Bispos americanos apelam a uma solução pacífica para o conflito na Líbia
(30/3/2011) Os bispos americanos consideram que o envolvimento militar dos Estados
Unidos no conflito da Líbia deverá ser marcado pela responsabilidade e privilegiar
o respeito pela vida humana. “O uso da força deve ser sempre o último recurso para
uma causa justa”, sublinhou a Comissão Episcopal para a Justiça Internacional, numa
carta enviada ao Conselheiro de Segurança Nacional americano, Thomas Donilon. O
bispo D. Howard Hubbard, presidente da referida Comissão, defendeu a “necessidade
de um cessar-fogo e do fim completo da violência contra os civis” na Líbia. Apesar
das Nações Unidas autorizarem a comunidade internacional a recorrer à força, quando
em causa estão as vidas dos cidadãos, o prelado não deixou de alertar para “as implicações
do uso da força para o futuro bem-estar do povo líbio e para a estabilidade da região”. Para
garantir que as acções militares não impliquem a perda de mais vidas humanas, D. Howard
Hubbard pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para “acompanhar atentamente”
todo o processo. O conflito armado entre forças rebeldes e o Governo liderado por
Muamar Kadhafi tem afectado gravemente a população civil, com mais de uma centena
de mortes e milhares de feridos a registar. De acordo com o Alto Comissariado da
ONU para os Refugiados, cerca de 380 mil pessoas já abandonaram a Líbia em busca de
segurança, refugiando-se em países como o Egipto e a Tunísia.