Cidade
do Vaticano, 03 mai (RV) – Em todo território de Israel celebra-se hoje a memória
dos seis milhões de judeus exterminados durante o regime nazista. Às dez horas da
manhã desta terça-feira, horário de Tel Aviv, em todo país as sirenes começaram a
soar.
Numa das principais rodovias de Tel Aviv, uma imagem impressionante.
Nem mesmo o grande fluxo de veículos impediu que todos os motoristas parassem seus
carros, muito até chegaram a sair, e ali, sobre o asfalto, prestaram suas homenagens.
Não
foi diferente em outras partes do país. Ao ouvir as sirenes, todos deixavam de fazer
suas atividades e paravam. Entre eles os próprios sobreviventes do Holocausto. Em
um discurso a nação, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a "ameaça a
nossa existência ainda é real. O Irã, por exemplo, investe em armamento nuclear exatamente
com essa finalidade". Pensamento reiterado pelo presidente de Israel, Shimon Peres.
Segundo ele "o povo israelense, vítima de racismo, perseguição, discriminação, não
esqueceu o dever de respeitar cada pessoa. Cada um dos nossos cidadãos sabe que Israel
é e será sempre o país mais anti-racista do mundo".
Apesar da rigidez dos discursos,
o centro de estudos anti-semitas da Universidade de Tel Aviv relevou que, em 2010,
as agressões de caráter anti-semita caíram pela metade. Contudo, a mesma publicação
alertou para o crescente número de textos anti-semitas divulgados na internet.
O
dia da Memória do Holocausto ainda foi marcado pela marcha dos vivos ao campo de concentração
e de extermínio de Auschwitz, na Polônia.
Foi lá que, em 2009, o Papa Bento
XVI, fez o seguinte pronunciamento.
"O lugar no qual nós nos encontramos é
um lugar da memória e o lugar da Shoah (Holocausto). O passado não é mais somente
passado. Isso interessa a nós e nos indica os caminhos a trilhar e aqueles a não trilhar".
(RB)