Bispos portugueses vão eleger nova presidência. Assembleia plenária decorre entre
2 e 5 de Maio , em Fátima
(26/4/2011) A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai reunir-se de 2 e 5 de maio
, em Fátima, para a sua primeira assembleia plenária de 2011, durante a qual vão ser
eleitos os seus órgãos representativos para o triénio 2011-2014. A CEP é a entidade
representativa da Igreja Católica em Portugal e uma das conferências mais antigas,
actuando regularmente como tal desde os anos 30 do século passado, embora só em 1967
tivesse os primeiros estatutos. São membros de pleno direito da CEP os bispos diocesanos,
incluindo o das Forças Armadas e de Segurança, os bispos coadjutores e auxiliares. Estes
membros podem votar ou ser votados para qualquer cargo da CEP, excepto para os cargos
de presidente e de vice-presidente, reservados a bispos diocesanos ou equiparados. A
Conferência Episcopal Portuguesa tem um presidente, um vice-presidente e um secretário,
cujos mandatos não podem ser exercidos consecutivamente além de dois triénios. Neste
contexto, os bispos vão eleger o sucessor de D. Jorge Ortiga de entre os responsáveis
pelas várias dioceses actualmente em funções. Segundos os estatutos do organismo
episcopal, o presidente e o vice-presidente cessam “o seu ofício no dia em que for
publicada a aceitação da sua renúncia pelo Romano Pontífice [o Papa], mesmo que falte
algum tempo para terminar o mandato”. O órgão supremo da Conferência é a assembleia
plenária, a qual reúne ordinariamente duas vezes por ano. O Conselho Permanente
da CEP é um órgão delegado da assembleia, com a missão de preparar os seus trabalhos
e dar seguimento às suas resoluções. A CEP tem ainda nove comissões episcopais
para sectores específicos da actividade pastoral, cujos presidentes serão também eleitos
na próxima assembleia. Após a aprovação dos estatutos da CEP, em 1967, foi o cardeal-patriarca
de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, a assumir as funções de presidente. Seguiram-se
um mandato de D. Manuel Almeida Trindade, bispo de Aveiro (eleito em 1972) até 1975;
dois mandatos do cardeal-patriarca, D. António Ribeiro (1975-1981), e de D. Manuel
Almeida Trindade (1981-1987); novamente dois triénios de mandato de D. António Ribeiro
(1987-1993), duas presidências de D. João Alves, bispo de Coimbra (1993-1999); dois
mandatos do cardeal-patriarca, D. José Policarpo (1999-2005) e, desde Abril de 2005
, a presidência de D. Jorge Ortiga, que agora termina.