A IGREJA E A MATERNA SOLICITUDE PASTORAL COM O CIRCO
Cidade do Vaticano, 15 abr (RV) - Amanhã, 16 de abril, celebra-se a segunda
edição do Dia Mundial do Circo, instituído pela Federação Mundial do Circo. O objetivo
é divulgar a contribuição do circo como parte integrante da cultura humana e dar visibilidade
às pessoas empenhadas no mundo do espetáculo itinerante, como artistas, trabalhadores
e equipes de segurança. Haverá eventos relacionados em muitas nações do mundo.
Para
a ocasião, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes publicou
uma mensagem pastoral assinada pelo Presidente Dom Antonio Maria Vegliò e pelo vice-secretário,
Pe. Gabriele Bentoglio.
Como se viu no recente Congresso Mundial da Pastoral
para os circenses em dezembro passado, existe uma materna solicitude pastoral da Igreja
com este mundo: o circo é ocasião para romper solidões, apreciar a beleza de jogos
e exibições, exercícios atléticos e artísticos, e para despertar a esperança que gera
paz interior em nossas vidas permeadas de sofrimentos, ânsias e frustrações.
Reconhecendo
o valor social, cultural e pedagógico do circo, o Arcebispo Veglió reafirma a sua
admiração pela obra internacional dos circenses. A “fantasia, a força física e a habilidade”
peculiares desta expressão artística “podem desempenhar uma atividade educativa principalmente
junto aos menores”. Além disso, o circo favorece a socialização e ajuda a desenvolver
a criatividade.
A Igreja espera que o Dia Mundial do Circo seja uma ocasião
para recordar aos Estados e Governos seu dever de tutelar os direitos dos circenses
para que se sintam plenamente parte da sociedade. “Deve ser reconhecido o valor sócio-cultural
do espetáculo circense, combatida toda forma de preconceito e valorizado o profissionalismo
dos circenses” – diz o Pontifício Conselho.
O texto faz uma menção também ao
envolvimento de animais, frisando que “o homem pode estabelecer com eles um relacionamento
amigável e belo”; mas recomenda, todavia, “que os proprietários dos circos controlem
para que sejam bem tratados”.
Concluindo, o Arcebispo homenageia os circenses
com palavras de João Paulo II, proferidas em 1993: “O circo é capaz de fazer brotar
um sorriso numa criança, de iluminar, mesmo que por um instante, o triste olhar de
uma pessoa só, e através do espetáculo e da festa, aproximar os homens uns dos outros”.
No Brasil, os circenses festejam o seu dia em 27 de março, data de nascimento
de Abelardo Pinto, o Palhaço Piolin, pioneiro na introdução do circo nas artes cênicas
no século XIX. (CM)