Cochabamba, 11 mai (RV) – Os bispos da Bolívia estiveram reunidos por cinco
dias durante a 91ª Assembleia Plenária e, entre os principais temas abordados, destaque
para a realidade social do país andino.
A Conferência Espiscopal Boliviana
(CEB) está preocupada com a migração que, segundo o documento apresentado ao final
da plenária, segue afetando as famílias bolivianas, principalmente nas zonas rurais
e marginais. Se por um lado esse movimento traz beneficios econômicos a uma parte
da população, de outro provoca uma desestruturação familiar e a perda da identidade
cultural e social.
Em uma carta pastoral a CEB demonstra a preocupação com
o tema. "È urgente capacitar e criar oportunidades aos jovens que são a base fundamental
para o desenvolvimento integral. Criar empregos è a única forma de reduzir a migração
para que isso traga desenvolvimento à Bolívia", sublinham os bispos.
Escalada
da violência
O documento registra ainda o sentimento generalizado de insegurança
dos cidadãos em razão do crescimento desenfreado da violência contra as pessoas, que
chega ao extremo de terminar com a vida.
"Se em razão de uma mentalidade relativista,
sem valores humanos e cristãos, nem principios éticos e morais o sentido sagrado da
vida está perdido, esta cultura da morte está penetrando em nossa sociedade, com múltiplas
manifestações, e com caráter legal, como se constata na "lei departamental de juventude",
da região de Santa Cruz, que contradiz as raízes cristãs deste povo marcadas pelo
sinal da Redenção", concluem os bispos. (RB)