Bento XVI convidou rádios e televisões nacionais a defenderem o valor do dialogo,
da paz e do desenvolvimento
(30/4/2011) Os massa media como as rádios e as televisões devem alimentar cada dia
uma correcta e equilibrada informação e um debate aprofundado para encontrar as melhores
soluções partilhadas sobre questões como o respeito da vida humana, a defesa da família,
os direitos humanos, o acolhimento dos migrantes, os desequilíbrios económicos e sociais
entre os países , a pobreza, a procura de uma solução pacifica para os conflitos. Foi
o que afirmou neste sábado o Papa Bento XVI recebendo em audiência no Palácio Apostólico
de Castelgandolfo os participantes na 17ª assembleia das rádios da EBU – European
Broadcasting Union, que se efectuou no Vaticano por ocasião dos 80 anos de fundação
da Rádio Vaticano. O inteiro ensinamento da Igreja sobre este sector – disse o
Papa – a partir dos discursos de Pio XII, passando através dos documentos do Concilio
Vaticano II, até ás minhas mensagens mais recentes sobre as novas tecnologias digitais,
é atravessado por uma veia de optimismo, de esperança e de simpatia sincera em relação
àqueles que se empenham neste campo para favorecer o encontro e o diálogo, servir
a comunidade humana, contribuir para o crescimento pacifico da sociedade “Vós
bem conheceis – prosseguiu o Papa – as preocupações que a Igreja católica nutre a
propósito do respeito da vida humana, da defesa da família, do reconhecimento dos
direitos autênticos e das justas aspirações dos povos, dos desequilíbrios que causam
subdesenvolvimento e fome em tantas partes do mundo, do acolhimento dos migrantes,
do desemprego e da segurança social, das novas pobrezas e marginalizações sociais,
das descriminações e das violações da liberdade religiosa, do desarmamento e da procura
de soluções pacificas para os conflitos. “Há vinte anos, em 1991 – disse ainda
Bento XVI- quando o Venerável João Paulo II que amanhã terei a alegria de beatificar,
recebia a vossa assembleia geral no Vaticano, encorajava a desenvolver a vossa colaboração
mutua para favorecer o crescimento da comunidade dos povos do mundo”. Hoje – acrescentou
– penso nos processo em curso nos países do Mediterrâneo e no Médio Oriente, vários
dos quais são também membros da vossa Associação. Sabemos que as novas formas de comunicação
desempenharam e desempenham um papel não secundário nestes mesmos processos. Faço
votos - disse Bento XVI a concluir – de que saibais colocar os vossos contactos internacionais
e as vossas actividades ao serviço de uma reflexão e de um empenho para que os instrumentos
das comunicações sociais sirvam o diálogo, a paz e o desenvolvimento solidário dos
povos, superando as distancias culturais, a desconfiança ou o medo.