2011-04-29 11:36:46

TERRORISMO MATA 15 EM MARRAKESH


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano, 29 abr (RV) - A polícia marroquina confirmou que as explosões no Café Argana, no centro da principal praça de Marrakesh, foram provocadas por bombas de gás que teriam sido acionadas por um kamikaze. O modus operandi da ação também leva a polícia a crer que o atentado tenha sido executado por homens ligados a movimentos fundamentalistas, provavelmente de ramificações da Al Qaida.

A praça Jemaa el Fna é o centro nervoso da cidade antiga. É porta de entrada para os mercados da Medina. Por lá, diariamente, circulam milhares de turistas, principalmente franceses. Na hora do atentado, pela manhã, começam a chegar à praça os encantadores de serpentes, contadores de histórias e grupos de música marroquina até que à noite uma multidão se reúne em torno dos restaurantes e barracas com produtos típicos.

Um país de maioria muçulmana contudo cada vez mais ligado ao Ocidente. Talvez essa proximidade tenha custado a vida de ao menos quinze pessoas mortas no atentado.

Para o analista político Alessandro Politi, esses movimentos estão enfraquecidos. "A Al Qaida, como todos os movimentos ligados a ela, perderam a iniciativa política ao redor do mundo. Então, eles podem matar, mas não tem mais a capacidade de criar consenso ou de exercer qualquer forma de pressão sobre as elites locais", declarou em entrevista à Rádio Vaticana.

Até então, desde o início da revolução nos países do Norte da África, o Marrocos havia passado incólume pelas manchetes da imprensa internacional. O rei Mohamed VI tem o apoio da maioria da população e recentemente propôs algumas reformas. Politi explica: "o rei tinha recém anunciado reformas bastante incisivas para aumentar o poder do governo o do parlamento. Isso poderia despertar um certo mau humor interno que poderia levar a acontecimentos como o de Marrakesh".

O último atentado terrorista no Marrocos aconteceu em 2003, em Casablanca. Na época, 45 pessoas, também quase todos turistas, foram mortos. Casablanca também foi a única cidade do mundo do Islã visitada por um Sumo Pontífice. Em agosto de 1985, João Paulo II foi recebido pelo então Rei Hassan II. O papa fez um discurso voltado à juventude muçulmana. (RB)







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