2011-05-14 15:15:39

TRATAMENTO AO HIV REDUZ EM 96% O RISCO DE CONTÁGIO


Nova York, 14 maio (RV) - Um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos nos traz uma boa notícia: o tratamento anti-retroviral eficaz de uma pessoa que vive com o HIV reduz em 96% as possibilidades de transmissão do vírus ao parceiro não-portador. Isso significa que o tratamento completo e garantido a todos diminui significativamente a proliferação da doença, diminui o preconceito e aumenta a qualidade de vida de milhares de pessoas portadoras do vírus e dos seus parceiros.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa das Nações Unidas para o HIV/Aids, Unaids, declarou que a notícia "transforma o tratamento dos portadores em prioridade, ao invés de prevenção".

Parceiros ditos “discordantes” são aqueles em que um é portador do HIV e o outro não. A pesquisa envolveu 1700 parceiros discordantes da África, da Ásia, da América Latina e dos Estados Unidos. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde, a redução da transmissão por via sexual do HIV foi tão significativa, que levou à interrupção das observações quatro anos antes do tempo previsto.

Considerando que 80% das transmissões do vírus da imunodeficiência humana se dão por via sexual, esse é realmente um grande avanço da medicina. Importante agora é que governo, organizações internacionais e cidadãos trabalhem para que o correto tratamento seja acessível a todos.

A esse respeito, pode-se citar o projeto intitulado “Dream”, desenvolvido pela Comunidade Santo Egídio e voltado para o combate ao HIV/AIDS na África. Dez países do continente são assistidos por esse programa, que, fornecendo tratamento qualificado, salva muitas vidas. Os dados mostram que nesses 10 países, nasceram 14 mil crianças sãs de mães soropositivas.

De acordo com o ministro da saúde italiano, Ferrucio Fazio, “na África Subsaariana atualmente só 37% dos soropositivos têm acesso efetivo ao tratamento”. Para ele, “o conceito de acesso ao tratamento não pode referir-se somente à terapia farmacológica, mas também à sensibilização da população, aos serviços de diagnóstico, aos serviços de assistência social dos indivíduos e dos núcleos familiares”.

Manifestou-se também o presidente da Conferência Episcopal Italiana, cardeal Angelo Bagnasco, para quem é preciso solidariedade no combate à doença, cooperação entre as nações, atitude de combate e não somente uma posição de defesa. O purpurado ressaltou ainda a importância da prevenção, “que parte do respeito pelo valor sagrado da vida e da sexualidade humana”. (ED)







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