Aquileia, 08 mai (RV) - Após saudar a comunidade cidadã, Bento XVI se dirigiu
ao maior e mais importante monumento local: a Basílica, onde proferiu um rápido discurso
aos 30 membros do Segundo Congresso de Aquileia.
Ali se encontravam representantes
das 15 dioceses da região Triveneta, no nordeste da Itália. Para o papa, é significativa
a reunião nesta cidade, pois representa um retorno às raízes para redescobrir-se ‘pedras
vidas’ do edifício espiritual que tem seus alicerces em Cristo, e a partir daí, empenhar-se
na nova evangelização do território para deixar às gerações futuras a herança preciosa
da fé cristã.
O papa ressaltou as características desta comunidade como a
vitalidade das agregações e o engajamento responsável dos agentes pastorais, que continuam
a oferecer impulsos à vida social, inspirando as intenções e orientando seus costumes.
Após citar os principais desafios, como a busca desenfreada do bem-estar econômico,
o materialismo e o subjetivismo dominante, Bento XVI recordou que o clero é chamado
a promover o sentido cristão da vida, a fecunda cultura do amor à vida, a promoção
da dignidade da pessoa, a importância da família e o empenho com a justiça e a solidariedade.
“É preciso que os cristãos, sustentados pela esperança, proponham a beleza
de Jesus Cristo, verdade e Vida a todos os homens e mulheres em uma relação franca
e sincera com os fiéis de outras religiões”.
Pedindo que continuem com energia
a testemunhar o amor de Deus com a promoção do bem-comum e a oferecer sua contribuição
para humanizar os espaços da convivência civil, o papa concluir recomendando que se
esforcem em suscitar uma nova geração de homens e mulheres capazes de assumir responsabilidades
diretas nos vários âmbitos do social, especialmente o político. “Este campo precisa
hoje, mais do que nunca, de pessoas, sobretudo jovens, que edifiquem uma ‘vida boa’
favorável e ao serviço de todos, e deste dever – frisou Bento XVI – os cristãos não
se podem eximir”. (CM)