PAPA PEDE RESPEITO DOS DIREITOS DAS MINORIAS RELIGIOSAS
Cidade do Vaticano, 04 mai (RV) - Encerra-se hoje, no Vaticano, a XVII Sessão
Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, cujo tema foi “Direitos universais
em um mundo diversificado. A questão da liberdade religiosa”. Bento XVI enviou uma
mensagem à presidente da Academia, a professora Mary Ann Glendon.
O papa agradece
os membros da Academia por sua contribuição na defesa e afirmação da livre expressão
religiosa, garantida na Declaração Universal dos Direitos Humanos mas hoje ainda ameaçada
por muitas atitudes e ideologias.
Bento XVI recorda que “uma prerrogativa
dos homem é fazer escolhas livres e pessoais... Deus aguarda uma resposta livre do
homem a seu chamado. Neste sentido, o direito à liberdade religiosa deve ser encarado
como inato para a dignidade fundamental de cada pessoa humana, assim como é inata
a abertura do coração humano para Deus”.
O Concílio Vaticano II, por sua vez,
– ressalta o pontífice –esclareceu que esta liberdade é um direito que cada pessoa
desfruta naturalmente e que, portanto, deve ser protegido e promovido pelo direito
civil.
O papa esclarece que cada Estado tem o direito soberano de promulgar
a sua própria legislação e expressar atitudes diferentes para a religião na lei. Por
isso, existem alguns estados que permitem a liberdade religiosa em nosso entendimento
amplo do termo, enquanto outros a restringem por uma variedade de razões, inclusive
de desconfiança da própria religião.
“A Santa Sé continua a pedir o reconhecimento
do direito humano fundamental à liberdade religiosa por parte de todos os Estados,
e os exorta a respeitarem e quando necessário, protegerem as minorias religiosas que,
embora professando uma fé diferente da maioria a seu redor, aspiram a viver com os
seus concidadãos de forma pacífica e a participar plenamente na vida civil e política
da nação”.
Finalmente, Bento XVI faz votos que os membros da Academia, com
seus conhecimentos nas áreas de direito, ciência política, sociologia e economia possam
trazer novas ideias sobre esta importante questão e produzir frutos para o futuro.
(CM)