2011-04-12 19:53:28

ARCEBISPO VEGLIÒ: EUROPA SE MOBILITE EM FAVOR DE REFUGIADOS IRAQUIANOS


Cidade do Vaticano, 12 abr (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, fez um apelo à União Europeia a fim de que seja reforçado o programa de "inserção" dos refugiados provenientes do Oriente Médio. Trata-se de um instrumento para favorecer a chegada legal e protegida de refugiados. O Arcebispo realizou no mês de março uma visita pastoral à Jordânia, onde pôde verificar a dramática condição dos refugiados iraquianos. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que disse:

Dom Antonio Maria Vegliò:- "A situação é complexa. A região – que compreende Iraque, Jordânia, Líbano, Síria e Turquia – é caracterizada pelo fluxo dos refugiados iraquianos, cujo número gira em torno de dois milhões. Somente no Iraque existe cerca de um milhão e meio de deslocados. Neste momento, na Jordânia, existem trezentos mil imigrantes que ali se encontram por motivos econômicos, e cerca de quinhentos mil refugiados, dos quais cerca de 33 mil são reconhecidos como tais pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Os iraquianos não querem permanecer em seu país e saem de lá por medo. Em particular, o povo que foge pertence não somente a minorias como os cristãos, mas há também muitos muçulmanos. Tudo isso tem graves conseqüências para a sociedade iraquiana, para o seu povo e para cada indivíduo."

RV: Qual tem sido o compromisso da Igreja local diante de uma realidade particular como a da Jordânia?

Dom Antonio Maria Vegliò:- "Durante a minha visita à Jordânia vi organizações católicas, como a Caritas e a ICMC (Comissão Católica Internacional para as Migrações), que dão assistência aos necessitados, providenciando gêneros alimentícios, busca de trabalho, oferecendo cuidados médicos nos hospitais e escolarização. O problema dos refugiados é que eles são autorizados a permanecer no país somente como hóspede, sem, porém, direito a trabalhar. Essa proibição os faz cair na mais absoluta pobreza, desprovidos de meios de subsistência. Muitas vezes as consequências são dramáticas. Está previsto para eles o retorno ao país de origem, isto é, o Iraque, mas no momento não é possível por causa da situação incerta e perigosa. Com essa preocupação desejo fazer um apelo a fim de que o programa de inserção da União Européia seja reforçado para acolher um maior número de refugiados do Oriente Médio." (RL)







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