato, nem todos os abusos em matéria de trabalho e serviços podem ser considerados tráfico de seres humanos. Como afirmado por Bento XVI: "Efetivamente, novos problemas e novas escravidões surgem em nosso tempo... a Igreja deve renovar constantemente o seu compromisso de levar Cristo, de prolongar a Sua missão messiânica para o advento do Reino de Deus, Reino de justiça, de paz, de liberdade e de amor." (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.