2011-05-12 12:32:19

EM APARECIDA, ASSEMBLEIA DOS BISPOS ENTRA NA RETA FINAL


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Aparecida, 12 mai (RV) – Penúltimo dia dos trabalhos da 49ª Assembleia Geral da CNBB. Nesta quinta-feira a celebração na Basílica de Nossa Senhora Aparecida foi presidida por Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana, MG, e Presidente da CNBB.

Os trabalhos no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida se concentram hoje com as eleições dos Presidentes das Comissões da CNBB.

Até o momento foram escolhidos: Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, o arcebispo de Palmas, no Tocantins, Dom Pedro Brito Guimarães; Dom Severino Clasen, Bispo da diocese de Araçuaí foi eleito Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato. Já o bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, foi eleito para presidir a Comissão Episcopal para a Vida e a Família.

Como presidente da Comissão para a Doutrina da Fé foi escolhido na tarde de ontem o Arcebispo de Teresina (PI), Dom Sérgio da Rocha; já a Comissão para a Liturgia terá como presidente, nos próximos quatro anos, o bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), Dom Armando Bucciol. Para a Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-catequética, Dom Jacinto Bergman, Arcebispo de Pelotas. Para a Ação Missionário, o bispo de Ponta Grossa, Sérgio Brasque.

O bispo de Pesqueira (PE), dom Francisco Biasin, é o novo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB.

Entretanto, ontem o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, disse na coletiva de imprensa da tarde de ontem, que o Estado Brasileiro passa hoje por uma instabilidade no que diz respeito às atribuições dos três poderes constituídos. Um exemplo claro, segundo ele, foi o julgamento da união homoafetiva que “ultrapassa as competências do poder judiciário”.

Dom Antônio Duarte frisou que cabe aos “deputados, senadores, juízes, fazer com que se respeite as atribuições de cada um dos três poderes para que se possa realizar um trabalho próprio de um Estado democrático e não de um Estado que vive uma instabilidade entre esses três poderes”.

Sobre a nota divulgada ontem pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à união entre pessoas do mesmo sexo, o bispo deixou claro que “a Igreja é depositária de uma doutrina que não lhe pertence e que interpreta essa doutrina revelada por Deus”. Ele destacou que entre os pontos importantes está a identidade da família “fundada sobre o consentimento mútuo entre um homem e uma mulher, frisando a complementaridade dessas pessoas e aberta à transmissão da vida e educação”.

Também participou desta coletiva com a imprensa o bispo de Balsas (MA) e vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Enemésio Ângelo Lazzaris, que apresentou um pouco do trabalho da CPT e a preocupação da Igreja com o trabalho escravo no Brasil.

Segundo dom Enemésio, o trabalho escravo só acontece por um conjunto de fatores. “Ganância, acumulo de terras, impunidade e miséria, fazem do Brasil um dos países com maior índice no mundo de trabalhadores análogos à escravidão. E mesmo com todas as evidências e provas de trabalho escravo, o Brasil só reconheceu essa chaga social em 1995, por pressão internacional. Desde então, quase 34 mil trabalhadores foram resgatados dessas condições degradantes e humilhantes na qual se encontravam, em Estados da Federação como: Pará, Maranhão, Acre, Goiás, São Paulo e Minas Gerais, ou seja, os maiores exportadores de carvão, madeira, cerâmica, algodão, frutas e soja do Brasil”, destacou.

No dia 28 de janeiro de 2009 o Governo federal criou o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

No início da noite de ontem no plenário da Assembleia realizou-se uma celebração ecumênica que contou com a participação de 7 Igrejas cristãs. Sobre o encontro nós conversamos com Dom Paulo Mendes Peixoto, Bispo de São José do Rio Preto.

Do Santuário Nacional de Aparecida, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.








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