João Paulo II é o novo beato da Igreja Católica. Imagem descerrada sobre a fachada
da basílica mostra Karol Wojtyla em 1995
(1/5/2011) Bento XVI beatificou este domingo o Papa João Paulo II, gesto sublinhado
por palmas e gritos da multidão presente na Praça de S. Pedro e zonas adjacentes Durante
a missa que decorre na Praça de São Pedro, o actual Papa proclamou a fórmula de beatificação,
em latim, afirmando responder a um pedido “da diocese de Roma, de muitos outros irmãos
no episcopado e muitos fiéis”. A mesma fórmula permite que “o venerável servo de
Deus, João Paulo II, papa, possa ser de ora em diante chamado beato”. Pouco depois
do início da celebração, o cardeal Agostino Vallini, vigário-geral para a diocese
de Roma, apresentara o pedido de beatificação e elencou alguns traços biográficos
do novo beato, na qual lembrou a sua “rica personalidade” e o tempo como “operário”
sob o regime nazi, entre 1940 e 1944”. A leitura da biografia, entrecortada pelas
manifestações dos presentes, apresentou de João Paulo II como um Papa capaz de “escutar
e dialogar” não com os católicos, mas também com as “Igrejas cristãs”, os “crentes
no Único Deus” [referência a judeus e muçulmanos] e os “homens de boa vontade. O
rito prosseguiu com a colocação das relíquias – uma ampola com sangue de João Paulo
II – junto ao altar, transportadas por duas religiosas, a irmã Tobiana, assistente
pessoal do papa polaco, e a irmã Marie Simon-Pierre, cuja cura da doença de Parkinson,
considerada miraculosa, encerrou o processo de beatificação. Depois da proclamação
do novo beato, o cardeal Vallini agradeceu a Bento XVI, novamente em latim, e juntamente
com o postulador vai saudar o papa, terminando assim este momento.