DIÁLOGO CRISTÃO-ISLÂMICO: PARA NÚNCIO NO EGITO SÃO NECESSÁRIOS "GESTOS FORTES" DE
APROXIMAÇÃO
Milão, 17 mai (RV) - "Próximos e distantes, cristãos e muçulmanos em debate":
esse é o tema da Cátedra do Diálogo 2011, que propõe este ano, no Centro São Fiel
em Milão – norte da Itália –, uma série de encontros sobre o conhecimento de duas
religiões que em algumas regiões do mundo são realmente muito próximas.
Essa
é a experiência do primeiro convidado dessa cátedra, o Núncio Apostólico no Cairo
e Delegado junto à Liga dos Estados Árabes, Dom Michael Louis Fitzgerald, que nesta
segunda-feira à noite falou sobre "O Tibre e o Nilo: um singular testemunho de diálogo".
Nos
últimos anos foram dados muitos passos adiante, após a visita de Bento XVI à Turquia,
que mostrou uma atitude de respeito, com gestos fortes, em relação ao Islã. O Arcebispo
reiterou que "ainda há, no Egito, uma grande suscetibilidade quer dos chefes religiosos,
quer dos políticos" – precisou Dom Fitzgerald.
No que concerne às relações
entre cristãos e muçulmanos, o Núncio recordou que "é difícil medir os resultados
do diálogo que se faz, se fez e se fará. Mas na fé, esperança e caridade existem resultados".
Exemplo disso é o fato de "alguns jovens muçulmanos pedirem bolsas de estudo para
estudar o cristianismo: cerca de cinqüenta nos últimos anos. Desse modo têm não somente
o conhecimento teórico, mas a possibilidade concreta de viver com os cristãos". (RL)