Profundo desgosto do Papa pela morte de tantos migrantes afogados no Mediterrâneo
quando tentam alcançar a Europa
O Papa sente profundo desgosto pela tragédia de muitos migrantes afogados no Mediterrâneo
nos últimos dias – assegurou, numa declaração aos jornalistas, Padre Frederico Lombardi,
director da Santa de Imprensa da Santa Sé. Este o conteúdo integral das suas palavras.
“A tragédia da morte no mar de um grande número de migrantes que das costa
da África setentrional procuram alcançar a Europa, abalou profundamente o Santo Padre,
que acompanha com participação e preocupação as vicissitudes dos migrantes, neste
dramático período. “O Santo Padre e toda a Igreja recordam na oração
todas as vítimas de qualquer nacionalidade e condição, incluindo mulheres e crianças,
que perdem a vida na terrível viagem para escapar às situações de pobreza, ou de injustiça
ou de violência de que são vítimas, em busca de protecção, acolhimento e condições
de vida mais humanas. “Recordemos que entre as vítimas destas tragédias
no Mediterrâneo há migrantes eritreus católicos que se encontravam na Líbia e participavam
também na vida da comunidade católica”.
Umas 250 pessoas terão morrido
afogadas no Mediterrâneo, quarta-feira, dia 6, no naufrágio de uma barcaça de 13 metros
de comprimento carregada com umas 370 pessoas, incluindo mulheres e crianças. A embarcação
provinha da Líbia (tinha partido há três dias de Zuwarah), tendo a bordo somalis,
eritreus, nigerianos, assim como cidadãos do Bangladesh, Costa do Marfim, Chade e
Sudão. O vento soprava forte e o mar era agitado. A certa altura o barco começou a
meter água e em poucos minutos afundou. Salvaram-se apenas algumas dezenas de homens
que conseguiram nadar em direcção a um embarcação italiana que entretanto se tinha
deslocado ao local, conseguindo recolher 53 sobreviventes, que se encontram agora
na ilha de Lampedusa, em estado de choque e situação de hipotermia.