Roma, 19 abr (RV) - Uma “comunidade aterrorizada” pelas últimas violências
sofridas: estes os testemunhos recebidos pela agência Fides daqueles que viveram diretamente
os acontecimentos dos últimos dois dias em Gujranwala na região paquistanesa do Punjab,
onde uma igreja Pentecostal foi atacada por um grupo de extremistas islâmicos, que
impediu a celebração do Domingo de Ramos.
O motivo da violência remonta ao
último sábado, quando na vizinha localidade cristã de Khorarki, um homem, Mushtag
Gill, discutiu com alguns muçulmanos que tinham acusado injustamente seu filho, Farrhuk,
de blasfêmia. Pai e filho foram presos e para a sua libertação se expôs Eric Issac,
pastor da igreja atacada, que conseguiu escapar da agressão.
Sobre esses acontecimentos
conversou com a agência Fides o Bispo de Multan, Dom Andrew Francis, que também é
Presidente da Comissão para o Diálogo Inter-religioso dos bispos do Paquistão. Durante
os ataques o bispo estava participando de um encontro para comemorar o aniversário
do Papa, no último sábado, dia 16 junto com 5 mil jovens mobilizados pelas Pontifícias
Obras Missionárias: “A Nossa oração é pelas vítimas da lei sobre a blasfêmia, que
não pára, como também não param as nossas iniciativas para envolver os líderes muçulmanos
- disse -, mas também todos aqueles que, enquanto homens de boa vontade, querem construir
conosco uma nação pacífica e fraterna”.
O bispo reafirmou que os cristãos da
região são “firmes na fé” e continuam a dar o seu testemunho: está prevista para hoje,
aniversário do início do Pontificado de Bento XVI, uma coleta de fundos para financiar
as suas viagens missionárias . “Nós rezamos e esperamos que em breve ele possa visitar
a Ásia”, disse Dom Francis. (SP)