Nova York, 04 abr (RV) - Em sua mensagem para o Dia Internacional contra as
Minas terrestres, que se celebra hoje, 4 de abril, secretário-geral das Nações Unidas
Ban Ki-Moon pede à comunidade internacional “mais apoio para a sensibilização e mais
ação contra as minas”.
Ban Ki-Moon recorda que “somente a desativação das
minas pode impedir que esta arma indiscriminada continue causando danos até mesmo
muito tempo depois do fim dos conflitos”. Ao mesmo tempo, a “desminagem” constitui
uma fonte de ocupação, porque “transforma áreas perigosas em terrenos produtivos e
coloca as sociedades num caminho de segurança duradoura”.
A ação das Nações
Unidas contra as minas, engenhos explosivos enterrados no solo, está associada a vastos
programas de desenvolvimento, como o reforço de infra-estruturas e a promoção de produções
agrícolas.
Mas estes programas são caros – ressalva Ban Ki-Moon: “Para o conjunto
dos projetos para 2011, foi conseguido apenas um quarto dos recursos necessários”.
O secretário-geral lança um apelo “para que aumente a solidariedade mundial de apoio
a este programa crucial para construir um mundo mais seguro e próspero para todos”.
A
proliferação de armas destrutivas de vários tipos tem causado sofrimentos indescritíveis
a milhões de crianças envolvidas em conflitos armados. Em ao menos 68 países, crianças
vivem em terrenos contaminados por mais de 110 milhões de minas terrestres.
Muitas
destas armas têm um impacto devastador que dura décadas, o que faz delas um dos mais
insidiosos e persistentes perigos. Existem milhões de engenhos por explodir. Afeganistão,
Angola e Camboja possuem juntos um total de pelo menos 28 milhões de minas terrestres
e 85% das mortes causadas por minas em todo o mundo.
As crianças africanas
são as mais expostas: em 19 países do continente, existem cerca de 37 milhões de minas. (CM)