LÍBIA: BISPOS DOS EUA PEDEM AO GOVERNO QUE REFLITA
Albany, 30 mar (RV) - Em relação à questão líbia, os bispos dos EUA exortam
os líderes do governo a analisar o uso da força militar levando em conta os princípios
da responsabilidade moral e da proteção da vida humana.
O bispo de Albany,
Dom Howard Hubbard, presidente da Comissão Episcopal para a Justiça Internacional,
destacou esta consideração em uma carta enviada ao Conselheiro de Segurança Nacional,
Thomas Donilon.
A Resolução 1973 aprovada pela ONU autoriza a comunidade internacional
a usar todos os meios necessários para proteger os civis líbios, mas o ensinamento
católico defende que “o uso da força sempre dever ser o último recurso para uma causa
justa”, que neste caso é a necessidade de um cessar-fogo e o fim completo da violência
e de todos os ataques e abusos contra os civis.
Para o bispo Dom Hubbard,
“a proteção dos civis é de suma importância”, mas “a coalizão vai realmente se centrar
neste único objetivo e missão? Nos últimos anos – observou –, a Santa Sé deu ênfase
ao papel dos organismos internacionais na autorização de intervenções humanitárias
nas nações soberanas”.
“É necessário que o Conselho de Segurança da ONU acompanhe
atentamente a missão e o uso da força na Líbia... Quais são as implicações do uso
da força para o futuro bem-estar do povo líbio e para a estabilidade da região? Esta
força está sendo usada para proteger as vidas dos civis?” – questiona.
Dom
Hubbard conclui admitindo que “são perguntas difíceis, mas é nossa responsabilidade
moral, como nação, examinar rigorosamente o uso da força militar à luz da necessidade
de proteger a vida e a dignidade humana”. (CM)