2011-05-06 11:30:02

"Inspiração e verdade da Bíblia" analisadas pela Comissão Bíblica Pontifícia. Mensagem de Bento XV a esse propósito


Não existe verdadeira compreensão das Sagradas Escrituras se se esquecer que estas são inspiradas por Deus: recorda Bento XVI numa mensagem enviada ao presidente da Pontifícia Comissão Bíblica, cardeal William Levada, por ocasião da respetiva assembleia plenária, que decorre no Vaticano tendo como tema “Inspiração e Verdade da Bíblia”.

“Uma interpretação dos Escritos Sagrados que descure ou esqueça a sua inspiração não tem em conta a sua mais importante e preciosa caraterística, isto é, o facto de provirem de Deus. Tal interpretação não acede, não faz aceder à Palavra de Deus nas palavras humanas e perde portanto o inestimável tesouro que contém para nós a Sagrada Escritura.
Este género de abordagem ocupa-se de palavras puramente humanas, por muito que possam ser, de um modo ou de outro, palavras de extraordinária profundidade e beleza. Quando se discute de inspiração, trata-se da íntima natureza e do significado decisivo e distintivo da Sagrada Escritura, isto é, precisamente da sua qualidade de Palavra de Deus”.

“A reflexão teológico – afirma o Pontífice – sempre considerou inspiração e verdade como dois conceitos – chave para uma hermenêutica eclesial das Sagradas Escrituras. Contudo – acrescenta – deve-se reconhecer a necessidade atual de uma adequado aprofundamento destas realidades, de modo a poder responder melhor às exigências que dizem respeito à interpretação dos textos Sagrados segundo a sua própria natureza”. “Numa boa hermenêutica, não é possível aplicar de modo mecânico o critério da inspiração, como também da verdade absoluta, extrapolando uma só frase ou expressão. O plano em que é possível advertir a Sagrada Escritura como Palavra de Deus é o da unidade da história de Deus, numa totalidade em que cada um dos elementos se iluminam reciprocamente e se abrem à compreensão” – conclui o Papa.








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