Cidade do Vaticano, 07 maio (RV) – “É equivocado opor tradição e progresso
na liturgia, porque nela está a renovação da própria força de Cristo, que lhe fornece
vida com a sua presença”. Com essas palavras, Bento XVI iniciou a celebração dos 50
anos de fundação do Pontifício Instituto Litúrgico, recebendo em audiência, no Vaticano,
os 250 participantes do IX Congresso Internacional de Liturgia, promovido pelo Pontifício
Ateneu Sant’Anselmo.
Conforme afirmou o Papa, “a liturgia dá força à Igreja,
permite que esta veja o Cristo Ressuscitado e em ação, e educa ao primado da fé e
da graça”. O Pontífice examinou os 50 anos de hereditariedade conciliar, constatando
que “nos tempos do Vaticano II, havia a exigência primordial de suscitar uma participação
mais ativa dos fiéis nas celebrações litúrgicas”.
“Entre memória e profecia”,
conforme indica o título desse Congresso, o Santo Padre recordou o que as Instituições
Acadêmicas como o Ateneu ou o Pontifício Instituto Litúrgico fizeram no sentido de
ajudar o povo de Deus. Citou a palavra ativa de Cristo, aquilo que realizou na sua
passagem em meio aos homens e lembrou que “Ele continua operante através da sua ação
sacramental pessoal, cujo centro é constituído pela Eucaristia.
“Não poucas
as vezes em que se contrapõem de modo desastrado tradição e progresso. Na realidade,
os dois conceitos se integram – disse o Papa. A tradição é uma realidade viva, e inclui,
portanto, em si própria, o princípio do desenvolvimento, do progresso. É como dizer
que o rio da tradição traz consigo também a sua nascente, enquanto corre em direção
à foz”. (ED)