2011-04-18 14:22:26

Semana Santa é o tempo do «grande silêncio», diz bispo do Porto pedindo aos fiéis que tenham “disponibilidade”, especialmente neste período de “conversão e graça


(18/4/2011) O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, afirmou este domingo na sé da diocese que “o mais importante e inadiável” da Semana Santa é fazer um “grande silêncio” de meditação sobre a narrativa bíblica da morte de Jesus.
Na homilia, o prelado sugeriu aos cristãos que releiam aquele excerto, detendo-se “nalgum passo mais certeiro” para o momento actual das suas vidas, ao mesmo tempo que realizam “exercícios de oração, penitência e caridade”.
O bispo do Porto pediu aos fiéis que tenham “disponibilidade”, especialmente neste período de “conversão e graça”, e alertou-os para os riscos das “distracções e imediatismos” que podem enfraquecer a vivência espiritual deste tempo.
Para Manuel Clemente, a acção dos católicos deve começar “em casa”, palavra que atribuiu ao domicílio e à interioridade espiritual.
“Em relação a todos nós, herdeiros do Evangelho há tantos séculos, significa recebê-lo e praticá-lo ainda mais, em caridade activa, solidariedade reforçada e disponibilidade permanente”, vincou o responsável pela relação da Igreja Católica com a cultura, bens culturais e comunicações sociais.
A caridade, salientou, deve ser entendida para além da “confessionalidade estrita”, dado que a Bíblia “é património comum do povo inteiro e a oferta de Jesus não tem fronteiras, revelando-se especialmente fecunda em tempos críticos, quando outras referências já não bastam”.
O prelado referiu-se às “problemáticas e contradições” vividas pela população, lembrando que “muitos intensamente sofrem, material, social e espiritualmente falando, sem enxergar sequer como sair” dessas dificuldades.
“‘Celebrar a Páscoa em nossa casa’ exige continuá-la em toda a vida, transformando-a em convivência aberta e inclusiva, da família à vizinhança praticada e alargada, mais e mais”, realçou Manuel Clemente.

A Semana Santa que estamos a viver, termina com o Tríduo Pascal, que inclui as celebrações evocativas das seguintes narrativas bíblicas referentes a Jesus: última ceia (quinta-feira Santa), morte (Sexta-feira Santa) e ressurreição (Vigília Pascal e missa do dia de Páscoa).








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